Tradução

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Quem Somos Nós – Parte 1

Quem Somos Nós –  Parte 1

Podemos ser o que somos, graças ao Senhor.
    
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei,
pois firmes e não submetais de novo a jugo de escravidão.”
Gl 5: 1

A liberdade é o primeiro item com respeito à identidade da igreja. Esta publicação visa apresentar pontos importantes sobre quem somos, a fim de que cada um perceba tal realidade, e reconheça o que o Senhor espera de nós; e isso, não apenas como cristãos ou como filhos de Deus, mas, também como corpo de Cristo, como igreja; para que possamos nos tornar na prática “O Testemunho da Igreja” como cristãos genuínos, que têm experiência no novo nascimento com o Senhor Jesus.
No que diz respeito as nossas práticas, podemos ser dois tipos de pessoas: alheias ao Senhor, que não se preocupa com a Palavra de Deus, que não tem atenção ou cuidado com os assuntos espirituais, sendo até mesmo, uma pessoa envolvida com o mundo, não tendo responsabilidade em manter nenhum testemunho do Filho de Deus. Mas, sendo genuínos filhos de Deus, é necessário que sejamos buscadores, que anelam conhecer a Sua palavra, compreender Sua vontade e se empenhar em praticar o que nos é revelado segundo tal palavra. O nosso objetivo não é ser como aqueles que não têm essa preocupação, e sim como os que se preocupam, que se comprometem, e creio que somos assim, em relação a palavra de Deus, com as coisas de Deus e com a vontade de Deus.

Quando nos reunimos, a nossa visão, o nosso ensinamento e as nossas práticas são para expressar um testemunho; e o que esse testemunho significa? De acordo com o que vemos, de acordo com aquilo que entendemos e com o que praticamos da palavra do Senhor, podemos ser enquadrados em três tipos diferentes de testemunho: podemos ser realmente o testemunho da igreja; mas também, podemos ser simplesmente, um grupo de cristãos com práticas rotineiras; ou, até mesmo, ser cristãos envolvidos com heresias. Isso vai depender da maturidade com que aceitamos a visão, a revelação que o Senhor nos deu e da prática que nos empenhamos a partir de ambos.

Para sermos um grupo de cristãos genuínos, precisamos estar sobre o fundamento dos aspectos essenciais da fé, se almejamos ser considerados assim. Quanto a isso, não devemos ser ignorantes. O Senhor deseja nos dar discernimento e compreensão daquilo que Ele tem em Seu coração, que nos é transmitido por intermédio da Sua palavra.
Um grupo cristão genuíno está fundamentado nos aspectos essenciais da fé. Não iremos nos aprofundar nesses aspectos no momento, mas, faremos uma breve apresentação a respeito, para assim, despertar em nosso coração o anelo de sermos “genuínos” em relação ao “testemunho da Igreja”.
Um grupo cristão é caracterizado, definido e adequado quando ele toma como sua realidade os aspectos essenciais da fé. E quais são esses aspectos?

Primeiro: A existência de Deus.
Este é um ponto muito elementar e muito básico, mas faz parte de um genuíno grupo cristão e esse sentimento, não está vinculado somente a própria palavra de Deus, pois temos vários elementos a nossa volta que testificam a existência de Deus; elementos da criação comprovam isso (Romanos 1:20). Temos também, um sentimento interior de conhecer e experimentar Deus. Graças ao Senhor, esse é um ponto básico da existência de Deus.

Segundo: Crer que a Bíblia é a palavra de Deus.
Temos dois grandes presentes do Senhor, o espírito e a palavra, que foram dados ao homem; e o Espírito está operando para nos conduzir de volta para Deus, para buscá-Lo, conhecê-Lo e para experimentá-Lo. Ao mesmo tempo, Deus nos deu um grande instrumento para que possamos conhecê-Lo que é a palavra de Deus e essa palavra tem em seu conteúdo o Antigo e o Novo testamento registrados na Bíblia.
Quando combinamos o Espírito com a Palavra, então algo brota desse livro; e o que brota desse livro é a revelação. Essa revelação é a Verdade. A Verdade é Cristo, mas a revelação daquilo que sai da Escritura, que sai da letra, é a verdade expressa para nossa compreensão interior. E o conteúdo da Verdade é a Vida. Essas coisas são os aspectos essenciais da fé.

Com respeito à verdade, Ela tem um conjunto de coisas, mas nem todos os cristãos conhecem esse conjunto. Contudo, o que nos define como cristãos genuínos são os aspectos essenciais da verdade.
Um desses aspectos diz respeito a Cristo, e outro diz respeito à redenção de Cristo. Se alguém crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que Ele é a encarnação de Deus, que Ele viveu nesta terra, morreu e ressuscitou e que deu a Sua Vida por nós... Quem crer nessas verdades receberá um presente que é a remissão dos seus pecados e o dom do Espírito: a Vida Eterna. Isso fará dessa pessoa um cristão genuíno. E como cristão genuíno, tal pessoa está integrada ao Corpo de Cristo; tal pessoa torna-se membro do corpo. Mas, mesmo guardando esses quatro elementos, essa pessoa pode ainda ser apenas caracterizada como alguém que faz parte de um grupo cristão.

Podemos descrever a verdade em oito aspectos.

Primeiro, com respeito a Deus, a revelação de Deus. A revelação de Deus inclui: o Pai, o Filho, o Espírito e todos os itens relacionados a esta revelação.

A segunda grande revelação é com respeito à criação de Deus, tendo o homem como centro dessa criação.
Esse homem sendo um ser tripartido, com corpo, alma e espírito, sendo o ponto principal desse homem o seu espírito, porque o espírito do homem pode contatar e conter Deus. Aquele que exercita o seu espírito para contatar Deus, tem acendido uma lâmpada em seu interior.

A terceira grande revelação diz respeito à queda do homem e o fracasso do povo de Deus. Essa é a descrição do Antigo Testamento, a partir do livro de Gênesis capítulo 3. Nesse capítulo, lemos os registros sobre a queda e sobre o desenvolvimento dessa queda, tanto individual quanto coletiva.
Esse homem foi enquadrado dentro de uma geração, a geração de Adão. Essa geração fracassou e foi exterminada com o dilúvio. A partir daí Deus houve um novo início com Noé, e Noé encheu a terra; mas, a geração de Noé também fracassou, e esse fracasso se caracterizou em Babel. A seguir vem uma nova geração liderada por Abraão, Isaque, Jacó, José, e as doze tribos. E essas doze tribos é o Reino de Israel representando o reino de Deus, e essa geração também fracassou, e recebeu sentença contra si, pelo Senhor, como podemos ver no livro de Malaquias, último livro do Antigo Testamento.

A quarta grande revelação é muito positiva, são as Promessas de Deus e as profecias com respeito a Cristo e ao reino. Isso diz respeito ainda ao Antigo Testamento.

A quinta grande revelação está no Novo Testamento. Temos a salvação completa de Deus, a redenção de Cristo e a salvação pela Vida, incluindo a regeneração do espírito, a transformação da alma e a glorificação do corpo.

A sexta grande revelação é com respeito ao reino, e o reino é um assunto que está em toda Bíblia, desde Gênesis a Apocalipse.

A sétima grande revelação é a igreja. E quanto se trata da igreja, não há como ficarmos de fora, porque a igreja é o procedimento que o Senhor tem para essa era, por meio dela o Senhor produz aqueles que reinarão com Ele.
Precisamos muito da igreja, pois, ela é o lugar especial que o Senhor preparou para nós.

A oitava grande revelação é a consumação do Plano de Deus. Aqui temos a consumação do século, a consumação do tempo, que é o reino milenar, e temos a consumação eterna e final que é a Nova Jerusalém.
Essas Verdades fazem parte da nossa vida para que possamos absorvê-las e colocá-las em prática; e é assim que essa grande fé é trabalhada para dentro de nós, tornando-se a nossa fé.
Esses itens são básicos, mas, são muito importantes. E como fazer com que os filhos de Deus conheçam todos eles, para que tenham a mesma visão e a mesma prática? Este é um assunto do Espírito, esse é o Seu serviço, Seu ministério (João 16:13), e fomos introduzidos na igreja para que o Senhor trabalhe toda essa fé para dentro de nós.
Como filhos de Deus, recebemos essas revelações para praticarmos, e é nessa prática que está o nosso testemunho; entretanto, o testemunho que damos pode nos associar a Igreja ou a um grupo cristão. Qual é a diferença entre um grupo cristão e a igreja genuína de Deus?
Há um aspecto muito importante que diz respeito à “base da igreja”.

A base da igreja é o terreno onde todas as coisas divinas e espirituais estão sendo trabalhadas para dentro de nós. Como o testemunho da igreja, é preciso que estejamos exatamente na base da edificação da igreja, até mesmo porque, a obra de cada um será provada pelo fogo e se a obra de alguém permanecer, ele receberá galardão (1 Coríntios 3:14).

Às vezes as pessoas falam assim: - “Essa é a obra do irmão fulano, ou, essa é a sua obra...” – e é isso mesmo. Cada um tem a sua obra. Não se assuste se alguém te disser:- “isso ai é a sua obra”, pois isso está correto; realmente, a obra é de cada um, e toda obra será provada pelo fogo, e se a obra de alguém permanecer, se ela estiver sobre o fundamento, então, esse receberá galardão. Não se assuste se alguém quiser lhe atacar dizendo:- “você está fazendo a sua obra”, - diga para ele que ele também está fazendo a dele, e a obra de cada um será provada pelo fogo. É bom que essa obra esteja colocada sobre o fundamento e esse fundamento é o próprio Senhor.

Esse fundamento é a base onde estamos edificando e sendo edificados. E essa base é um grande fator que diferencia a igreja de um grupo cristão, de uma denominação, de uma comunidade ou uma associação religiosa. Há vários tipos de grupos cristãos. Mas, quem somos nós? Devemos ser o testemunho da Igreja! E para isso, precisamos nos tornar especialistas sobre a base da Igreja.
A base da Igreja é um aspecto muito importante para distinguir se somos apenas um grupo ou se somos o Testemunho da Igreja.

O primeiro item da Base da Igreja é o Nome do Senhor; precisamos acompanhar aquilo que o próprio Senhor fez, porque nós somos a Igreja, logo, somos a continuação daquilo que o Senhor realizou. E o Senhor foi muito zeloso com o Nome do Seu Pai. Precisamos ser muito sensíveis com relação a qualquer outro nome junto do Nome do Senhor. Não podemos permitir que qualquer outro nome faça sombra sobre o Nome do Senhor.
Ao longo da historia da Igreja houve vários desvios entre o povo de Deus, porque outros nomes foram associados ao Nome do Senhor. Se as pessoas estão nos chamando de outro nome diferente, seja o nome de um ministro do evangelho, seja o nome de uma instituição, seja o nome de uma organização ou empresa, isso mais cedo ou mais tarde, afetará o nosso testemunho da Igreja. De acordo com a Bíblia, ter outros nomes é fornicação e adultério.

O nome do Senhor é muito importante para nós, por isso vamos zelar pelo nome do Senhor, sempre atentos e considerando isto: se existe alguma coisa sendo introduzida ao lado do nome do Senhor; mesmo que tenha sido criada com a melhor das intenções, nós a cortaremos na raiz. Temos que tomar providencia imediata.
Há muitos exemplos, desde a Reforma de Martinho Lutero. Ele se tornou uma pessoa tão destacada entre o povo de Deus que até mesmo a Igreja foi chamada pelo seu nome. Isso é uma vergonha para a Igreja porque o testemunho da Igreja é o Nome do Senhor, nada de estruturas, empresas ou organizações deve permanecer junto ao nome do Senhor.

Em nossa própria experiência conhecemos os problemas que isso causou ao testemunho do Senhor. Ao tentarmos apresentar o testemunho da Igreja somos identificados com outra coisa, com outro nome que não é a Igreja. Isso precisa ser um grande alerta para nós. A Base da Igreja é o Nome do Senhor.
O outro item é a palavra do Senhor. Nós não podemos ensinar, não podemos promover, nem podemos introduzir entre os irmãos nada que não tenha fundamento na palavra do Senhor. Apocalipse 3, no versículo 8, vemos a condição normal daqueles que serão arrebatados na volta do Senhor. Eles são os que não negam o Nome do Senhor e guardam a Sua Palavra. Não negar o Nome do Senhor, não é simplesmente dizer que se crê Nele, mas é não ter nenhum outro nome ao lado do Testemunho do Senhor.

Outro item importante, além do Nome e da palavra do Senhor, é a unidade do Espírito. Nossa unidade não é de coisas exteriores. Não somos um porque usamos o mesmo tipo de roupas ou porque falamos coisas parecidas, ou lemos livros publicados por essa ou aquela editora, não; a nossa unidade é o Espírito. Por isso, na igreja temos liberdade de fazer as coisas sem controlar os irmãos. Porque a nossa unidade não está na maneira de controlar e ter domínio sobre os outros, a nossa unidade vem do Espírito. Quanto mais estivermos vinculados na palavra e no Nome do Senhor, mais ganharemos um selo que é o vinculo da paz, e este selo é proveniente do Espírito.
Se nos associarmos a outro nome ou a outra palavra, isto é, com outro tipo de ensinamento, perderemos algo chamado o vinculo da paz.

O vinculo da paz é um prêmio do Espírito, é um selo do Espírito, que nos é dado quando não temos outro nome associado ao Nome do Senhor e quando não temos outra palavra acrescentada à palavra do Senhor.  Se quisermos nos envolver com outra palavra, vamos perder uma coisa muito preciosa que é um grande fator da unidade: o vinculo da paz. Esse vínculo da paz é um selo, e esse selo é uma confirmação de que nós estamos sobre o Nome e a palavra do Senhor e esses itens não promovem contendas nem divisões.
Outro item da Base é sermos inclusivos. Somos a Igreja porque temos a capacidade de acolher a todos os filhos de Deus. A Igreja é como se fosse um grande e imenso caminhão em que todas as pessoas que creram no Senhor têm acesso a ele. Mas, esse caminhão tem que andar numa reta. Ele não pode sair fazendo curvas por ai. Esse caminhão não pode ficar fazendo movimentos bruscos, porque tais movimentos fazem as pessoas se desequilibrar e cair. É por isso que a Igreja segue uma linha, a linha das melhores coisas e as melhores coisas são aquelas que todos os irmãos podem participar.

Se começarmos a destacar e enfatizar coisas particulares e coisas especiais, esse caminhão vai ter muitos problemas. Mas, se permitirmos que as pessoas entrem no caminhão e ali elas tenham liberdade de exercitar os seus dons, liberdade para funcionar, estando essa liberdade dentro da “grande liberdade” que é seguir o Senhor, todos chegaremos ao destino final.
Para isso acontecer de fato, não é correto promover algo como se fosse uma obrigação, algo que todos tenham que fazer. Precisamos perceber que há dons e habilidades que não são para todos. E as coisas que não são para todos, jamais devem ser enfatizadas; nós não iremos proibi-las, mas, também não devemos enfatizá-las. Já as coisas que são para todos e todos podem participar, essas sim, devem ser enfatizadas.
Se fizermos dessa maneira, iremos praticar a inclusividade entre os irmãos.

A pregação do Evangelho é uma grande responsabilidade nossa, mas, como pregar o evangelho na prática? Não há nenhum registro nos evangelhos, nem nas epístolas que informam como devemos pregar. Não há nenhum aspecto, nenhum treinamento, nenhuma forma pré-determinada de como pregar o evangelho. Isso significa que o Espírito nos deu toda liberdade para pregar. Podemos usar várias maneiras para pregar o Evangelho, mas, a igreja não vai adotar nenhuma maneira especial e exclusiva.

A melhor maneira de sermos inclusivos é não termos nenhuma maneira, e por outro lado, aceitar as outras maneiras, desde que sejam lícitas e não seja pecado nem promovam conflitos e divisões.
No exemplo do apóstolo Paulo, ele fazia de tudo para pregar o evangelho. Ele se fazia de livre, de escravo, de judeu, de não judeu, para ganhar alguns. Entretanto, ele também disse que corria de acordo com as regras para não ser desqualificado (1 Coríntios 9:27). Há regras para correr. Essas regras formam o caminho da Justiça, esse é o caminho que o Senhor nos permite andar.

Esses são detalhes que estão relacionados com algo muito sensível da nossa prática que é a Base da Igreja. Todos nós, que temos preocupação em tomar o terreno da Base da Igreja, precisamos considerar tudo isso; precisamos ser muito sensíveis com respeito ao Nome, a Palavra, a unidade do Espírito e sermos Inclusivos. Se alguma coisa não contém essas características, devemos ser cautelosos, porque isso, pode se tornar a fonte de um grande problema hoje, e amanhã, a base para uma divisão. Jesus é o Senhor!
Por estarmos sobre essa Base, então nós somos o testemunho da Igreja, e ainda precisamos preservar a liberdade do Espírito e a autoridade do Espírito, porque, ainda que estejamos sobre a Base, se não temos liberdade, como iremos avançar?

Quero complementar abordando doze itens no livro de Apocalipse com respeito ao testemunho da Igreja.
No livro de Apocalipse quem fala é o próprio Senhor Jesus. Nas Epistolas, claro que também é o Senhor quem fala. O Senhor falou nos evangelhos e a Sua Palavra foi registrada. O Senhor falou nas Epístolas, usando o apóstolo Paulo; Ele também usou o apóstolo Pedro, ambos como vasos para trazer a Sua revelação; já em Apocalipse, João apenas escreveu aquilo que o Senhor falou. Então, essa é uma Palavra direta do Senhor.

Nas sete cartas às sete Igrejas da Ásia, vemos de maneira bem clara, uma preocupação do Senhor Jesus como Sumo-sacerdote cuidando dos candelabros, e esses candelabros são o testemunho.
Veja, o próprio Senhor está cuidando do Seu Testemunho, e não apenas isso, em Apocalipse, capítulo 4, tem: a visão do Trono de Deus e junto ao Trono está o Leão-Cordeiro que recebe o Livro com os sete selos. Quando os sete selos são abertos, o reino deste mundo se tornou do Senhor e do Seu Cristo. Nesta passagem vemos a finalização daquilo que o Senhor quer realizar nesta era, para que esta terra seja controlada e dominada pelo Senhor e o Seu reino seja manifestado, e assim o Senhor reinará sobre toda a terra. E nós, queremos estar juntos Dele nesta manifestação.

Na abertura deste selo também tem algo que o Senhor está realizando. Ele está produzindo algo com respeito ao testemunho, e o que Ele está produzindo é o Filho Varão. A grande característica desse Filho Varão é lutar contra o dragão. Nós, que estamos aqui, precisamos saber quem somos se queremos ser parte desse Filho Varão, e como parte Dele, precisamos aprender a lutar contra esse dragão.
Esse dragão começou como a antiga serpente, ou seja: ele é um artista. Ele não é somente um dragão, ele também é um artista que sabe se disfarçar. Ele chora e ao mesmo tempo ri, ele ri ao mesmo tempo em que chora. Esse dragão sabe ser artista. O Filho Varão tem que saber com quem está lidando, “resisti ao diabo e ele fugirá de vós. (Tiago 4:7)”

Com respeito às Primícias, temos os aspectos da pureza e da fidelidade em seguir ao Senhor. Esse conjunto vai se manifestar na esposa adornada do Cordeiro. Tudo isso são características que o Senhor está trabalhando hoje no testemunho.

Em Apocalipse 2, tocamos em alguns aspectos que identificam o testemunho, baseado na revelação que o Senhor Jesus deu para o apóstolo João, na carta a igreja em Éfeso, que representa a Igreja no final do primeiro século, quando todos os apóstolos já tinham trazido a sua porção.

Todos os apóstolos que se tornam o fundamento da nova Jerusalém, cada um deles tem a sua porção. Primeiramente os doze apóstolos naquela fase inicial, deram testemunho do Senhor e da Sua ressurreição. Eles estabeleceram a igreja na cidade de Jerusalém e enfrentaram oposição na propagação do evangelho.
A seguir o Senhor chamou o apóstolo Paulo e Lhe deu revelação, ainda que ele não fosse um dos doze. Na verdade eram onze apóstolos, um deles não era apóstolo, e esse que não era, foi selecionado pela sorte, antes do Espírito ter sido derramado. Eles estavam reunidos e de repente tiveram a idéia de escolher um substituto para Judas Iscariotes. Parece que estavam com pressa de resolver logo esse problema, talvez para ajudar a Deus segundo seus próprios pontos de vista. Certamente eles oraram a esse respeito, mas não obtiveram respostas, nada aconteceu. Então decidiram jogar a sorte, e fizeram de acordo com o que se praticavam no Antigo Testamento, eles jogaram a sorte e ela caiu sobre Matias. Esse Matias foi um apóstolo de um versículo só. Depois que foi consagrado a apóstolo, sumiu e não vemos nada a respeito dele na Bíblia; mas, quanto ao apóstolo Paulo, não há como não reconhecer o seu chamamento. Vemos o ministério dele. Esse apóstolo Paulo não foi chamado de décimo segundo apóstolo, contudo, ele se tornou um grande candidato para essa vaga, pelo menos, no ponto de vista de Deus. E realmente ele foi chamado pelo Senhor.

Paulo serviu, Pedro serviu e finalmente João serviu. Depois, João dormiu no Senhor, mas aquela porção que ele havia recebido aplicou na Igreja em Éfeso e a Igreja em Éfeso alcançou o significado do seu nome. Éfeso significa desejável; então, podemos dizer que, quando todos os ministérios são colocados na Igreja ela se torna desejável.
Essa igreja desejável é um modelo para nós. É uma referência para nós quanto as suas qualificações. E saibam de uma coisa, a Igreja em Éfeso é desejável para Deus. Mas, a palavra Éfeso tem outro significado que é: permitida e/ou livre. Então, para Deus a igreja é Desejável, mas para nós ela é um lugar de liberdade. Podemos aqui construir alguma coisa e aquilo que construímos precisa ser provado pelo fogo; mas há outro detalhe que precisamos atentar, quando alguém perguntar aos trabalhadores: - como foi pra vocês trabalhar nessa obra? - Eles poderão dizer que foi numa esfera de muita liberdade ou então poderão dizer que foi debaixo de uma grande escravidão. Se for construído debaixo da escravidão dos irmãos, isso não é a Igreja Desejável. A Igreja não é um lugar de escravidão. A Igreja é um lugar de liberdade.

Existe um único lugar livre na terra, e esse lugar é a Igreja. A Igreja significa que nela nada é obrigado, porque a igreja é um lugar de liberdade. O primeiro item que caracteriza a Igreja é a liberdade. Nós estamos aqui livres. Estamos aqui com uma porta aberta para entrar e para sair. Estamos livres para sair, porque na Igreja há liberdade.  Há muitas coisas boas no Novo testamento para nós praticarmos, mas a melhor delas é a liberdade.
Quando Deus criou o homem, Ele criou o homem livre para escolher e essa escolha é difícil porque consistia em escolher entre duas árvores: uma árvore era vida e a outra era morte, e mesmo assim, Deus não interferiu na escolha do homem, porque esse é um atributo de Deus, ser livre, e nós fomos criados livres, a redenção de Cristo nos resgatou para a liberdade, por isso foi que Paulo chamou os gálatas de insensatos, de enfeitiçados. - “Quem vos enfeitiçou, gálatas insensatos? (Gálatas 3:1)” – eles eram livres e resolveram se tornar escravos e obrigados a fazer muitas coisas. Se alguém nos obriga a fazer alguma coisa na Igreja, então esse lugar não é mais um lugar de liberdade. Porque o primeiro aspecto da Igreja é a liberdade. Isso precisa nos constranger. Isso precisa mexer em nossa vida, mexer na maneira que pregamos o evangelho, na maneira como transmitimos a Palavra de Deus, na maneira como passamos os encargos para os irmãos. “O cabeça da Igreja é Cristo”, e Ele não nos obriga a nada, sabe por quê?  Se Ele não nos der essa liberdade, Ele não pode nos julgar. Nós só podemos ser julgados por Deus porque somos livres para escolher.

A liberdade é a condição da responsabilidade. Se formos obrigados a fazer as coisas, não seremos responsáveis por elas, mas no momento em que nos tornamos livres, também nos tornamos responsáveis.
Por isso cada um de nós deve assumir a sua responsabilidade de livremente se consagrar ao Senhor. Já nos cansamos de nos consagrar para outra coisa; graças ao Senhor, ele nos iluminou. Queremos nos consagrar somente para a Igreja e para o seu testemunho.

O segundo item, em Apocalipse 2:2 – “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança.” - Quais são as obras que a igreja realiza? Ela realiza a obra que o Senhor Jesus recebeu do Pai. A primeira grande obra que o Senhor recebeu do Pai diz respeito à pregação do evangelho. O Senhor cumpriu a redenção, e ao cumprir a redenção Ele nos deu a remissão de pecados, o dom do Espírito e nós também fomos ungidos, fomos ungidos para pregar o evangelho; e o Senhor Jesus também foi ungido para pregar o evangelho, e nos deu um centro de atuação com relação ao evangelho. O centro de atuação do evangelho são os pobres. O Senhor colocou uma orientação para nós. A Igreja prega o evangelho, mas ele se concentra no aspecto que o evangelho é para os pobres. Isso significa que na pregação do evangelho não podemos aplicar nenhuma taxa, porque o que caracteriza o pobre é o fato dele não ter nada. Se alguém não tem nada, ele não pode pagar nada. Por isso, o evangelho é de graça. O evangelho que a Igreja prega é de graça. Se alguém quiser cobrar para pregar o evangelho, então não será a igreja, porque o evangelho é para os pobres. Se você cobrar, um real que seja, do pobre, ele não terá como pagar. Assim ele vai ser um devedor. Se ele for um devedor, ele já não é mais alguém livre, mesmo estando na igreja, pois ele será constrangido pela obrigação de pagar para ter acesso às revelações do Senhor. Tal evangelho vai torná-lo um escravo.
Precisamos perceber que o evangelho que a igreja prega é de graça. Se alguém quiser cobrar o evangelho, não será a igreja.

Outra obra que a igreja realiza é cuidar das pessoas. Isso é como o Senhor falou no final do evangelho de João, no capítulo 21, a partir do versículo 15. –“Tu me amas? apascenta os meus cordeiros, pastoreia as minhas ovelhas, apascenta as minhas ovelhas...” - Essas ovelhas e cordeiros, diz respeito aos irmãos.
Então, a nossa vida e a nossa obra é cuidar dos irmãos. E nós começamos a cuidar daqueles que estão dentro da nossa própria casa e cuidamos das pessoas que estão perto de nós.

Outra obra que a Igreja faz é assistir as pessoas, porque nem todos podem andar. Observe, o evangelho é muito tênue, sensível, e a velocidade do evangelho é muito cuidadosa. O evangelho socorre as pessoas, e quando somos chamados para socorrer as pessoas precisamos ser rápidos, mas, também precisamos ser cuidadosos para não atropelar outras pessoas no caminho.

Nosso serviço é parecido com o serviço daqueles que trabalham numa ambulância, ao receber o chamado para socorrer alguém; devemos ser rápidos, mas não podemos correr com essa ambulância de qualquer maneira, atropelando pessoas pelo caminho para salvar aquele que pediu socorro. Você vai salvar um, mas para isso, cinqüenta foram mortos, que salvação é essa? Sim, o evangelho tem que ser rápido, mas não pode matar ninguém pelo caminho. A maneira que vamos pregar o evangelho precisa ser considerada, já que existem pessoas que precisam ser assistidas, e algumas entre elas não têm forças sequer para andar, e às vezes, nem mesmo para se levantar.

As obras da Igreja no sentido geral são: pregar, cuidar e assistir, isso é fazer algo em favor daqueles que não podem fazer nada.

Terceiro aspecto: a igreja não pode suportar homens maus, e discernir sobre bom e mau, é também discernir sobre o certo e errado (Apocalipse 2:2). A igreja tem um quadro moral que sabe discernir o que é certo e o que é errado. Quem não sabe discernir o que é certo e o que é errado é uma criança. Se pedirmos a uma criança para jogar pedra na cabeça de alguém, ela vai jogar e ainda achará graça; ela é uma criança. Mas, quando ela crescer e alguém pedir para que ela jogue pedra em alguém, ela vai discernir que isso é errado, que isso não é bom.
O discernimento faz parte da sua consciência e do crescimento da sua vida humana e a igreja promove o crescimento espiritual das pessoas, para que elas tenham discernimento, até mesmo para perceber quem é que está a frente delas. No livro de Hebreus 5: 13, 14, lemos: - “Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça porque é criança, mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que pela prática tem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem como também o mal.” - O bem e o mal aqui são provenientes da Àrvore da Vida. Você já tinha pensado numa coisa dessas? De acordo com os nossos conceitos de bem e mal, achávamos que eles vinham da árvore do conhecimento, mas aqui nós vemos um versículo que nos dá a faculdade de discernir o bem e o mal, ou seja, o crescimento da vida nos dá discernimento do bem e do mal. Não é todo o bem e todo o mal que vem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Aqui está um versículo dizendo claramente para nós que o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que pela prática tem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.

A liderança da igreja não é aquela que faz os irmãos ficarem cegos, não é essa a liderança que coopera com os irmãos; a liderança da igreja é aquela faz as pessoas abrirem bem os olhos, a terem discernimento para se protegerem.

Ao longo da história da Igreja, houve muitos ensinamentos deturpados. Ensinamentos que faziam com que o líder espiritual se tornasse o grande líder que via todas as coisas e cuja responsabilidade dele, isenta os seus seguidores de culpa. Se você está seguindo alguém, e esse alguém cair no buraco, você, que o está seguindo acha que não tem culpa alguma de ter caído naquele buraco? Tem culpa sim! O Senhor Jesus falou que se você está seguindo um cego, você vai cair no buraco junto com ele (Mateus 15:14).
Mas, ao seguirmos o Senhor, nossos olhos serão olhos bem abertos e teremos discernimento daquilo que é bom e daquilo que é mal; poderemos escolher aquilo que é bom e rejeitar aquilo que é mal. Se não exercitarmos as nossas faculdades, tudo que nos derem, acharemos que está bom, que é certo, e vamos dizer amém pra qualquer coisa, por não termos discernimento adequado.

A Igreja não diz amém para qualquer coisa. A Igreja só diz amém para o Senhor, e a igreja sabe discernir, porque esse ministério é o ministério da justiça. É o ministério daquilo que é correto.
Hoje as pessoas roubam em nome de Deus, cometem crime em nome de Deus e dizem que estão fazendo aquilo para pregar o Evangelho, que estão fazendo porque estão no Espírito. Não é pelo fato de estarem no Espírito que as pessoas não cometem erros. O Espírito não peca, mas o homem pecador, esse pode pecar sim.
Quer um exemplo de um homem no Espírito que cometeu erro? O apóstolo João estava no Espírito na ilha de Patmos (Apocalipse 1:10). Ele estava tendo visões espirituais, mesmo assim, adorou o anjo duas vezes. Por que ele fez isso? Porque o homem tem um corpo do pecado. O homem tem uma alma que precisa ser transformada. Quantos “por centos” estamos no Espírito? Isso é uma coisa muito relativa. Tudo isso faz parte do nosso crescimento espiritual. Então, precisamos ser exercitados para discernir não somente o bem, mas também o mal. Essa sim é uma característica da Igreja. Jesus é o Senhor!

Próximo item: puseste a prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achastes mentirosos.
Não existe apóstolo de gabinete. Apóstolo é alguém enviado com uma responsabilidade, e a primeira responsabilidade dos apóstolos é trazer aos irmãos o ensinamento dos apóstolos. Graças ao Senhor, a Igreja em Éfeso sabia reconhecer o ensinamento dos apóstolos. Quando lhes apresentavam ensinamentos que não era “o ensinamento dos apóstolos”, eles não aceitavam.
O apóstolo não usa um crachá de apóstolo. Apóstolo é apóstolo. Ele é confirmado pela sua responsabilidade. E ele é confirmado pelo seu ensinamento. (Isso aqui é para nós, não é para criticar ninguém.) Isso é porque queremos ser o testemunho da igreja.

Outro item: - “Tens perseverança e suportaste provas por amor por causa do Meu Nome” (Apocalipse 2:3). - Esse é o nome do Senhor. Nós suportamos provas por causa do Nome do Senhor, e não nos deixamos esmorecer. Esses são itens muito positivos que devemos observar.
Permanentemente outros nomes estão tentando se associar ao Nome do Senhor. Essa era uma deficiência da Igreja em Éfeso que foi corrigida: com o alerta sobre perder o primeiro amor.
Esse primeiro amor é o fluir da Vida. E esse fluir é interrompido quando perdemos o contato direto com o Senhor.  Nessa experiência ocorrida naquele período, muitas pessoas foram levantadas para ajudar as igrejas e muitas pessoas foram ungidas, mas veio o apóstolo João e mostrou-lhes uma coisa: o ungido é o Senhor Jesus.

O evangelho de João veio nos mostrar que o ungido, o que dá a Vida, é somente um, o Senhor Jesus. Ele também mostrou outra coisa, que esse ungido está em nosso interior. Na verdade, hoje, o ungido é a unção, por isso devemos valorizar a unção.

A unção é o ungido em nosso interior, e a voz que irá nos julgar no Tribunal de Cristo é a voz da unção que está em nosso interior. Devemos aprender a reconhecer essa voz. Jesus é o Senhor!
Outro item. - “Tens, contudo a teu favor, que odeias as obras dos Nicolaítas, as quais Eu também odeio” (Apocalipse 2:6).  - Os nicolaítas são aqueles que dominam sobre o povo de Deus e aqui há uma grande orientação para nós: todas as vezes que nos concentramos e tentamos viver uma vida da igreja com um poder diretor centralizado, mesmo sem querer, iremos produzir nicolaítas, isso não tem jeito. A melhor maneira de praticar a vida da igreja é distribuir as responsabilidades, é descentralizar.
Quanto mais descentralizados nós vivermos, mais irmãos vão funcionar na Igreja.

Deus permita que a nossa prática em cada cidade, nos grupos familiares e nos locais de reuniões, sejam conforme as reveladas na Bíblia, com grupos de cinqüenta ou cem irmãos no máximo, para não corrermos o risco de produzirmos nicolaítas; que não seja um grupo muito pequeno que não tenha capacidade e não tenha impacto, nem um grupo muito grande onde certamente muitos irmãos ficarão de fora sem poder servir.
Na Igreja em Esmirna, existe uma grande característica que é a fidelidade diante da provação (Apocalipse 2:10). Quando nos tornamos desejáveis, é justamente nesse momento que o inimigo vem atacar. Se não formos desejáveis, o inimigo não se preocupará conosco, mas, quando alguém se torna desejável, manifestando o genuíno testemunho da Igreja, então o inimigo o irá perseguir. Nessa hora o que precisamos fazer é ser fiéis. - “Sê fiel até a morte,” - então o Senhor nos dará a coroa da vida.
Sabe o que é ser fiel até a morte? É ser fiel até perder todas as coisas. Morte é a perda de tudo. Quando escolhemos servir ao Senhor, devemos estar preparados e prontos a perder. Começamos por perder os amigos, os conhecidos, a fama e etc.

Será que estamos dispostos a perder essas coisas? Quem estiver disposto a perder essas coisas, receberá a coroa da Vida, mas essa provação é de apenas dez dias. Jesus é o Senhor!
Ainda tem o Antipas. No livro de Atos fala que quando Paulo estava fugindo da perseguição dos religiosos, foi levado para um lugar chamado *Antipátride que significa: A cidade do outro lado ou cidade na posição oposta (Atos 23:31). Essa é uma cidade que está contra tudo. Contra tudo que não é aquilo que o Senhor estabeleceu.
O Antipas foi o primeiro personagem que lutou contra o desvio da Igreja. Ele lutou contra os nicolaítas, contra os ensinamentos de Balaão e contra o ensinamento de Jezabel, mas pelo fato dele morar em Pérgamo, resistiu por um tempo e morreu. Em Pérgamo havia o trono de satanás, tinha o ensinamento de Balaão, e tinha o ensinamento dos nicolaítas. Ele resistiu a tudo isso em Pérgamo, por isso morreu. Quando Antipas morreu a Jezabel reinou, se tornou soberana.

O que aprendemos com tudo isso? Aprendemos que o Antípas não pode morrer. O Antipas tem que sair de Pérgamo. Se ele ficar em Pérgamo, vai sofrer, e sofrer para no fim, morrer. O Antipas tem que se mudar para Antipátride que fica do outro lado. Em Antipátride o Antípas vai sobreviver com os que de coração puro invocam o Nome do Senhor.

A melhor maneira de lutar contra os desvios da Igreja é fugir deles. Se tiver um lugar que adotou o ensinamento de Balaão, que é usar as coisas de Deus para ganhar dinheiro, esse lugar não é mais a Igreja. O nome Balaão significa: “oportunidade ou possibilidade de negócio”. Toda vez que aparecer uma oportunidade ou uma possibilidade, então se abriu uma porta para um negócio na Igreja. Balaão fez um negócio com a palavra de Deus para sustentar a obra de Deus.

A maneira de sustentar a Obra de Deus não é com negócios. A Obra de Deus é sustentada com a fé e com a consagração dos irmãos. Vamos deixar os negócios do lado de fora da igreja e depender do Senhor. Que o Senhor possa nos dar consagração para podermos ofertar, e assim a Obra de Deus avançar.
Se não há consagração, então não há oferta. Se não há oferta, o balaão vem bater na porta querendo entrar oferecendo um negócio com a Palavra de Deus para os irmãos. Jesus é o Senhor!
Nós não tomaremos esse caminho. Vamos tomar o caminho de Antipas, mas, não ficaremos em Pérgamo. Vamos aproveitar a porta aberta e sair para Filadélfia.

Filadélfia fala do amor fraternal. Quando estivermos no amor fraternal, nós estaremos na mesma posição. Não haverá títulos nem posições destacadas, mas haverá uma porta aberta. Essa porta aberta significa sermos inclusivos. Significa estar preparados para receber os irmãos.

Finalmente ainda temos o filho varão e as primícias. Na próxima edição, falaremos sobre esse assunto. O importante nessa história toda, é que o Antípas não pode morrer. Quando a porta abrir, o Antípas tem que sair.
No campo de concentração de prisioneiros, quando a porta abria os prisioneiros não vacilavam porque a porta não ficava aberta por muito tempo. Então quando ela abria, eles saiam rapidamente para fora, para a LIBERDADE, e nem olhavam para trás.

Se quisermos sobreviver, é bom aproveitarmos a porta aberta e correr para a liberdade, até chegar o dia e o sol apareça para nós. Ali, o Senhor cuidará de cada um de nós.

                                                                                         
Jesus é o Senhor!

*Antipátride - Que pertence a Antípatro: Cidade situada na estrada militar entre Jerusalém e Cesaréia, na distância de 65 km de Jerusalém e de 40 km de Cesaréia. Foi à Antipátride que Paulo foi conduzido pelos soldados.




Nenhum comentário:

Postar um comentário