Tradução

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

AMAR A PRIMOGENITURA E SER TRANSFORMADO PELO SENHOR

AMAR A PRIMOGENITURA E SER TRANSFORMADO PELO SENHOR

O Senhor prometeu a Abraão uma terra, uma nação e uma benção. Para tudo isso se realizar era necessário um descendente.  - “Olha, saí da sua terra, da sua parentela que eu vou te dar uma nova terra e nessa nova terra você se tornará uma grande nação. Você será uma benção para todas as famílias da terra” (Gênesis 12:1-3). Terra, nação e benção. Mas essa terra, nação e benção dependiam de um descendente e Abraão não tinha filhos, sua mulher ficou velha, ele já estava velho e a promessa de Deus tinha como base um descendente.

O tempo passava e nada do descendente vir... Ele apresentou um escravo (Gênesis 15:2), mas não era isso que Deus queria - “Esse escravo não vai ser o herdeiro! (Gênesis 15:4) – Disse-lhe o Senhor.” - Tinha um sobrinho chamado Ló; - “Esse sobrinho também não pode ser o teu herdeiro!” – reafirmou o Senhor – então resolveram dar uma força ao Senhor, e com muito jeitinho... - “Olha Deus, eu tenho uma escrava! Que tal essa escrava gerar um filho de Abraão? – abordou Sara, a mulher de Abraão com a melhor das intenções.” – E assim, fizeram nascer Ismael.  – Mas, o Senhor... - “Não, não é esse Ismael! Ele é produto da carne. O descendente tem que nascer da Sara.” – ...Permanecia irredutível. - “Mas, Sara está velha, eu também, e agora?” – mesmo assim, Abraão  não duvidou, pelo contrário se fortaleceu dando Glórias a Deus! Como resultado nasceu Isaque o herdeiro que representa a graça (Gênesis 21:2).

Isaque teve dois filhos, Esaú e Jacó. E quando Esaú estava nascendo, Jacó estava agarrado em seu calcanhar. Mesmo antes de nascer já almejava ser o primeiro (Gênesis 25:22-26). Por que será que ele queria ser o primeiro? Porque ele queria ser o herdeiro, queria ser o primogênito e estava em seu sangue ser o primogênito, não em seu irmão. Esaú estava cansado, com fome, trocou seu direito de primogenitura por um prato de lentilha (Gênesis 25:29-34) e ainda disse: “De que me vale esse direito de primogenitura se vou morrer?” - E quando Jacó preparava o prato de lentilha, Esaú disse: - “Eu troco o meu direito por essa lentilha aqui!” - É como se ele tivesse dito: Eu troco tudo por um fungi, por algo que sacie minha necessidade pessoal! Uma lentilha pra eles é como um fungi aqui em Angola. É como um irmão angolano dizer: - “Dá-me um Fungi que eu largo tudo! Não me interessa a Igreja, não me interessa mais nada.” – E Esaú largou tudo, perdeu o direito de primogenitura, perdeu a sua benção, por que Jacó enganou o seu próprio pai e ficou com a benção de Esaú (Gênesis 27). Mas Jacó, o suplantador, foi parar na casa do tio dele, chamado Labão, e seu tio o fez padecer durante vinte anos (Gênesis 29 e 30). Ó Senhor Jesus!

Quando Jacó saiu de lá encontrou o Senhor no caminho e lutou com o Senhor. Lutou feito um príncipe e o Senhor tocou-lhe a coxa e mudou o nome de Jacó (Gênesis 32:22-32). – “Você agora não é mais Jacó, você agora é Israel.” - que significa príncipe de Deus. – Essa conquista se deu por meio de luta, sofrimento, não foi fácil. Sofreu muito na mão de Labão, sofreu muito por causa dos seus filhos, sofreu com a morte da esposa, a mulher que ele amava... Ainda levaram o seu filho amado para o Egito e ele nem ficou sabendo; pensou que havido morrido.

Mas, aquele que foi levado para o Egito, José, se tornou uma benção. Sofreu injustamente, contudo a mão do Senhor era com ele. E cresceu, amadureceu e se tornou o príncipe da terra do Egito (Gênesis 41:39-41), e já no final da vida de Jacó, quando ele já tinha perdido a esperança, se levantou aquela situação. O seu único filho Benjamim tinha que ser levado também para o Egito (Gênesis 42:34). Ele orou ao Senhor: “Senhor, se é para ficar sem filhos, sem filhos ficarei (Gênesis 43:14).”  - Levaram Benjamim. Então, José finalmente se manifestou aos seus irmãos (Gênesis 45:1). “Meu pai ainda vive? (Gênesis 45:3). Então vamos trazer o meu pai aqui para o Egito.” - E isso chegou ao conhecimento de Jacó. Ele ouviu: “José está vivo (Genesis 45:26)”.

E agora, uma parte de Israel está no Egito e a outra parte de Israel está em Canaã. Quem vai para onde? José vem para Canaã ou Jacó vai para o Egito? Essa é uma boa questão. Entretanto, Israel lembrou-se do sonho de José. José teve um sonho e nesse sonho o sol e a lua se inclinava para ele. Quando José contou este sonho para o seu pai, ele disse: - “O que é isso? Você está dizendo que eu e a tua mãe vamos nos submeter a você? Que é que é isso rapaz? (Genesis 37:9-10).” - Então ele compreendeu: - “É verdade, José cresceu, amadureceu e hoje ele está reinando em vida.” - Jacó se submeteu, reconheceu que o Senhor estava com José e deixou a boa terra, seguiu para o Egito, abençoou seus filhos e morreu. José também morreu e foi colocado num caixão no Egito (Gênesis 50:26). E terminou o livro de Gênesis. Mas, não dá para terminar assim. Esse plano tem que continuar, ele não pode terminar desta maneira. Graças ao Senhor, realmente não terminou. O que nós temos aqui é a semente do ministério. Tudo aquilo que o Senhor realizou desde a eternidade passada até aquele momento estava incluído na vida de José. José é a reação do Espírito contra a rebelião de Satanás, contra a queda de Adão, contra a rebelião de Ninrode. Representa a reação da fé, a fé que nos faz transportar da terra de ídolos para a terra do filho do amor do Senhor. Ali temos uma tenda e temos uma esperança.  Esperança de uma cidade que tem fundamentos (Hebreus 11:10). Jesus é o Senhor!

Pela fé, nasceu Isaque, que é o herdeiro, que representa a graça; representa todas as riquezas de Deus dadas gratuitamente a nós quando cremos, a nossa redenção, o nosso futuro; no entanto, irmãos, precisamos ser transformados de um suplantador, de uma pessoa egoísta, de uma pessoa que está interessada somente em suas próprias coisas, num príncipe, Israel, um príncipe de Deus. Alguém que representa o interesse de Deus, alguém que luta por Deus.

E Jacó na sua maturidade é representado por José. Em Gênesis 37, temos: - “Habitou Jacó na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã. Esta é a história de Jacó. Tendo José dezessete anos”.  - Como é isso, essa era a história de Jacó ou de José? Observem esse versículo: - “Esta é a história de Jacó. Tendo José dezessete anos.” - Deveria ser assim: - “Essa é a história de Jacó. Tendo Jacó dezessete anos”, não é verdade? Jacó vai contar a sua história: “essa é minha história, eu tinha dezessete anos...” - Quem tinha dezessete anos? Não era Jacó, mas José, por quê? Porque José é a continuação de Jacó no exercício da sua maturidade, já como alguém que está reinando em vida. E a experiência de José no Egito é a experiência de quem vai reinar em vida. Ele não se submeteu ao pecado, mesmo quando o pecado bateu à sua porta ele foi fiel ao Senhor (Gênesis 39:7-9); não quis se envolver com a mulher do oficial de Faraó, do capitão da guarda. Foi preso injustamente (Gênesis 39:19-20); mas ele não desistiu, continuou fiel ao Senhor, mesmo na prisão.

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