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quinta-feira, 20 de março de 2014

MINHA IGREJA / A edificação da Igreja do Senhor

MINHA IGREJA / A edificação da Igreja do Senhor


Essa comunidade universal de pessoas salvas é chamada de “a igreja, a qual é seu corpo” (Efésios 1:22-23). 

Não há assunto ensinado nas Escrituras sobre o qual “crentes” estão unidos. Coloquei aspas na palavra crentes para indicar que estou usando a palavra de maneira especial. Uso para incluir todo aquele que “acredita” na Bíblia. Nem há unanimidade entre os “crentes” sobre a inspiração e autoridade das Escrituras.

Essa falta de unanimidade não é surpreendente nem desanimadora. Houve uma variedade de reações à pessoa e às obras de Jesus. Alguns eram seguidores devotos (Marcos 1:16-20) enquanto outros buscavam matá-lo (Marcos 14:1-2). Suponho que muitos estavam entre esses dois extremos. Jesus provocava muitas respostas mas isso não o impedia de ensinar a verdade.

Ao chegar no final de suas obras terrenas, ele menciona brevemente a sua igreja (Mateus 16:18; 18:17). Ele introduz uma palavra nova para descrever um relacionamento novo. Sua designação normal é “reino”, “reino do céu” ou “reino de Deus” (Mateus 16:19).

Jesus usa essa palavra em dois sentidos, primário e secundário. Quando ele promete construir a sua igreja (Mateus 16:18), ele fala sobre a comunidade universal de crentes salvos. Referências posteriores sugerem que esse relacionamento ultrapassa o tempo; todos aqueles que foram salvos por Jesus através do tempo (Hebreus 12:23) estão inclusos. Não havia poder, nem do além, que seria capaz de parar o plano que Jesus havia colocado em vigor.

Essa comunidade universal de pessoas salvas é chamada de “a igreja, a qual é seu corpo” (Efésios 1:22-23). Homens e mulheres, respondendo pela fé, são “batizados em Cristo” (Galátas 3:27). È evidente nesses versículos que crentes obedientes se tornam uma parte do corpo de Cristo ao serem batizados. São salvos pelo sangue de Cristo (Efésios 1:7), e conseqüentemente são acrescentados ao seu corpo. Essa é uma comunidade (corpo) de pessoas salvas. Elas não eram acrescentadas ao seu corpo, depois salvas; mas são salvas, depois acrescentadas. As Escrituras não sugerem qualquer outra maneira de entrar nesse relacionamento de salvo em Cristo.

O uso secundário da palavra igreja é congregacional. Esse relacionamento é menor do que o corpo universal dos salvos. Jesus deixa isso implicíto em Mateus 18:17, “dize-o à igreja”. É fisicamente impossível fazer isso no uso primário da palavra igreja. Ninguém pode ajuntá-la e ninguém pode falar por ela. Por isso Jesus reconheceu e aprovou do aspecto congregacional dessa palavra. As epístolas usam freqüentemente a palavra dessa maneira (Colossenses 4:16). Os cristãos podem entrar nesse relacionamento tentando “juntar-se com os discípulos” (Atos 9:26). Essa comunidade local não inclui todos os cristãos (Colossenses 4:16), mas apenas alguns. A associação é controlada por homens (Atos 9:26-28), e por isso é sujeita a erros e enganos (3 João 9-10). Às vezes aqueles que são inclusos deviam ser excluidos (1 Coríntios 5:13), e alguns são excluídos que deviam ser inclusos (3 João 10). Não se entra nesse relacionamento através do batismo, mas a pedido de uma pessoa já batizada e pela aceitação da congregação (Atos 9:26-28).

Reconhecer os usos primários e secundários da palavra igreja no Novo Testamento nos ajudará a evitar um conceito partidário. Examinar cuidadosamente o contexto nos ajudará a fazer uma distinção entre o uso mundial (universal) e congregacional (local) dessa palavra.

Muitas pessoas não aprenderam a fazer tal distinção. Multidões acreditam que a igreja universal é feita de denominações de todos os tipos feitas pelos homens. A linguagem de muitos “crentes” reflete esse engano básico. O corpo universal de Jesus não é feito de igrejas (denominações), é feito de pessoas. Às vezes a confusão ocorre até entre cristãos. Alguns acreditam que a igreja universal é feita de congregações; o mesmo engano que nossos amigos de denominações fazem, apenas num sentido diferente. O corpo universal de Cristo é composto de santos e Cristo. Nosso discurso e prática devem ilustrar essa distinção.

Por Ed Bran

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