Cuidado por onde andas
Uma família foi ao circo divertir-se, porém o passeio tornou-se numa terrível tragédia. O pai levava seu pequeno filho pela mão, quando uma leoa faminta, sem que pudesse ser percebida, atingiu a criança com um golpe violento e certeiro, puxando-a forçosamente para dentro da jaula dos leões, por meio das grades. A partir daí, indefeso e cercado pelos animais famintos, o menino não resistiu e, diante dos pais, foi literalmente trucidado.
Essa fatídica cena real traz-nos uma imagem de como tem sido nosso cotidiano. Pais têm levado seus filhos a se divertir, mas não percebem o perigo que, muitas vezes, estão correndo. Ao passar a distância de um braço da jaula, o ataque tornou-se possível. Da mesma forma, sem discernir os "animais selvagens" que estão no "circo" da vida, os pais, não raramente estão conduzindo seus filhos a ficarem muito perto das drogas, da prostituição e da delinqüência. Uma vez tragados para dentro de suas "jaulas", suas vítimas ficam totalmente vulneráveis e são consumidas, diante do olhar incapaz dos pais.
Tais situações, dramáticas e cruéis, são comuns na atualidade. Jovens estão sendo levados por traficantes a se perder nesses caminhos de desgraça e ruína, com volta cada vez mais difícil, enquanto seus responsáveis estão pagando suas passagens e até mesmo levando-os pelas mãos. Não somente os pais, mas também mestres e educadores, sem conhecer a gravidade e os riscos que a nova geração está enfrentando, agem descuidadamente e, assim, cooperam para entregar não poucos indefesos para as garras de uma "leoa" qualquer.
Uma pessoa que não conhece a Bíblia e sua revelação divina, como poderá conduzir com segurança aqueles que estão sob sua responsabilidade? O inimigo do homem não é visível aos seus olhos, pois nossa luta não é contra carne e o sangue, mas contra os principados e potestades, os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes (Efésios 6:12).
Devemos ficar bem alertas, uma vez que: "Há caminho que ao homem parece direto, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Provérbios 14:12). Por isso não sejamos néscios, mas conheçamos mais o Senhor Jesus, pois Ele é nosso "Bom Pastor", que sabe como conduzir-nos e a nossos filhos: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu Senhor estás comigo" (Salmos 23:4)."
Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra. (2 Timóteo 3: 16-17) Para nós a Palavra de Deus é para todos, e é de graça! Podem fazer download,compartilhar,copiar,colar.
Tradução
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Desfrutar da Glória de Deus
Desfrutar da Glória de Deus
Quando entramos no Santo dos Santos, desfrutamos a glória de Deus, e esse desfrute nos leva à maturidade espiritual. No entanto, para podermos ter contato com a glória de Deus, temos primeiramente de satisfazer Sua justiça e santidade. Fazemos isso por meio do sangue sobre o altar do holocausto. Pelo sangue, reconciliamo-nos com Deus e podemos entrar no Santo Lugar e depois, então, entrar na glória de Deus, no Santo dos Santos.
Aparentemente, apenas Arão, o sumo sacerdote, podia entrar no Santo dos Santos, uma vez ao ano; mas, na verdade, Moisés podia entrar ali a todo o tempo e falar com Deus face a face. O Santo dos Santos era um lugar cheio da glória de Deus; por isso é que, ao falar com Deus, o rosto de Moisés resplandecia (Êxodo 34:29). Quanto mais conversava com Deus, mais o rosto de Moisés resplandecia; mas, ao sair do Santo dos Santos, ele colocava um véu sobre o rosto, pois aquela glória desvanecia.
Para entendermos esse processo, há uma boa ilustração: uma pessoa sentada diante de uma fogueira. Por causa da proximidade com o fogo, o rosto dessa pessoa fica quente e vermelho, mas quando se afasta, seu rosto vai voltando à cor normal. É o mesmo que ocorria com Moisés: por contemplar a glória de Deus, seu rosto ficava resplandecente. Mas como isso era apenas algo exterior, algo que ocorria fora de Moisés, quando ele se afastava do Santo dos Santos, a glória de seu rosto desvanecia.
Nós, porém, como ministros da nova aliança, somos diferentes de Moisés: graças ao fato de o véu ter sido rasgado, hoje podemos estar continuamente contemplando o Senhor em nosso espírito e recebendo mais da Sua glória: E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito! (2 Co 3:7-8).
E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
2 Coríntios 3:7-8
E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
2 Coríntios 3:7-8 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
2 Coríntios 3:7-8
Nosso rosto está desvendado, nada há entre nós e o Senhor, pois Ele já cumpriu a redenção. Como um espelho, podemos contemplá-Lo e refleti-Lo. Desse modo, nossa glória não desvanece como a de Moisés, mas passamos de um estágio de glória para outro estágio de glória. "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Co 3:18). Quanto mais comunhão temos com Deus, mais da Sua glória temos: " Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente" (2 Co 3:11).
A intenção original de Deus era que todo o povo de Israel fosse tanto sacerdote como rei. No entanto, por causa da idolatria do povo, essas funções foram separadas. Mas Deus não mudou Seu desejo, e reuniu primeiramente em Cristo ambos os ofícios (Zacarias 6:13), bem como nos cristãos (2 Pedro 2:5, 9). Por termos a vida Daquele que é tanto rei como sumo sacerdote, somos Seu sacerdócio real. Como sacerdotes temos a responsabilidade de trazer as pessoas até o Santo Lugar, para que ali sirvam a Deus, e dali para o Santo dos Santos, a fim de que vivam no espírito; e como reis devemos viver de tal modo unidos ao Senhor, que O expressemos entre as pessoas a fim de que Ele reine por meio de nós.
Aparentemente, apenas Arão, o sumo sacerdote, podia entrar no Santo dos Santos, uma vez ao ano; mas, na verdade, Moisés podia entrar ali a todo o tempo e falar com Deus face a face. O Santo dos Santos era um lugar cheio da glória de Deus; por isso é que, ao falar com Deus, o rosto de Moisés resplandecia (Êxodo 34:29). Quanto mais conversava com Deus, mais o rosto de Moisés resplandecia; mas, ao sair do Santo dos Santos, ele colocava um véu sobre o rosto, pois aquela glória desvanecia.
Para entendermos esse processo, há uma boa ilustração: uma pessoa sentada diante de uma fogueira. Por causa da proximidade com o fogo, o rosto dessa pessoa fica quente e vermelho, mas quando se afasta, seu rosto vai voltando à cor normal. É o mesmo que ocorria com Moisés: por contemplar a glória de Deus, seu rosto ficava resplandecente. Mas como isso era apenas algo exterior, algo que ocorria fora de Moisés, quando ele se afastava do Santo dos Santos, a glória de seu rosto desvanecia.
Nós, porém, como ministros da nova aliança, somos diferentes de Moisés: graças ao fato de o véu ter sido rasgado, hoje podemos estar continuamente contemplando o Senhor em nosso espírito e recebendo mais da Sua glória: E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito! (2 Co 3:7-8).
E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
2 Coríntios 3:7-8
E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
2 Coríntios 3:7-8 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
2 Coríntios 3:7-8
Nosso rosto está desvendado, nada há entre nós e o Senhor, pois Ele já cumpriu a redenção. Como um espelho, podemos contemplá-Lo e refleti-Lo. Desse modo, nossa glória não desvanece como a de Moisés, mas passamos de um estágio de glória para outro estágio de glória. "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Co 3:18). Quanto mais comunhão temos com Deus, mais da Sua glória temos: " Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente" (2 Co 3:11).
A intenção original de Deus era que todo o povo de Israel fosse tanto sacerdote como rei. No entanto, por causa da idolatria do povo, essas funções foram separadas. Mas Deus não mudou Seu desejo, e reuniu primeiramente em Cristo ambos os ofícios (Zacarias 6:13), bem como nos cristãos (2 Pedro 2:5, 9). Por termos a vida Daquele que é tanto rei como sumo sacerdote, somos Seu sacerdócio real. Como sacerdotes temos a responsabilidade de trazer as pessoas até o Santo Lugar, para que ali sirvam a Deus, e dali para o Santo dos Santos, a fim de que vivam no espírito; e como reis devemos viver de tal modo unidos ao Senhor, que O expressemos entre as pessoas a fim de que Ele reine por meio de nós.
Então virá o fim
Então virá o fim
A volta do Senhor Jesus será o maior acontecimento de todos os tempos, vai ser o grande e terrível dia do Senhor, grande para alguns e terrivel para outros (Joel 2:31). Sobre Sua vinda, o próprio Senhor Jesus disse aos Seus discípulos que nem Ele mesmo sabia quando iria ocorrer, mas apenas o Pai sabia: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai" (Mt 24:36).
Amado irmão, vou te perguntar algo: sabia que você pode cooperar com a vinda do Senhor? É isso mesmo, você pode cooperar com a vinda do Senhor. Veja o que o apóstolo Pedro escreveu em uma de suas epístolas: "esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão" (2 Pe 3:12). Muitos irmãos fiéis em Cristo aguardam a vinda do Senhor, mas a palavra nos fala que também devemos apressa-lo. Você deve estar se perguntando: Como apressar a vinda do Senhor? Que poder a igreja tem para realizar isso? Vejamos o que a palavra nos fala.
Mateus 24 registra que, estando Jesus ainda em Jerusalém, ao sair do templo, Seus discípulos se aproximaram para Lhe mostrar as construções do templo. Porém Ele lhes disse: "Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada" (v.2). Isso se cumpriu no ano 70 d.C, quando o futuro imperador romano Tito, na época comandante militar, e seu exército destruíram Jerusalém. Ainda que esse templo tenha sido construído ao londo de quarenta e seis anos, não ficou pedra sobre pedra (Jo 2:14-22). Isso também nos mostra que aquilo que Cristo prometeu em Sua palavra Ele vai cumprir.
Estando Jesus assentado no Monte das Oliveiras, aproximaram-se Dele os discípulos e, em particular, pediram: "Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século" (Mt 24:3). Os discipulos associaram a destruição do templo com a segunda vinda do Senhor e com a consumação do século. Jesus explicou a Seus discípulos: "E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores" (Mt 24:6-8).
Na história da humanidade, já vimos muitas guerras, e certamente, daqui para diante, ainda veremos mais guerras entre nações e reinos, fomes e terremotos, porém nada nos deve alarmar quanto a ser o final dos tempos, pois todas essas coisa indicam o princípio das dores, portanto ainda não é o fim.
O que, então, determinará o fim, se nenhum desses acontecimentos mundiais tem poder para defini-lo? E que poder a igreja tem para apressar o fim? O Senhor explica: "Aquele , porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" (Mt 24:13-14). O que determina o fim é o evangelho do reino ser pregado em toda a terra pra testemunho a todas as nações. Essa é nossa responsabilidade. Se você ama a volta do Senhor, se deseja ser arrebatado e governar as nações com o Senhor no reino milenar, se deseja diminuir os dias de sofrimento aqui na terra, o único meio de apressar a volta do Senhor é pregar o evangelho do reino.
O proprio Senhor Jesus pregava o evangelho do reino: "Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado" (Lc 4:43), e até mesmo após Sua morte e ressurreição: "A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus" (At 1:3).
Há porém também o evangelho da graça. Graças ao Senhor, que o evangelho da graça tem sido bastante pregado entre os cristãos, que é para salvar o pecador da morte eterna, do lago de fogo, através da fé, de crer na obra redentora do Senhor Jesus Cristo, que morreu na cruz para nos salvar. Essa salvação é mediante a fé: "Pela graça sois salvos, mediante a fé; isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2:8-9). Paulo mesmo era uma testemunha do evangelho da graça: "Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus" (At 20:24).
Porém vemos que com o evangelho do reino as coisas são diferente, não requer apenas fé, mas requer esforço: "A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" (Lc 16:16). E também diz que "desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele" (Mt 11:12).
Pergunto agora pra você amado irmão: você tem vivido o evangelho do reino? E mais, você tem pregado o evangelho do reino? Ou você está apenas quietinho no seu canto esperando o Senhor voltar? Temos que nos esforçar, temos que apressar o Grande Dia do Senhor, primeiramente vivendo esse evangelho, para que assim vivendo, possamos estar habilitados para prega-lo.
Que haja em nós o mesmo sentimento do Senhor Jesus, que ao ensinar os discípulos a orar, disse: "venha o teu reino" (Mt 6:10a).
A volta do Senhor Jesus será o maior acontecimento de todos os tempos, vai ser o grande e terrível dia do Senhor, grande para alguns e terrivel para outros (Joel 2:31). Sobre Sua vinda, o próprio Senhor Jesus disse aos Seus discípulos que nem Ele mesmo sabia quando iria ocorrer, mas apenas o Pai sabia: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai" (Mt 24:36).
Amado irmão, vou te perguntar algo: sabia que você pode cooperar com a vinda do Senhor? É isso mesmo, você pode cooperar com a vinda do Senhor. Veja o que o apóstolo Pedro escreveu em uma de suas epístolas: "esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão" (2 Pe 3:12). Muitos irmãos fiéis em Cristo aguardam a vinda do Senhor, mas a palavra nos fala que também devemos apressa-lo. Você deve estar se perguntando: Como apressar a vinda do Senhor? Que poder a igreja tem para realizar isso? Vejamos o que a palavra nos fala.
Mateus 24 registra que, estando Jesus ainda em Jerusalém, ao sair do templo, Seus discípulos se aproximaram para Lhe mostrar as construções do templo. Porém Ele lhes disse: "Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada" (v.2). Isso se cumpriu no ano 70 d.C, quando o futuro imperador romano Tito, na época comandante militar, e seu exército destruíram Jerusalém. Ainda que esse templo tenha sido construído ao londo de quarenta e seis anos, não ficou pedra sobre pedra (Jo 2:14-22). Isso também nos mostra que aquilo que Cristo prometeu em Sua palavra Ele vai cumprir.
Estando Jesus assentado no Monte das Oliveiras, aproximaram-se Dele os discípulos e, em particular, pediram: "Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século" (Mt 24:3). Os discipulos associaram a destruição do templo com a segunda vinda do Senhor e com a consumação do século. Jesus explicou a Seus discípulos: "E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores" (Mt 24:6-8).
Na história da humanidade, já vimos muitas guerras, e certamente, daqui para diante, ainda veremos mais guerras entre nações e reinos, fomes e terremotos, porém nada nos deve alarmar quanto a ser o final dos tempos, pois todas essas coisa indicam o princípio das dores, portanto ainda não é o fim.
O que, então, determinará o fim, se nenhum desses acontecimentos mundiais tem poder para defini-lo? E que poder a igreja tem para apressar o fim? O Senhor explica: "Aquele , porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" (Mt 24:13-14). O que determina o fim é o evangelho do reino ser pregado em toda a terra pra testemunho a todas as nações. Essa é nossa responsabilidade. Se você ama a volta do Senhor, se deseja ser arrebatado e governar as nações com o Senhor no reino milenar, se deseja diminuir os dias de sofrimento aqui na terra, o único meio de apressar a volta do Senhor é pregar o evangelho do reino.
O proprio Senhor Jesus pregava o evangelho do reino: "Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado" (Lc 4:43), e até mesmo após Sua morte e ressurreição: "A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus" (At 1:3).
Há porém também o evangelho da graça. Graças ao Senhor, que o evangelho da graça tem sido bastante pregado entre os cristãos, que é para salvar o pecador da morte eterna, do lago de fogo, através da fé, de crer na obra redentora do Senhor Jesus Cristo, que morreu na cruz para nos salvar. Essa salvação é mediante a fé: "Pela graça sois salvos, mediante a fé; isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2:8-9). Paulo mesmo era uma testemunha do evangelho da graça: "Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus" (At 20:24).
Porém vemos que com o evangelho do reino as coisas são diferente, não requer apenas fé, mas requer esforço: "A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" (Lc 16:16). E também diz que "desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele" (Mt 11:12).
Pergunto agora pra você amado irmão: você tem vivido o evangelho do reino? E mais, você tem pregado o evangelho do reino? Ou você está apenas quietinho no seu canto esperando o Senhor voltar? Temos que nos esforçar, temos que apressar o Grande Dia do Senhor, primeiramente vivendo esse evangelho, para que assim vivendo, possamos estar habilitados para prega-lo.
Que haja em nós o mesmo sentimento do Senhor Jesus, que ao ensinar os discípulos a orar, disse: "venha o teu reino" (Mt 6:10a).
Retirai-vos Dela Povo Meu
Retirai-vos Dela Povo Meu
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se, e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então passou Jesus a dizer: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.” - Lucas 4:18-21
Desde a queda do homem, a terra, amaldiçoada, só produziu até o presente, cardos e abrolhos, - heranças da condição miserável em que o homem decaiu - e apesar de todos os investimentos em benefício ao conforto da humanidade, o DNA de Caim ainda grita em todas as civilizações. Quando busca executar o bem, o mal se faz presente, seu desejo é contra si e não consegue agradar a Deus com suas ofertas. Suas megas empresas e tecnologias avançadas, não nos livra do assassino que habita tanto no empresário como no lider espiritual, capazes de qualquer coisa para manter seus lucros e sistemas. Das arenas de Roma aos estádios de futebol, aos aparelhos de TV e a internet, escravos humanos continuam sendo comercializados pela indústria do entretenimento, para a distração da população que fascinada pelas promessas de algo melhor a cada período, não percebe que Deus está sendo substituído por aquilo que jamais alimentará seu espírito; e como peregrinos, anelam a boa terra, mas não a encontram. Sofrem com as constantes decepções por terem se apegado ao que "parecia" ser sagrado, sendo na verdade, profano, apenas uma distração para manipular,dominar e iludir.
A grande Babilônia é o somatório da evolução do nada, da mentira e da escravidão. Ela mantém seu poder por meio da arte, da ciência e da religião. E tudo isso custa muito dinheiro. Um dos negócios mais lucrativos hoje em dia, que coopera com a manutenção dessa grande meretriz é a comercialização da Palavra de Deus e os produtos relacionados.
No livro do Apocalipse, o Senhor lança um alerta e um chamado aqueles que estão prontos para deixar "sua terra", isto é, suas conveniências, se unir e sair dessa cadeia que até tem aparência divina, mas seu conteúdo é de abominações! E assim, um novo êxodo se faz presente por meio de uma esfera sem misturas. Jesus é o Senhor!
Desde a queda do homem, a terra, amaldiçoada, só produziu até o presente, cardos e abrolhos, - heranças da condição miserável em que o homem decaiu - e apesar de todos os investimentos em benefício ao conforto da humanidade, o DNA de Caim ainda grita em todas as civilizações. Quando busca executar o bem, o mal se faz presente, seu desejo é contra si e não consegue agradar a Deus com suas ofertas. Suas megas empresas e tecnologias avançadas, não nos livra do assassino que habita tanto no empresário como no lider espiritual, capazes de qualquer coisa para manter seus lucros e sistemas. Das arenas de Roma aos estádios de futebol, aos aparelhos de TV e a internet, escravos humanos continuam sendo comercializados pela indústria do entretenimento, para a distração da população que fascinada pelas promessas de algo melhor a cada período, não percebe que Deus está sendo substituído por aquilo que jamais alimentará seu espírito; e como peregrinos, anelam a boa terra, mas não a encontram. Sofrem com as constantes decepções por terem se apegado ao que "parecia" ser sagrado, sendo na verdade, profano, apenas uma distração para manipular,dominar e iludir.
A grande Babilônia é o somatório da evolução do nada, da mentira e da escravidão. Ela mantém seu poder por meio da arte, da ciência e da religião. E tudo isso custa muito dinheiro. Um dos negócios mais lucrativos hoje em dia, que coopera com a manutenção dessa grande meretriz é a comercialização da Palavra de Deus e os produtos relacionados.
No livro do Apocalipse, o Senhor lança um alerta e um chamado aqueles que estão prontos para deixar "sua terra", isto é, suas conveniências, se unir e sair dessa cadeia que até tem aparência divina, mas seu conteúdo é de abominações! E assim, um novo êxodo se faz presente por meio de uma esfera sem misturas. Jesus é o Senhor!
Quem Somos Nós – Parte 2
Quem Somos Nós – Parte 2
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e nãos vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.” Gálatas 5:1
Cristo e a Igreja é o grande mistério da Bíblia.
E grande é esse Mistério, mas eu me refiro a Cristo e a Igreja.
Quando o apóstolo Paulo pronunciou esse versículo, ele estava se referindo ao casamento. É necessário ao homem deixar pai e mãe, para se unir a sua esposa e ambos serão uma só carne; mas a seguir, ele explica que o que está falando é um mistério, e grande é esse mistério (Efésios 5:31, 32).
Às vezes para dar testemunho de Cristo e a Igreja é necessário deixar pai e mãe, para se unir à vontade do Senhor. Mesmo que o nosso pai e a nossa mãe não tenham essa percepção, não devemos recuar quanto à visão de Cristo e a Igreja. Devemos deixá-los e seguir o Senhor, por causa de Cristo e a Igreja.
O Senhor Jesus amou tanto a Igreja que entregou a Sua Vida por ela. Hoje o Senhor quer nos constrange, mas Ele foi o exemplo, Ele fez exatamente isso. A Igreja, o Testemunho da Igreja, o Testemunho do Senhor é uma questão de dar a nossa Vida. Isso não é uma questão simples como muitos pensam, é uma questão de consagração.
Quando o Senhor revelou a Igreja em Mateus 16, ele falou para Pedro: “Tu és pedra, e sobre essa Rocha, Eu edificarei a minha Igreja. E ainda disse mais: Não foi carne e sangue quem te revelou”. Não foi nenhuma carne e sangue quem revelou A Igreja a nós. Não foi nenhum irmão ou irmã quem te revelou, mas foi o Pai que está nos céus. É Ele quem revela.
A revelação da Igreja é um assunto que vem direto de Deus. É um assunto direto com o Pai. O pai é quem revela o Filho e o Filho nos revelou a Sua Vontade que é edificar a Sua Igreja. E é sobre essa Rocha, sobre esse fundamento, o Senhor edificará a Sua Igreja, e as portas do hades, ou do inferno, não prevalecerão contra a Igreja edificada. Tem um hino que fala: “Senhor Jesus vem logo então a Igreja edificar.”
No Antigo Testamento, vemos a experiência de Samuel, ele foi consagrado por Sua mãe, mesmo antes de nascer. Ana o consagrou ao Senhor, e ao nascer, ela o entregou ao sacerdote e Samuel passou a viver e a crescer no Templo junto ao sacerdote Eli.
1 Samuel 3, fala que Samuel estava deitado no Templo. Por quê? Porque essa era a situação do sacerdote Eli. Esse sacerdote deitava e passava o tempo todo deitado. Samuel olhava para Eli deitado e achava que servir a Deus no Templo era viver deitado, então ele se deitava também. Ali vivia todo mundo deitado no Templo.
Mas o próprio Deus nessa porção da Palavra diz que a Lâmpada de Deus ia se apagar. Então, antes que a Lâmpada de Deus se apagasse, Deus chamou o menino, Samuel. Deus o chamou porque a Lâmpada de Deus é o Seu Testemunho. Então, Deus chamou o menino uma vez. Chamou duas vezes, chamou três vezes, até que ele entendesse.
O Senhor está nos chamando hoje. - “Deus um dia nos chamou e de novo vem chamar, nosso amém iremos dar, sim vencer.” - O Senhor chama e insiste nos chamando porque Ele não desiste dos Seus Planos. Ele quer preservar aceso o Seu Testemunho nesta terra.
Deus chamou a geração degradada de Adão, depois que ele desobedeceu ao Senhor, depois que foi expulso do Jardim.
Caim deu origem a uma geração que viveu fora da presença de Deus (Gênesis 4:16). Uma geração que se misturou com os anjos caídos (Gênesis 6:1,2); Deus então chamou Noé.
Depois do dilúvio, a geração de Noé chegou até a geração de Ninrode, e o homem deu as costas para Deus. O homem fez uma torre para tornar celebre o seu nome (Gênesis 11:4). Toda vez que o homem edifica uma grande torre para si, a tendência é dar as costas para Deus.
Quando falamos que a Base do Testemunho do Senhor é o Nome do Senhor, isso não é uma questão somente de invocar o Seu Nome. Mas é uma questão de fazer desaparecer todos os outros nomes que fazem sombra ao nome do Senhor, para exaltar somente o Nome. Jesus é o Nome (Filipenses 2:9-11). Em Babel o homem resolveu tornar célebre o seu próprio nome e para isso, decidiu construir uma torre cujo topo chegasse ao céu. O próprio Senhor Deus reagiu e veio resolver pessoalmente essa questão. O Senhor os julgou, confundindo as línguas deles (Gênesis 11). E no meio daquela situação de apostasia o Senhor chamou Abraão. Graças ao Senhor.
Nós somos um pouco românticos. Se o Senhor nos chamar de novo, iremos dizer: mas Senhor, o Senhor já me chamou três vezes, você não vai parar com isso não? Ele vai te responder: não vou parar de te chamar até a minha volta. Porque você precisa saber que a Igreja é a assembléia dos chamados para fora do aprisco e pra fora da religião. Para fora do mundo sistematizado por satanás, para fora da organização. Sai disso aí!
Alguns irmãos ficaram preocupados e perguntaram: vocês vão abrir outra Igreja? A resposta é: - não, eu não vou abrir outra Igreja eu vou sair dessa organização, desse sistema de comércios e exaltação do nome de homens. Ele não entendeu e perguntou novamente: - você vai para fora do local? Não, eu vou para fora do sistema que me aprisionou. Eu vou sair para me consagrar a Cristo e a Igreja e nada mais. – expliquei melhor. - Jesus é o Senhor!
Ao lermos o evangelho de João, capítulo 9, vemos que nunca ninguém tinha sido expulso da sinagoga. Nem a mulher samaritana, nem a mulher adúltera, nem ninguém. Em todos esses casos, que João relatou em seu evangelho, as pessoas eram curadas e depois seguiam o Senhor. Os fariseus foram iluminados e voltaram para a religião.
Mas havia um cego de nascença que ao ser curado, foi expulso. Isso porque ele fora curado na sua visão, ele passou a enxergar.
O Senhor queria Se encontrar com esse homem cego que fora curado, mas o Senhor não estava mais na sinagoga, Ele estava fora dela. Então o Senhor precisou permitir uma situação para que aquele cego curado pudesse encontrar-se com o Senhor e encontrar Sua Vontade. E naqueles vários debates, num determinado momento os religiosos não agüentaram aquele cego falando no meio deles. Eles consideravam aquele cego sendo alguém todo nascido em pecado e agora os queria ensinar. Eles então o expulsaram da sinagoga. Porém os seus pais não queriam falar nada a respeito porque já tinha sido acertado que, quem falasse algo em relação ao Senhor, também seria expulso. Essa é a característica da religião. Se você vê algo além do que é permitido, você precisa ser expulso da religião. Mas o Senhor é maravilhoso. Após de João 9, lemos João 10; assim que o cego foi curado o Senhor mostra o aprisco das ovelhas; e mostrou o que Ele faz com as Suas ovelhas. Ele entra pela porta do aprisco e chama as Suas próprias ovelhas pelo nome e as conduz para fora. E elas reconhecem a Sua voz. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas O seguem, porque lhe reconhece a voz.
Esse aprisco é um aprisco diferente, ele não é um aprisco em que as ovelhas entraram voluntariamente, mas é um aprisco que foi construído em nosso derredor enquanto nós desfrutávamos, enquanto nós invocávamos o Nome do Senhor, alguém veio e construiu uma cerca em nossa volta nos tornando prisioneiros.
Enquanto nós desfrutávamos, enquanto saíamos para as cidades, enquanto pregávamos o Evangelho, tinha homens trabalhando fazendo cerca, fazendo um aprisco em nossa volta. Isso é uma coisa muito difícil de perceber, porque de repente isso apareceu ao nosso redor.
Mas aleluia! Um dia o Senhor certamente daria o Seu grito: “Vêm para fora. Sai dela povo meu”. Quando o Senhor falou sai dela, isso não é sair da Igreja, não há como sair da Igreja. Ele nos chamou para sair do sistema religioso. O Senhor não nos chamou para odiar nossos irmãos, nem fazer contendas ou ficar nos justificando quanto às acusações de alguns, o Senhor nos chama para sair. Se você é livre nada nem ninguém lhe impedirá de sair de uma coisa que não agrada ao Senhor, se o tentarem fazer, isso já prova sua natureza. E essa natureza gera o sistema organizado, o comércio e a exaltação do nome do homem por meio da edificação de algo que se sobressaia para tornar célebres outros nomes que farão sombra ao nome do Senhor. Quem for “ovelha do Senhor” e ouvir Sua voz, entenderá muito bem isso.
O Senhor está nos alertando, que o sistema vai cair, e Ele vem a nós, nos avisar sobre isso. Ele não quer que sejamos cúmplices com as obras religiosas do sistema (João 10: 10). Precisamos estar claros para não sermos cúmplices daquilo que desagrada ao Senhor.
Em 1 Coríntios 3: 13, fala da obra de cada um. Cada um de nós tem uma responsabilidade porque cada um de nós desenvolve sua salvação (Filipenses 2:12). E cada um de nós tem acesso as Escrituras Sagradas.
Irmãos, a partir de agora, a Bíblia deve ser o nosso alimento diário.
Este é o grande alerta do Senhor para nós: precisamos ser vencedores, vencendo o mundo, vencendo a religião, vencendo o maligno. Por isso o Senhor veio e deu a dica para nós. Em Mateus 4 Ele falou: - “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra.” - A nossa vitória está em toda A Palavra. Porque toda Escritura é inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16). Como é que a igreja vai receber todos os ministérios? Ela vai receber somente se desfrutar de toda a Palavra.
Irmãos, toda a Palavra está aberta para nós, por isso não tem como montarmos uma seita, porque não vamos eliminar versículos. Nós somos livres para desfrutar de todos os versículos.
2 Pedro 3 Diz: - “Amados, esta é, agora, a segunda Epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida, para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos, tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda?”-Tudo aquilo que foi dito pelos santos profetas, todas as palavras ditas pelo Senhor e salvador e ditas pelos apóstolos constitui o evangelho completo.
O Senhor quer nos restaurar. Ele quer que amemos a Sua Palavra, aleluia! Não é somente sair do aprisco, mas entrar pela porta que é Ele mesmo e comer dos pastos verdejantes, que é a Sua Palavra.
No aprisco você só come aquilo que te dão. Eles te dão uma ração diária. Você recebe apenas uma porção de comida. A porção que não convém ao aprisco, não é dada, sequer mencionada. Nos pastos verdejantes você come de tudo, de toda abundância das riquezas de Cristo. De toda revelação da Palavra. Sair do aprisco é algo muito glorioso, é sair da limitação. Você entrará e sairá, pois é livre no Senhor.
No evangelho de João, no capítulo 10, o Senhor revelou para nós a condição das Suas ovelhas, mas mostrou para nós o que Ele quer. E Ele não chamou a todas, Ele chamou apenas as que lhe pertence. As que lhe pertence conhecem a Sua voz. As que pertencem ao aprisco permanecem lá. O Senhor não mandou que todas as ovelhas saíssem, Ele se pôs a porta do aprisco e chamou pelo nome as que lhe pertencem. As demais ovelhas são do aprisco. Elas já estão adequadas àquela condição de aprisco e satisfeitas em viver ali.
Essa também foi à maneira que o Senhor usou Daniel para falar com Ciro, acerca dos 70 anos de cativeiro do poder de Deus. O livro de Esdras registra que somente aqueles que foram tocados no seu espírito, saíram de Babilônia, para subir e edificar uma casa para Deus em Jerusalém. Os demais não quiseram sair, porque já existe uma satisfação, um conforto e uma convivência em Babilônia. Hoje, as vésperas da volta do Senhor, como subir de novo ao monte para edificarmos a Casa de Deus? Mas o Senhor despertou o nosso espírito. Por isso que falamos sobre aquele cego de nascença em João 9. Ele já tinha idade. Ele já podia responder por si mesmo. O Senhor despertou o nosso espírito para enxergarmos a nossa condição.
Louvado seja o Senhor por essa Palavra que nos tem dado nesses dois últimos semestres acerca do ministério de João em sua maturidade. Ela trouxe para nós um espelho que desta vez está virado para nós mesmos. É muito fácil virar o espelho para focar as denominações, ou para focar outros grupos livres; mas, desta vez o Senhor colocou esse espelho ao contrario. Desta vez ele focou a restauração do Senhor.
Quando você individualmente erra ou peca, você é disciplinado, é exposto, e você é colocado de lado, você não parte o Pão e quando uma Igreja erra ou peca. O Senhor vem com o seu aperfeiçoamento, corrige aquela Igreja, corrige a sua liderança. Mas, e quando a própria restauração erra? Ninguém pode tocá-la? A Restauração pecou e chegou sua vez de ser disciplinada, de ser corrigida, porque dessa vez quem está falando não é o homem João, mas é o próprio Senhor Jesus. Aquilo que João fala vem da parte de Deus. Vem da parte dos sete Espíritos de Deus e do Seu trono. É o próprio Deus quem está falando.
“João, o que você vê escreve e manda as sete Igrejas.” (Apocalipse 1:11) - Quem ordenou foi Deus. Só Ele pode disciplinar a Sua Restauração que se tornou um objeto e um sistema que dá até para sair dele. Se a Restauração não se tornasse um sistema, não seria possível sair. Mas a Restauração se tornou algo que dá para sairmos, tem até porta de saída. Se esse fosse o viver da Igreja, não tinha como sair, mas quando tudo se tornou uma organização, a porta se abre para quem quiser sair fora dela. O próprio Senhor nos trouxe a Sua Luz, e veio falar conosco num momento muito próximo a Sua volta. Precisamos considerar a Palavra do Senhor.
A situação atual das Igrejas que foram envelopadas num sistema, é resultado de ensinamentos que não é o ensinamento dos apóstolos. Não adianta querermos curar a Igreja, precisamos verificar qual tem sido a nossa nutrição na Igreja. A nossa nutrição precisa ser o Evangelho do Reino, que gera o testemunho do Senhor. Não adianta querer arrumar a Igreja sem nutrir-se do evangelho, sem restaurar o evangelho. O evangelho produz o Testemunho do Senhor. Se alguém tocar e mudar o evangelho, o testemunho da Igreja desaparece.
Na última conferência em Sumaré, nós falamos que o Senhor fez o homem a Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26), e no versículo 28, Ele comissionou o homem dizendo: - “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra.” - Vimos o cuidado que devemos ter na hora de executar Gn 1: 28 que diz: - “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra, dominai, e subjugai” – para quando olharmos para trás devemos ainda ver que Gn 1: 26 não sumiu, ou seja: a expressão de Deus não desapareceu, ela ainda está lá. A Imagem e semelhança é a expressão de Deus.
O homem foi feito para expressar Deus. Expressar o Seu testemunho na terra. Esse homem deve multiplicar e encher a terra como testemunho do Senhor. O homem deve encher a terra de Deus.
Ao sairmos para fazer a obra, não podemos exterminar o testemunho, mas devemos continuar sendo as “testemunhas,” tanto em Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra. Disse o Senhor: “Vós sereis minhas Testemunhas.” (Atos 1;8)
O Senhor nos deu a Sua Palavra. Os apóstolos nos deram os seus ensinamentos para a edificação da Igreja, para dispensar Deus para a nossa fé, para que a nossa alma seja transformada e assim possamos expressar o Senhor para que a Igreja seja edificada.
Quando se fala sobre ensinamento, podemos ver que, quando João escreveu as sete cartas as sete Igrejas , ele estava tratando especificamente da raiz do problema de cada uma delas. Se nós queremos ser cheios de realidade, temos também que tratar com a raiz da doença, com a raiz da enfermidade. Se apararmos apenas os galhos, e nunca tratarmos seriamente com a raiz do problema, se repetirá sempre, a mesma condição.
O apóstolo João, ao escrever as sete cartas as sete Igrejas, revelou a raiz do problema. A raiz de tudo é o ensinamento. Se a igreja tomou um caminho de desvio e de degradação, esse problema veio do ensinamento. Se o ensinamento é o ensinamento dos apóstolos, a Igreja não cairá em degradação, Ela não cairá no desvio.
O Senhor quer nos iluminar para atentarmos somente para o ensinamento dos apóstolos. Se a Base da Igreja foi alterada e foi ameaçada, isso ocorreu por causa do ensinamento diferente que foi dado as igrejas.
Ap 2: 6, diz: - “Tens, contudo a teu favor que odeias as obras dos Nicolaítas as quais também Eu odeio;” - Ap 2: 15, diz: - “Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam o ensinamento dos nicolaítas.” - A obra dos nicolaítas se tornou o ensinamento deles. O versículo 6 diz: - “tens, contudo a teu favor que odeias as obras.” - mas no versículo 15 diz: - “Tu tens os que da mesma forma sustentam o ensinamento dos Nicolaítas.” - Isso quer dizer que aquilo que esse grupo de pessoas ensinava e praticava, trazia ódio ao coração de Deus. E agora, isso se tornou o ensinamento que ministravam nas Igrejas.
Quando você pratica algo inadequado individualmente, fora da Igreja, dará conta disso ao próprio Deus. Mas, quando você faz das suas obras e das suas práticas inadequadas um “ensinamento” para a Igreja, você estará comprometido no Tribunal de Cristo, porque está levando todo o rebanho, por meio de sua obra, para o buraco.
Ap 2: 14 diz: - “Tenho, todavia contra ti alguma coisa, pois tens ai os que sustentam o ensinamento de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.” - Vejam, Balaão ensinava a Balaque. Será que ele ensinava a Economia de Deus? Será que ele ensinava o Evangelho do Reino? Não, ele ensinava a armar ciladas.
Irmãos, se nós queremos ensinar na Igreja, devemos ensinar o Evangelho do Reino. Eu não acredito que alguém nesse século vai ensinar os irmãos a armar cilada, mas, existem outras coisas, sendo ensinadas ao povo de Deus, que se tornam uma cilada, uma verdadeira armadilha.
Dias atrás ouvi a pregação de um irmão na televisão falando sobre o Tabernáculo. Ele falou do Átrio Exterior, falou do Santo Lugar e falou do Santo dos Santos. Ele falou muito bem sobre esse assunto. Ele matou o animal, aspergiu o sangue, lavou-se na bacia, entrou no Santo lugar, comeu o pão, acrescentou azeite ao candelabro, foi para o Santo dos Santos, colocou incenso, abriu a arca, viu a Tábua do Testemunho, viu a Vara de Arão que floresceu, chegou à urna do Maná escondido. Nesse ponto da pregação ele falou assim: - “Esse Maná escondido é o seu dinheiro que está escondido na caderneta de poupança lá no Banco. Não adianta esconder, Deus quer esse dinheiro para Ele.” - Na avaliação que fiz da sua pregação ele estava indo muito bem com nota nove, mas quando estava para tirar nota dez, ele caiu para nota zero, pois aplicou um ensinamento segundo seus próprios interesses.
Se ele quer pedir dinheiro aos irmãos peça o dinheiro diretamente, mas não adultere a Palavra do Senhor para armar cilada contra os irmãos, trazendo o fermento misturado na farinha para os irmãos comerem.
Sabe por que muitos irmãos comem e se enchem de fermento? Porque o fermento já está misturado na farinha. Ele não tem como separar o fermento misturado. Quando ele recebeu a farinha em suas mãos, pensou que estava recebendo a pura farinha, mas quando comeu, comeu o fermento e depois ficou com a barriga inchada.
Fazer isso é o mesmo que andar com astúcia. Esse pregador que cobrou dos irmãos o dinheiro da poupança, dizendo que teve uma revelação desse dinheiro, na verdade ele queria pedir dinheiro, e para isso ele usou a doutrina de Balaão que é calçar a suas palavras com o seu intento, com a sua intenção embutida. Mas Deus conhece os corações.
São três os ensinamentos que devemos impedir na Igreja: O ensinamento dos nicolaítas, o ensinamento de Balaão e o ensinamento de Jezabel.
Em Ap 2: 20, diz: - “Tenho porem contra ti o tolerares que essa mulher Jezabel, que a si mesma se declara profetiza, não somente ensina, mas também seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” – Aqui, João não está falando essas palavras para Jezabel. Ele está falando: “Tenho, porém, contra ti.” João está falando com todos os que toleram Jezabel.
Quando lemos essa porção rapidamente, parece que João está repreendendo Jezabel. Mas, na verdade, o Senhor está repreendendo quem tolera essa mulher intolerável. Esse problema é um assunto de Jezabel, ela vai ter que acertar isso com Deus um dia. Mas, o Senhor hoje tem algo contra todo aquele que a tolera.
Quem foi iluminado, viu o que Deus quer, mas prefere tolerar Jezabel, se arrependa. Talvez, você tolere Jezabel dizendo que faz isso por amor à unidade, mas, lembre-se, a unidade é do Espírito, e preservá-la não quer dizer sustentar aquilo que o próprio Senhor reprova, e não há como ser um com essa mulher que a si mesma se declara profetiza.
Ap 2: 20, diz: -“Tenho, porem contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel que a si mesma se declara profetiza, não somente ensine mais ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” - A condenação do Senhor é contra aquilo que os nicolaítas ensinam. Contra aquilo que Balaão ensina. Contra aquilo que Jezabel ensina. O Senhor não está dizendo aqui que o nicolaíta é um determinado irmão. Nenhum irmão é nicolaíta. Balaão também não é um irmão. Não existe irmão Balaão. Jezabel não é uma irmã, mas esses três aspectos representam um grupo de pessoas que estão com a responsabilidade de ensinar na Igreja.
Esse grupo de pessoas pode ter toda perfeição social, ter boa aparência, e até ser irmãos, mas Deus condena o que eles ensinam na Sua Igreja. Deus os condena porque o que eles ensinam não é proveniente do ensinamento dos apóstolos. Esse ensinamento diferente faz com que a Igreja perca sua base, e já não seja mais o testemunho do Senhor, ela não dá mais o testemunho da Igreja, e passa a ser outra coisa, reconhecida por outros nomes, menos como a Igreja.
Quem sabe se os nicolaítas, Balaão e Jezabel eram pessoas humanamente falando, muito abençoadas, que viviam bem em família, que fossem pessoas trabalhadoras; mas a condenação de Deus não está para aquilo representam em suas vidas pessoais e sim, naquilo que eles ensinam aos irmãos.
Quando Paulo escreveu a Timóteo, disse para permanecer em Éfeso, para admoestar a certas pessoas, afim de que não ensinem outra doutrina, e nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que antes promovem discussões, do que o dispensar de Deus na fé dos irmãos. Qualquer ensinamento que entrar na igreja e gerar no meio dos irmãos uma discussão, não é a Economia de Deus. Porque a Economia de Deus não gera discussões, ela gera o serviço de Deus na fé dos irmãos. Senhor Jesus, quanta luz!
Esse assunto é para adultos. Por isso, o Senhor por meio de Paulo escreveu aos Éfesios dizendo que a Igreja é edificada sobre o fundamento dos apóstolos (Efésios 2:20). Existe um canal, uma peneira na Igreja até a Palavra chegar a mim e a você. A Palavra vai passando do Senhor, Ela vem e é a revelação que Deus deu a Jesus Cristo, e Ele enviando pelo Seu anjo notificou ao seu servo João para que ele entregue aos Seus servos (Apocalipse 1:1). Isso é como uma peneira. O ensinamento vai passando numa peneira. A palavra passa pelos apóstolos, pelos profetas, e quando Ela chega à localidade, tem os presbíteros que são aptos para ensinar. Eles sãos os que manejam bem a Palavra da Verdade (2 Timóteo 2:15). Eles são como os “trituradores” da palavra para passá-las aos irmãos.
Essa é a função dos presbíteros. Os presbíteros são os que conseguem ver o fermento na farinha. Então eles separam os nutrientes e dão para os irmãos comerem. Por isso, os irmãos que servem na Igreja com a Palavra de Deus, devem ser pessoas da mais alta confiança do Senhor para transmitir sem misturas Seus encargos, segundo Sua vontade para o cumprimento de Sua obra tanto em nós como na terra.
Agora, pergunto: como foi que esses três ensinamentos (Balaão, Nicolaítas e Jezabel) passaram pelos apóstolos, pelos profetas, pelos presbíteros e entraram nas Igrejas sem serem peneiradas? Não sabemos. Certamente as peneiras deles estavam furadas. Na verdade, existem coisas que não são tão gritantes e passam sorrateiramente, são aqueles fermentos mais finos e imperceptíveis. Quando Paulo escreveu o livro de 1 Coríntios, capitulo 5, havia na igreja um rapaz que cometeu fornicação com a mulher do seu pai. Naquela ocasião Paulo tinha falado sobre o fermento da maldade. Paulo disse a eles: - “lança fora o velho fermento.” - Esse fermento aqui estava relacionado com aquela situação pecaminosa de fornicação com a madrasta. O pecado é um fermento. Paulo escreveu essa carta para que os irmãos responsáveis da Igreja tratassem imediatamente essa situação (1 Coríntios 5). Mas, para as igrejas da Galácia, Paulo disse que um pouco de fermento leveda toda massa (Gálatas 5:9). Na Galácia, sabemos que o fermento que veio misturado na farinha foi colocado numa reunião de apóstolos, presbíteros e cooperadores (Atos 15). Os Gálatas receberam aquela farinha, receberam aquela direção, receberam aquela prática. Ela não veio da cabeça da dona Maria que mora ali na esquina. Aquela carta veio de uma reunião em Jerusalém entre apóstolos e presbíteros, com a presença especial do irmão de Jesus, Tiago. Aquela carta estava assinada pelo Espírito Santo porque eles disseram: - “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós. Não vamos colocar mais fardos pesados sobre vós, mas queremos que vocês pratiquem esses quatro itens essenciais da lei. (Atos 15: 19-31)”
Quando uma coisa é enfatizada demasiadamente na Igreja, ela se torna “essencial”, até mesmo para ser usada na propagação do evangelho; mas, mesmo quando “essa prática” não é essencial, por ela é ser enfatizada dessa maneira, obriga os irmãos a fazer algo, e eles se sentem obrigados a praticar aquilo, porque lhes fora dito por alguns, (que deveriam ser) “confiáveis” que essa prática é algo “essencial” a propagação do evangelho e a vinda do Senhor. Alguém a enfatizou, como sendo uma prática essencial, e se esse alguém for de influência na igreja, os irmãos crêem ser verdade.
Aquela carta foi o resultado de uma reunião de serviço entre os irmãos de frente, apóstolos e presbíteros, e ela foi mandada para as igrejas praticarem os quatro itens como sendo “essenciais.” Certamente, pela importância das pessoas que redigiram o seu texto, quando ela chegou às mãos dos presbíteros, eles nem vão ler e filtrar direito o conteúdo dessa carta para ver se há fermento, eles vão mandar os irmãos praticar aquilo, porque quem mandou a carta foram os que estavam à frente.
- “Quem escreveu a carta? Foi Tiago? Há, então vamos praticar, Tiago é irmão de Jesus.” – dirão alguns entre os presbíteros.
Quando as igrejas receberam aquela carta, nela tinha farinha, mas também tinha fermento. Era pouco o fermento, mas um pouco de fermento leveda toda a massa. Por isso irmãos, é preciso orar pela Igreja. Orar pelos irmãos que ensinam na Igreja.
Certa vez eu falei com um irmão: irmão, quem tem sonho, conte o seu sonho. Quem tem a palavra, fale a palavra. Nunca, jamais misture o seu sonho com a Palavra de Deus. Se você colocar o seu sonho na palavra, você vai destruir os irmãos e a Igreja.
2 Pedro 1: 19 diz: -“Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie, e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo primeiramente isso: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca, jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.”
2 Pedro 2: 1 diz:-“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
2 - E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade.
3 – também movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.
Vemos que em João 2:13-16, a entrada do Senhor no templo não é assim, tão pesada ao compararmos a experiência com Simão, o mágico, quando Pedro o repreendeu porque ele queria comprar o Espírito Santo, a entrada do Senhor no templo não é tão pesada. Pedro parece que aprofundou mais o assunto (Atos 8).
Em sua carta segunda carta Pedro fala de um pecado que está no interior do homem. Pedro diz que eles movidos por avareza, farão comércio de vós. Na verdade isso quer dizer que eles vos usarão para comercializar aquilo que eles têm. Esse assunto de comércio, e esse assunto de organização, é um assunto delicado, muito sério; e é preciso sentar para resolvê-lo.
Se se tornou impossível tirar o comércio do meio da Igreja, mesmo que tal prática cause danos na consciência dos irmãos, isso mostra que a avareza já tomou conta de tudo. A Palavra de Deus, todas as vezes que toca no assunto de comércio, ela trata esse assunto de forma muito dura para com os que praticam isso no meio do povo de Deus; e quanto ao julgamento, diz que a destruição dos comerciantes é repentina.
Que o Senhor tenha misericórdia do Seu povo e de cada um de nós.
Nós somos os chamados para fora de tudo isso.
Essa prática de negociar se tornou um ensinamento. A partir de agora os líderes ensinam e os irmãos aprendem a vender as revelações que Deus dá para Sua Igreja. Uma prática de alguém, que agora, se tornou um ensino na Igreja, os irmãos são ensinados a fazer isso: comercializar a palavra de Deus; vender.
Você pode ser comerciante, isso não é problema algum; a questão é se você quiser ensinar os irmãos a vender o seu produto. Aquilo que você pratica profissionalmente, não deve querer ensinar para Igreja. Isso é abominável diante do Senhor. O Senhor é justo, Ele não tolera o comércio porque isso é algo cheio de injustiça e corrupção. Por isso Ele quer nos chamar de volta para Ele, nos chamar de volta para a Sua base, a base da Igreja.
Em João 17 o próprio Senhor fala: - “Eu os guardei em Seu Nome. Eu vos dei a Sua Palavra. Eu lhes tenho transmitido a Sua Glória.” - A Igreja está sobre o Nome do Senhor, sobre a Palavra do Senhor e sobre a Glória do Senhor. Se o “meu nome” ou o nome de qualquer outra coisa minha está sendo exaltado ao lado do Nome do Senhor, a glória é para mim e para o meu nome. No mínimo, eu estou dividindo o meu nome com Nome do Senhor.
Irmãos, semear alguma coisa ao lado do Nome do Senhor, ao lado da Igreja é perigoso para o nosso testemunho. Quanto mais a Igreja crescer, mais “essa coisa” crescerá também, e no final, “essa coisa” toma toda a Igreja, toma todos os nutrientes que são dos santos, toma tudo o que deveria ser para a propagação do Evangelho para poder se manter viva, isto, uma estrutura também precisa de recursos para ser mantida, e quais os recursos ela irá usar? Os recursos que devem ser aplicados na propagação do evangelho.
O sistema religioso é a semente de um câncer que quer crescer junto com a Igreja. E quando a Igreja propagar o evangelho para outras nações, esse sistema religioso que cresceu junto com a Igreja, se tornará algo multinacional. Quanto mais a Igreja crescer, mais a organização e a estrutura crescerão, por fim, esse sistema comerá a Igreja, acabará com a Igreja e com o seu testemunho.
Mas aleluia!! O Senhor nos chamou para fora. O Senhor nos libertou. Ninguém pode comer e acabar com a nossa liberdade. Ninguém mais vai se alimentar daquilo que Deus nos deu. Nós vamos nos consagrar a Cristo e a Igreja, e assim, esse Evangelho vai avançar por toda a terra e em todo lugar.
A vida da Igreja é uma vida de pregar o Evangelho do reino. O Senhor primeiramente ensinou aos discípulos. Depois da Sua morte, Ele apareceu por quarenta dias instruindo os Seus discípulos falando das coisas concernentes ao Reino de Deus (Atos 1:3). Isso visava equipar os discípulos e instruí-los naquilo que deveria ser propagado a todas as noções, mas como é que eles propagariam esse Evangelho? O Senhor falou para eles: “Ficai na cidade até que do alto sejais revestidos de poder. (versículo 4)” - O Equipamento mais importante na propagação do Evangelho vem do alto, não é nada aqui da terra.
Atos 1: 8, o Senhor continua: - “E recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra.”
Temos o Evangelho do Reino, temos também o Poder do Espírito que nos dá intrepidez para pregar o Evangelho. Atos 4: 31, diz: -“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; e com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.
Para propagar a Palavra de Deus é necessária a intrepidez, e isso é algo que vem do Espírito. Foi assim que o Senhor preparou os discípulos para o Seu mover, para a Sua Obra, e para alcançar toda a terra.
Logo em seguida, Pedro se levantou, pregou o evangelho e quase três mil almas foram batizadas. Agora eles tinham o evangelho, o poder do Espírito e três mil pessoas para reunir e cuidar como Igreja, mas ainda faltava uma coisa para completar: Faltava dinheiro.
Quanto ao dinheiro, o Senhor movia o coração dos irmãos. Os que possuíam terra, casas e propriedades, vendiam tudo e depositavam aos pés dos apóstolos para o evangelho ser propagado. O próprio Senhor preparou os seus itens para o Seu mover na terra. Ele não usou nada que venha do sonho dos homens. Nada que o homem tenha pensado. Somente Deus poderia mover os corações dos irmãos para vender e ofertar para a Sua Obra. O Senhor preparou os Seus itens, e também preparou as Suas ferramentas.
Em Atos, capítulo 8, os santos foram dispersos para diversos lugares, saíram pregando o Evangelho. Eles mostraram a todos nós hoje que as ferramentas de Deus para a propagação do Evangelho são os irmãos. Nós somos ferramentas na mão do Senhor. Aleluia!
Em atos 13 o Senhor chamou Paulo e Barnabé para fazer a obra do Espírito. Em atos 18, Ele levantou Áquila e Priscila. Essas são as preciosas ferramentas do mover de Deus nas mãos do Senhor.
Tudo isso aqui, você pode falar a vontade para qualquer um que não vai dar briga entre os irmãos. Você pode falar sobre essas coisas à vontade em todo lugar, que não vai poluir nem fermentar o Evangelho. Você está livre para falar do poder de Deus, para falar do Espírito Santo, para falar do Evangelho do Reino, para falar de pessoas sendo batizadas, para falar de oferta para a saída dos santos. Isso tudo não polui o Evangelho.
Mas quando você coloca um ensinamento que não tem um fundamento bíblico, o evangelho é diluído e o testemunho desaparece. Deus já nos deu tudo o que precisamos e nos deu a liberdade, nos deu o Seu precioso testemunho... E para andar na terra, Ele nos deu os itens do Mover de Deus. Jesus é o Senhor! Jesus é o Senhor!
Que o Senhor possa nos abençoar e nos guardar, para que Ele avance através de nós com pureza e com sinceridade no coração.
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e nãos vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.” Gálatas 5:1
E grande é esse Mistério, mas eu me refiro a Cristo e a Igreja.
Quando o apóstolo Paulo pronunciou esse versículo, ele estava se referindo ao casamento. É necessário ao homem deixar pai e mãe, para se unir a sua esposa e ambos serão uma só carne; mas a seguir, ele explica que o que está falando é um mistério, e grande é esse mistério (Efésios 5:31, 32).
Às vezes para dar testemunho de Cristo e a Igreja é necessário deixar pai e mãe, para se unir à vontade do Senhor. Mesmo que o nosso pai e a nossa mãe não tenham essa percepção, não devemos recuar quanto à visão de Cristo e a Igreja. Devemos deixá-los e seguir o Senhor, por causa de Cristo e a Igreja.
O Senhor Jesus amou tanto a Igreja que entregou a Sua Vida por ela. Hoje o Senhor quer nos constrange, mas Ele foi o exemplo, Ele fez exatamente isso. A Igreja, o Testemunho da Igreja, o Testemunho do Senhor é uma questão de dar a nossa Vida. Isso não é uma questão simples como muitos pensam, é uma questão de consagração.
Quando o Senhor revelou a Igreja em Mateus 16, ele falou para Pedro: “Tu és pedra, e sobre essa Rocha, Eu edificarei a minha Igreja. E ainda disse mais: Não foi carne e sangue quem te revelou”. Não foi nenhuma carne e sangue quem revelou A Igreja a nós. Não foi nenhum irmão ou irmã quem te revelou, mas foi o Pai que está nos céus. É Ele quem revela.
A revelação da Igreja é um assunto que vem direto de Deus. É um assunto direto com o Pai. O pai é quem revela o Filho e o Filho nos revelou a Sua Vontade que é edificar a Sua Igreja. E é sobre essa Rocha, sobre esse fundamento, o Senhor edificará a Sua Igreja, e as portas do hades, ou do inferno, não prevalecerão contra a Igreja edificada. Tem um hino que fala: “Senhor Jesus vem logo então a Igreja edificar.”
No Antigo Testamento, vemos a experiência de Samuel, ele foi consagrado por Sua mãe, mesmo antes de nascer. Ana o consagrou ao Senhor, e ao nascer, ela o entregou ao sacerdote e Samuel passou a viver e a crescer no Templo junto ao sacerdote Eli.
1 Samuel 3, fala que Samuel estava deitado no Templo. Por quê? Porque essa era a situação do sacerdote Eli. Esse sacerdote deitava e passava o tempo todo deitado. Samuel olhava para Eli deitado e achava que servir a Deus no Templo era viver deitado, então ele se deitava também. Ali vivia todo mundo deitado no Templo.
Mas o próprio Deus nessa porção da Palavra diz que a Lâmpada de Deus ia se apagar. Então, antes que a Lâmpada de Deus se apagasse, Deus chamou o menino, Samuel. Deus o chamou porque a Lâmpada de Deus é o Seu Testemunho. Então, Deus chamou o menino uma vez. Chamou duas vezes, chamou três vezes, até que ele entendesse.
O Senhor está nos chamando hoje. - “Deus um dia nos chamou e de novo vem chamar, nosso amém iremos dar, sim vencer.” - O Senhor chama e insiste nos chamando porque Ele não desiste dos Seus Planos. Ele quer preservar aceso o Seu Testemunho nesta terra.
Deus chamou a geração degradada de Adão, depois que ele desobedeceu ao Senhor, depois que foi expulso do Jardim.
Caim deu origem a uma geração que viveu fora da presença de Deus (Gênesis 4:16). Uma geração que se misturou com os anjos caídos (Gênesis 6:1,2); Deus então chamou Noé.
Depois do dilúvio, a geração de Noé chegou até a geração de Ninrode, e o homem deu as costas para Deus. O homem fez uma torre para tornar celebre o seu nome (Gênesis 11:4). Toda vez que o homem edifica uma grande torre para si, a tendência é dar as costas para Deus.
Quando falamos que a Base do Testemunho do Senhor é o Nome do Senhor, isso não é uma questão somente de invocar o Seu Nome. Mas é uma questão de fazer desaparecer todos os outros nomes que fazem sombra ao nome do Senhor, para exaltar somente o Nome. Jesus é o Nome (Filipenses 2:9-11). Em Babel o homem resolveu tornar célebre o seu próprio nome e para isso, decidiu construir uma torre cujo topo chegasse ao céu. O próprio Senhor Deus reagiu e veio resolver pessoalmente essa questão. O Senhor os julgou, confundindo as línguas deles (Gênesis 11). E no meio daquela situação de apostasia o Senhor chamou Abraão. Graças ao Senhor.
Nós somos um pouco românticos. Se o Senhor nos chamar de novo, iremos dizer: mas Senhor, o Senhor já me chamou três vezes, você não vai parar com isso não? Ele vai te responder: não vou parar de te chamar até a minha volta. Porque você precisa saber que a Igreja é a assembléia dos chamados para fora do aprisco e pra fora da religião. Para fora do mundo sistematizado por satanás, para fora da organização. Sai disso aí!
Alguns irmãos ficaram preocupados e perguntaram: vocês vão abrir outra Igreja? A resposta é: - não, eu não vou abrir outra Igreja eu vou sair dessa organização, desse sistema de comércios e exaltação do nome de homens. Ele não entendeu e perguntou novamente: - você vai para fora do local? Não, eu vou para fora do sistema que me aprisionou. Eu vou sair para me consagrar a Cristo e a Igreja e nada mais. – expliquei melhor. - Jesus é o Senhor!
Ao lermos o evangelho de João, capítulo 9, vemos que nunca ninguém tinha sido expulso da sinagoga. Nem a mulher samaritana, nem a mulher adúltera, nem ninguém. Em todos esses casos, que João relatou em seu evangelho, as pessoas eram curadas e depois seguiam o Senhor. Os fariseus foram iluminados e voltaram para a religião.
Mas havia um cego de nascença que ao ser curado, foi expulso. Isso porque ele fora curado na sua visão, ele passou a enxergar.
O Senhor queria Se encontrar com esse homem cego que fora curado, mas o Senhor não estava mais na sinagoga, Ele estava fora dela. Então o Senhor precisou permitir uma situação para que aquele cego curado pudesse encontrar-se com o Senhor e encontrar Sua Vontade. E naqueles vários debates, num determinado momento os religiosos não agüentaram aquele cego falando no meio deles. Eles consideravam aquele cego sendo alguém todo nascido em pecado e agora os queria ensinar. Eles então o expulsaram da sinagoga. Porém os seus pais não queriam falar nada a respeito porque já tinha sido acertado que, quem falasse algo em relação ao Senhor, também seria expulso. Essa é a característica da religião. Se você vê algo além do que é permitido, você precisa ser expulso da religião. Mas o Senhor é maravilhoso. Após de João 9, lemos João 10; assim que o cego foi curado o Senhor mostra o aprisco das ovelhas; e mostrou o que Ele faz com as Suas ovelhas. Ele entra pela porta do aprisco e chama as Suas próprias ovelhas pelo nome e as conduz para fora. E elas reconhecem a Sua voz. Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas O seguem, porque lhe reconhece a voz.
Esse aprisco é um aprisco diferente, ele não é um aprisco em que as ovelhas entraram voluntariamente, mas é um aprisco que foi construído em nosso derredor enquanto nós desfrutávamos, enquanto nós invocávamos o Nome do Senhor, alguém veio e construiu uma cerca em nossa volta nos tornando prisioneiros.
Enquanto nós desfrutávamos, enquanto saíamos para as cidades, enquanto pregávamos o Evangelho, tinha homens trabalhando fazendo cerca, fazendo um aprisco em nossa volta. Isso é uma coisa muito difícil de perceber, porque de repente isso apareceu ao nosso redor.
Mas aleluia! Um dia o Senhor certamente daria o Seu grito: “Vêm para fora. Sai dela povo meu”. Quando o Senhor falou sai dela, isso não é sair da Igreja, não há como sair da Igreja. Ele nos chamou para sair do sistema religioso. O Senhor não nos chamou para odiar nossos irmãos, nem fazer contendas ou ficar nos justificando quanto às acusações de alguns, o Senhor nos chama para sair. Se você é livre nada nem ninguém lhe impedirá de sair de uma coisa que não agrada ao Senhor, se o tentarem fazer, isso já prova sua natureza. E essa natureza gera o sistema organizado, o comércio e a exaltação do nome do homem por meio da edificação de algo que se sobressaia para tornar célebres outros nomes que farão sombra ao nome do Senhor. Quem for “ovelha do Senhor” e ouvir Sua voz, entenderá muito bem isso.
O Senhor está nos alertando, que o sistema vai cair, e Ele vem a nós, nos avisar sobre isso. Ele não quer que sejamos cúmplices com as obras religiosas do sistema (João 10: 10). Precisamos estar claros para não sermos cúmplices daquilo que desagrada ao Senhor.
Em 1 Coríntios 3: 13, fala da obra de cada um. Cada um de nós tem uma responsabilidade porque cada um de nós desenvolve sua salvação (Filipenses 2:12). E cada um de nós tem acesso as Escrituras Sagradas.
Irmãos, a partir de agora, a Bíblia deve ser o nosso alimento diário.
Este é o grande alerta do Senhor para nós: precisamos ser vencedores, vencendo o mundo, vencendo a religião, vencendo o maligno. Por isso o Senhor veio e deu a dica para nós. Em Mateus 4 Ele falou: - “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra.” - A nossa vitória está em toda A Palavra. Porque toda Escritura é inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16). Como é que a igreja vai receber todos os ministérios? Ela vai receber somente se desfrutar de toda a Palavra.
Irmãos, toda a Palavra está aberta para nós, por isso não tem como montarmos uma seita, porque não vamos eliminar versículos. Nós somos livres para desfrutar de todos os versículos.
2 Pedro 3 Diz: - “Amados, esta é, agora, a segunda Epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida, para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos, tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda?”-Tudo aquilo que foi dito pelos santos profetas, todas as palavras ditas pelo Senhor e salvador e ditas pelos apóstolos constitui o evangelho completo.
O Senhor quer nos restaurar. Ele quer que amemos a Sua Palavra, aleluia! Não é somente sair do aprisco, mas entrar pela porta que é Ele mesmo e comer dos pastos verdejantes, que é a Sua Palavra.
No aprisco você só come aquilo que te dão. Eles te dão uma ração diária. Você recebe apenas uma porção de comida. A porção que não convém ao aprisco, não é dada, sequer mencionada. Nos pastos verdejantes você come de tudo, de toda abundância das riquezas de Cristo. De toda revelação da Palavra. Sair do aprisco é algo muito glorioso, é sair da limitação. Você entrará e sairá, pois é livre no Senhor.
No evangelho de João, no capítulo 10, o Senhor revelou para nós a condição das Suas ovelhas, mas mostrou para nós o que Ele quer. E Ele não chamou a todas, Ele chamou apenas as que lhe pertence. As que lhe pertence conhecem a Sua voz. As que pertencem ao aprisco permanecem lá. O Senhor não mandou que todas as ovelhas saíssem, Ele se pôs a porta do aprisco e chamou pelo nome as que lhe pertencem. As demais ovelhas são do aprisco. Elas já estão adequadas àquela condição de aprisco e satisfeitas em viver ali.
Essa também foi à maneira que o Senhor usou Daniel para falar com Ciro, acerca dos 70 anos de cativeiro do poder de Deus. O livro de Esdras registra que somente aqueles que foram tocados no seu espírito, saíram de Babilônia, para subir e edificar uma casa para Deus em Jerusalém. Os demais não quiseram sair, porque já existe uma satisfação, um conforto e uma convivência em Babilônia. Hoje, as vésperas da volta do Senhor, como subir de novo ao monte para edificarmos a Casa de Deus? Mas o Senhor despertou o nosso espírito. Por isso que falamos sobre aquele cego de nascença em João 9. Ele já tinha idade. Ele já podia responder por si mesmo. O Senhor despertou o nosso espírito para enxergarmos a nossa condição.
Louvado seja o Senhor por essa Palavra que nos tem dado nesses dois últimos semestres acerca do ministério de João em sua maturidade. Ela trouxe para nós um espelho que desta vez está virado para nós mesmos. É muito fácil virar o espelho para focar as denominações, ou para focar outros grupos livres; mas, desta vez o Senhor colocou esse espelho ao contrario. Desta vez ele focou a restauração do Senhor.
Quando você individualmente erra ou peca, você é disciplinado, é exposto, e você é colocado de lado, você não parte o Pão e quando uma Igreja erra ou peca. O Senhor vem com o seu aperfeiçoamento, corrige aquela Igreja, corrige a sua liderança. Mas, e quando a própria restauração erra? Ninguém pode tocá-la? A Restauração pecou e chegou sua vez de ser disciplinada, de ser corrigida, porque dessa vez quem está falando não é o homem João, mas é o próprio Senhor Jesus. Aquilo que João fala vem da parte de Deus. Vem da parte dos sete Espíritos de Deus e do Seu trono. É o próprio Deus quem está falando.
“João, o que você vê escreve e manda as sete Igrejas.” (Apocalipse 1:11) - Quem ordenou foi Deus. Só Ele pode disciplinar a Sua Restauração que se tornou um objeto e um sistema que dá até para sair dele. Se a Restauração não se tornasse um sistema, não seria possível sair. Mas a Restauração se tornou algo que dá para sairmos, tem até porta de saída. Se esse fosse o viver da Igreja, não tinha como sair, mas quando tudo se tornou uma organização, a porta se abre para quem quiser sair fora dela. O próprio Senhor nos trouxe a Sua Luz, e veio falar conosco num momento muito próximo a Sua volta. Precisamos considerar a Palavra do Senhor.
A situação atual das Igrejas que foram envelopadas num sistema, é resultado de ensinamentos que não é o ensinamento dos apóstolos. Não adianta querermos curar a Igreja, precisamos verificar qual tem sido a nossa nutrição na Igreja. A nossa nutrição precisa ser o Evangelho do Reino, que gera o testemunho do Senhor. Não adianta querer arrumar a Igreja sem nutrir-se do evangelho, sem restaurar o evangelho. O evangelho produz o Testemunho do Senhor. Se alguém tocar e mudar o evangelho, o testemunho da Igreja desaparece.
Na última conferência em Sumaré, nós falamos que o Senhor fez o homem a Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26), e no versículo 28, Ele comissionou o homem dizendo: - “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra.” - Vimos o cuidado que devemos ter na hora de executar Gn 1: 28 que diz: - “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra, dominai, e subjugai” – para quando olharmos para trás devemos ainda ver que Gn 1: 26 não sumiu, ou seja: a expressão de Deus não desapareceu, ela ainda está lá. A Imagem e semelhança é a expressão de Deus.
O homem foi feito para expressar Deus. Expressar o Seu testemunho na terra. Esse homem deve multiplicar e encher a terra como testemunho do Senhor. O homem deve encher a terra de Deus.
Ao sairmos para fazer a obra, não podemos exterminar o testemunho, mas devemos continuar sendo as “testemunhas,” tanto em Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra. Disse o Senhor: “Vós sereis minhas Testemunhas.” (Atos 1;8)
O Senhor nos deu a Sua Palavra. Os apóstolos nos deram os seus ensinamentos para a edificação da Igreja, para dispensar Deus para a nossa fé, para que a nossa alma seja transformada e assim possamos expressar o Senhor para que a Igreja seja edificada.
Quando se fala sobre ensinamento, podemos ver que, quando João escreveu as sete cartas as sete Igrejas , ele estava tratando especificamente da raiz do problema de cada uma delas. Se nós queremos ser cheios de realidade, temos também que tratar com a raiz da doença, com a raiz da enfermidade. Se apararmos apenas os galhos, e nunca tratarmos seriamente com a raiz do problema, se repetirá sempre, a mesma condição.
O apóstolo João, ao escrever as sete cartas as sete Igrejas, revelou a raiz do problema. A raiz de tudo é o ensinamento. Se a igreja tomou um caminho de desvio e de degradação, esse problema veio do ensinamento. Se o ensinamento é o ensinamento dos apóstolos, a Igreja não cairá em degradação, Ela não cairá no desvio.
O Senhor quer nos iluminar para atentarmos somente para o ensinamento dos apóstolos. Se a Base da Igreja foi alterada e foi ameaçada, isso ocorreu por causa do ensinamento diferente que foi dado as igrejas.
Ap 2: 6, diz: - “Tens, contudo a teu favor que odeias as obras dos Nicolaítas as quais também Eu odeio;” - Ap 2: 15, diz: - “Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam o ensinamento dos nicolaítas.” - A obra dos nicolaítas se tornou o ensinamento deles. O versículo 6 diz: - “tens, contudo a teu favor que odeias as obras.” - mas no versículo 15 diz: - “Tu tens os que da mesma forma sustentam o ensinamento dos Nicolaítas.” - Isso quer dizer que aquilo que esse grupo de pessoas ensinava e praticava, trazia ódio ao coração de Deus. E agora, isso se tornou o ensinamento que ministravam nas Igrejas.
Quando você pratica algo inadequado individualmente, fora da Igreja, dará conta disso ao próprio Deus. Mas, quando você faz das suas obras e das suas práticas inadequadas um “ensinamento” para a Igreja, você estará comprometido no Tribunal de Cristo, porque está levando todo o rebanho, por meio de sua obra, para o buraco.
Ap 2: 14 diz: - “Tenho, todavia contra ti alguma coisa, pois tens ai os que sustentam o ensinamento de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.” - Vejam, Balaão ensinava a Balaque. Será que ele ensinava a Economia de Deus? Será que ele ensinava o Evangelho do Reino? Não, ele ensinava a armar ciladas.
Irmãos, se nós queremos ensinar na Igreja, devemos ensinar o Evangelho do Reino. Eu não acredito que alguém nesse século vai ensinar os irmãos a armar cilada, mas, existem outras coisas, sendo ensinadas ao povo de Deus, que se tornam uma cilada, uma verdadeira armadilha.
Dias atrás ouvi a pregação de um irmão na televisão falando sobre o Tabernáculo. Ele falou do Átrio Exterior, falou do Santo Lugar e falou do Santo dos Santos. Ele falou muito bem sobre esse assunto. Ele matou o animal, aspergiu o sangue, lavou-se na bacia, entrou no Santo lugar, comeu o pão, acrescentou azeite ao candelabro, foi para o Santo dos Santos, colocou incenso, abriu a arca, viu a Tábua do Testemunho, viu a Vara de Arão que floresceu, chegou à urna do Maná escondido. Nesse ponto da pregação ele falou assim: - “Esse Maná escondido é o seu dinheiro que está escondido na caderneta de poupança lá no Banco. Não adianta esconder, Deus quer esse dinheiro para Ele.” - Na avaliação que fiz da sua pregação ele estava indo muito bem com nota nove, mas quando estava para tirar nota dez, ele caiu para nota zero, pois aplicou um ensinamento segundo seus próprios interesses.
Se ele quer pedir dinheiro aos irmãos peça o dinheiro diretamente, mas não adultere a Palavra do Senhor para armar cilada contra os irmãos, trazendo o fermento misturado na farinha para os irmãos comerem.
Sabe por que muitos irmãos comem e se enchem de fermento? Porque o fermento já está misturado na farinha. Ele não tem como separar o fermento misturado. Quando ele recebeu a farinha em suas mãos, pensou que estava recebendo a pura farinha, mas quando comeu, comeu o fermento e depois ficou com a barriga inchada.
Fazer isso é o mesmo que andar com astúcia. Esse pregador que cobrou dos irmãos o dinheiro da poupança, dizendo que teve uma revelação desse dinheiro, na verdade ele queria pedir dinheiro, e para isso ele usou a doutrina de Balaão que é calçar a suas palavras com o seu intento, com a sua intenção embutida. Mas Deus conhece os corações.
São três os ensinamentos que devemos impedir na Igreja: O ensinamento dos nicolaítas, o ensinamento de Balaão e o ensinamento de Jezabel.
Em Ap 2: 20, diz: - “Tenho porem contra ti o tolerares que essa mulher Jezabel, que a si mesma se declara profetiza, não somente ensina, mas também seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” – Aqui, João não está falando essas palavras para Jezabel. Ele está falando: “Tenho, porém, contra ti.” João está falando com todos os que toleram Jezabel.
Quando lemos essa porção rapidamente, parece que João está repreendendo Jezabel. Mas, na verdade, o Senhor está repreendendo quem tolera essa mulher intolerável. Esse problema é um assunto de Jezabel, ela vai ter que acertar isso com Deus um dia. Mas, o Senhor hoje tem algo contra todo aquele que a tolera.
Quem foi iluminado, viu o que Deus quer, mas prefere tolerar Jezabel, se arrependa. Talvez, você tolere Jezabel dizendo que faz isso por amor à unidade, mas, lembre-se, a unidade é do Espírito, e preservá-la não quer dizer sustentar aquilo que o próprio Senhor reprova, e não há como ser um com essa mulher que a si mesma se declara profetiza.
Ap 2: 20, diz: -“Tenho, porem contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel que a si mesma se declara profetiza, não somente ensine mais ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” - A condenação do Senhor é contra aquilo que os nicolaítas ensinam. Contra aquilo que Balaão ensina. Contra aquilo que Jezabel ensina. O Senhor não está dizendo aqui que o nicolaíta é um determinado irmão. Nenhum irmão é nicolaíta. Balaão também não é um irmão. Não existe irmão Balaão. Jezabel não é uma irmã, mas esses três aspectos representam um grupo de pessoas que estão com a responsabilidade de ensinar na Igreja.
Esse grupo de pessoas pode ter toda perfeição social, ter boa aparência, e até ser irmãos, mas Deus condena o que eles ensinam na Sua Igreja. Deus os condena porque o que eles ensinam não é proveniente do ensinamento dos apóstolos. Esse ensinamento diferente faz com que a Igreja perca sua base, e já não seja mais o testemunho do Senhor, ela não dá mais o testemunho da Igreja, e passa a ser outra coisa, reconhecida por outros nomes, menos como a Igreja.
Quem sabe se os nicolaítas, Balaão e Jezabel eram pessoas humanamente falando, muito abençoadas, que viviam bem em família, que fossem pessoas trabalhadoras; mas a condenação de Deus não está para aquilo representam em suas vidas pessoais e sim, naquilo que eles ensinam aos irmãos.
Quando Paulo escreveu a Timóteo, disse para permanecer em Éfeso, para admoestar a certas pessoas, afim de que não ensinem outra doutrina, e nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que antes promovem discussões, do que o dispensar de Deus na fé dos irmãos. Qualquer ensinamento que entrar na igreja e gerar no meio dos irmãos uma discussão, não é a Economia de Deus. Porque a Economia de Deus não gera discussões, ela gera o serviço de Deus na fé dos irmãos. Senhor Jesus, quanta luz!
Esse assunto é para adultos. Por isso, o Senhor por meio de Paulo escreveu aos Éfesios dizendo que a Igreja é edificada sobre o fundamento dos apóstolos (Efésios 2:20). Existe um canal, uma peneira na Igreja até a Palavra chegar a mim e a você. A Palavra vai passando do Senhor, Ela vem e é a revelação que Deus deu a Jesus Cristo, e Ele enviando pelo Seu anjo notificou ao seu servo João para que ele entregue aos Seus servos (Apocalipse 1:1). Isso é como uma peneira. O ensinamento vai passando numa peneira. A palavra passa pelos apóstolos, pelos profetas, e quando Ela chega à localidade, tem os presbíteros que são aptos para ensinar. Eles sãos os que manejam bem a Palavra da Verdade (2 Timóteo 2:15). Eles são como os “trituradores” da palavra para passá-las aos irmãos.
Essa é a função dos presbíteros. Os presbíteros são os que conseguem ver o fermento na farinha. Então eles separam os nutrientes e dão para os irmãos comerem. Por isso, os irmãos que servem na Igreja com a Palavra de Deus, devem ser pessoas da mais alta confiança do Senhor para transmitir sem misturas Seus encargos, segundo Sua vontade para o cumprimento de Sua obra tanto em nós como na terra.
Agora, pergunto: como foi que esses três ensinamentos (Balaão, Nicolaítas e Jezabel) passaram pelos apóstolos, pelos profetas, pelos presbíteros e entraram nas Igrejas sem serem peneiradas? Não sabemos. Certamente as peneiras deles estavam furadas. Na verdade, existem coisas que não são tão gritantes e passam sorrateiramente, são aqueles fermentos mais finos e imperceptíveis. Quando Paulo escreveu o livro de 1 Coríntios, capitulo 5, havia na igreja um rapaz que cometeu fornicação com a mulher do seu pai. Naquela ocasião Paulo tinha falado sobre o fermento da maldade. Paulo disse a eles: - “lança fora o velho fermento.” - Esse fermento aqui estava relacionado com aquela situação pecaminosa de fornicação com a madrasta. O pecado é um fermento. Paulo escreveu essa carta para que os irmãos responsáveis da Igreja tratassem imediatamente essa situação (1 Coríntios 5). Mas, para as igrejas da Galácia, Paulo disse que um pouco de fermento leveda toda massa (Gálatas 5:9). Na Galácia, sabemos que o fermento que veio misturado na farinha foi colocado numa reunião de apóstolos, presbíteros e cooperadores (Atos 15). Os Gálatas receberam aquela farinha, receberam aquela direção, receberam aquela prática. Ela não veio da cabeça da dona Maria que mora ali na esquina. Aquela carta veio de uma reunião em Jerusalém entre apóstolos e presbíteros, com a presença especial do irmão de Jesus, Tiago. Aquela carta estava assinada pelo Espírito Santo porque eles disseram: - “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós. Não vamos colocar mais fardos pesados sobre vós, mas queremos que vocês pratiquem esses quatro itens essenciais da lei. (Atos 15: 19-31)”
Quando uma coisa é enfatizada demasiadamente na Igreja, ela se torna “essencial”, até mesmo para ser usada na propagação do evangelho; mas, mesmo quando “essa prática” não é essencial, por ela é ser enfatizada dessa maneira, obriga os irmãos a fazer algo, e eles se sentem obrigados a praticar aquilo, porque lhes fora dito por alguns, (que deveriam ser) “confiáveis” que essa prática é algo “essencial” a propagação do evangelho e a vinda do Senhor. Alguém a enfatizou, como sendo uma prática essencial, e se esse alguém for de influência na igreja, os irmãos crêem ser verdade.
Aquela carta foi o resultado de uma reunião de serviço entre os irmãos de frente, apóstolos e presbíteros, e ela foi mandada para as igrejas praticarem os quatro itens como sendo “essenciais.” Certamente, pela importância das pessoas que redigiram o seu texto, quando ela chegou às mãos dos presbíteros, eles nem vão ler e filtrar direito o conteúdo dessa carta para ver se há fermento, eles vão mandar os irmãos praticar aquilo, porque quem mandou a carta foram os que estavam à frente.
- “Quem escreveu a carta? Foi Tiago? Há, então vamos praticar, Tiago é irmão de Jesus.” – dirão alguns entre os presbíteros.
Quando as igrejas receberam aquela carta, nela tinha farinha, mas também tinha fermento. Era pouco o fermento, mas um pouco de fermento leveda toda a massa. Por isso irmãos, é preciso orar pela Igreja. Orar pelos irmãos que ensinam na Igreja.
Certa vez eu falei com um irmão: irmão, quem tem sonho, conte o seu sonho. Quem tem a palavra, fale a palavra. Nunca, jamais misture o seu sonho com a Palavra de Deus. Se você colocar o seu sonho na palavra, você vai destruir os irmãos e a Igreja.
2 Pedro 1: 19 diz: -“Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie, e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo primeiramente isso: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca, jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.”
2 Pedro 2: 1 diz:-“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
2 - E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade.
3 – também movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.
Vemos que em João 2:13-16, a entrada do Senhor no templo não é assim, tão pesada ao compararmos a experiência com Simão, o mágico, quando Pedro o repreendeu porque ele queria comprar o Espírito Santo, a entrada do Senhor no templo não é tão pesada. Pedro parece que aprofundou mais o assunto (Atos 8).
Em sua carta segunda carta Pedro fala de um pecado que está no interior do homem. Pedro diz que eles movidos por avareza, farão comércio de vós. Na verdade isso quer dizer que eles vos usarão para comercializar aquilo que eles têm. Esse assunto de comércio, e esse assunto de organização, é um assunto delicado, muito sério; e é preciso sentar para resolvê-lo.
Se se tornou impossível tirar o comércio do meio da Igreja, mesmo que tal prática cause danos na consciência dos irmãos, isso mostra que a avareza já tomou conta de tudo. A Palavra de Deus, todas as vezes que toca no assunto de comércio, ela trata esse assunto de forma muito dura para com os que praticam isso no meio do povo de Deus; e quanto ao julgamento, diz que a destruição dos comerciantes é repentina.
Que o Senhor tenha misericórdia do Seu povo e de cada um de nós.
Nós somos os chamados para fora de tudo isso.
Essa prática de negociar se tornou um ensinamento. A partir de agora os líderes ensinam e os irmãos aprendem a vender as revelações que Deus dá para Sua Igreja. Uma prática de alguém, que agora, se tornou um ensino na Igreja, os irmãos são ensinados a fazer isso: comercializar a palavra de Deus; vender.
Você pode ser comerciante, isso não é problema algum; a questão é se você quiser ensinar os irmãos a vender o seu produto. Aquilo que você pratica profissionalmente, não deve querer ensinar para Igreja. Isso é abominável diante do Senhor. O Senhor é justo, Ele não tolera o comércio porque isso é algo cheio de injustiça e corrupção. Por isso Ele quer nos chamar de volta para Ele, nos chamar de volta para a Sua base, a base da Igreja.
Em João 17 o próprio Senhor fala: - “Eu os guardei em Seu Nome. Eu vos dei a Sua Palavra. Eu lhes tenho transmitido a Sua Glória.” - A Igreja está sobre o Nome do Senhor, sobre a Palavra do Senhor e sobre a Glória do Senhor. Se o “meu nome” ou o nome de qualquer outra coisa minha está sendo exaltado ao lado do Nome do Senhor, a glória é para mim e para o meu nome. No mínimo, eu estou dividindo o meu nome com Nome do Senhor.
Irmãos, semear alguma coisa ao lado do Nome do Senhor, ao lado da Igreja é perigoso para o nosso testemunho. Quanto mais a Igreja crescer, mais “essa coisa” crescerá também, e no final, “essa coisa” toma toda a Igreja, toma todos os nutrientes que são dos santos, toma tudo o que deveria ser para a propagação do Evangelho para poder se manter viva, isto, uma estrutura também precisa de recursos para ser mantida, e quais os recursos ela irá usar? Os recursos que devem ser aplicados na propagação do evangelho.
O sistema religioso é a semente de um câncer que quer crescer junto com a Igreja. E quando a Igreja propagar o evangelho para outras nações, esse sistema religioso que cresceu junto com a Igreja, se tornará algo multinacional. Quanto mais a Igreja crescer, mais a organização e a estrutura crescerão, por fim, esse sistema comerá a Igreja, acabará com a Igreja e com o seu testemunho.
Mas aleluia!! O Senhor nos chamou para fora. O Senhor nos libertou. Ninguém pode comer e acabar com a nossa liberdade. Ninguém mais vai se alimentar daquilo que Deus nos deu. Nós vamos nos consagrar a Cristo e a Igreja, e assim, esse Evangelho vai avançar por toda a terra e em todo lugar.
A vida da Igreja é uma vida de pregar o Evangelho do reino. O Senhor primeiramente ensinou aos discípulos. Depois da Sua morte, Ele apareceu por quarenta dias instruindo os Seus discípulos falando das coisas concernentes ao Reino de Deus (Atos 1:3). Isso visava equipar os discípulos e instruí-los naquilo que deveria ser propagado a todas as noções, mas como é que eles propagariam esse Evangelho? O Senhor falou para eles: “Ficai na cidade até que do alto sejais revestidos de poder. (versículo 4)” - O Equipamento mais importante na propagação do Evangelho vem do alto, não é nada aqui da terra.
Atos 1: 8, o Senhor continua: - “E recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra.”
Temos o Evangelho do Reino, temos também o Poder do Espírito que nos dá intrepidez para pregar o Evangelho. Atos 4: 31, diz: -“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; e com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.
Para propagar a Palavra de Deus é necessária a intrepidez, e isso é algo que vem do Espírito. Foi assim que o Senhor preparou os discípulos para o Seu mover, para a Sua Obra, e para alcançar toda a terra.
Logo em seguida, Pedro se levantou, pregou o evangelho e quase três mil almas foram batizadas. Agora eles tinham o evangelho, o poder do Espírito e três mil pessoas para reunir e cuidar como Igreja, mas ainda faltava uma coisa para completar: Faltava dinheiro.
Quanto ao dinheiro, o Senhor movia o coração dos irmãos. Os que possuíam terra, casas e propriedades, vendiam tudo e depositavam aos pés dos apóstolos para o evangelho ser propagado. O próprio Senhor preparou os seus itens para o Seu mover na terra. Ele não usou nada que venha do sonho dos homens. Nada que o homem tenha pensado. Somente Deus poderia mover os corações dos irmãos para vender e ofertar para a Sua Obra. O Senhor preparou os Seus itens, e também preparou as Suas ferramentas.
Em Atos, capítulo 8, os santos foram dispersos para diversos lugares, saíram pregando o Evangelho. Eles mostraram a todos nós hoje que as ferramentas de Deus para a propagação do Evangelho são os irmãos. Nós somos ferramentas na mão do Senhor. Aleluia!
Em atos 13 o Senhor chamou Paulo e Barnabé para fazer a obra do Espírito. Em atos 18, Ele levantou Áquila e Priscila. Essas são as preciosas ferramentas do mover de Deus nas mãos do Senhor.
Tudo isso aqui, você pode falar a vontade para qualquer um que não vai dar briga entre os irmãos. Você pode falar sobre essas coisas à vontade em todo lugar, que não vai poluir nem fermentar o Evangelho. Você está livre para falar do poder de Deus, para falar do Espírito Santo, para falar do Evangelho do Reino, para falar de pessoas sendo batizadas, para falar de oferta para a saída dos santos. Isso tudo não polui o Evangelho.
Mas quando você coloca um ensinamento que não tem um fundamento bíblico, o evangelho é diluído e o testemunho desaparece. Deus já nos deu tudo o que precisamos e nos deu a liberdade, nos deu o Seu precioso testemunho... E para andar na terra, Ele nos deu os itens do Mover de Deus. Jesus é o Senhor! Jesus é o Senhor!
Que o Senhor possa nos abençoar e nos guardar, para que Ele avance através de nós com pureza e com sinceridade no coração.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Quem Somos Nós – Parte 1
Quem Somos Nós – Parte 1
Podemos ser o que somos, graças ao Senhor.
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei,
pois firmes e não submetais de novo a jugo de escravidão.”
Gl 5: 1
A liberdade é o primeiro item com respeito à identidade da igreja. Esta publicação visa apresentar pontos importantes sobre quem somos, a fim de que cada um perceba tal realidade, e reconheça o que o Senhor espera de nós; e isso, não apenas como cristãos ou como filhos de Deus, mas, também como corpo de Cristo, como igreja; para que possamos nos tornar na prática “O Testemunho da Igreja” como cristãos genuínos, que têm experiência no novo nascimento com o Senhor Jesus.
No que diz respeito as nossas práticas, podemos ser dois tipos de pessoas: alheias ao Senhor, que não se preocupa com a Palavra de Deus, que não tem atenção ou cuidado com os assuntos espirituais, sendo até mesmo, uma pessoa envolvida com o mundo, não tendo responsabilidade em manter nenhum testemunho do Filho de Deus. Mas, sendo genuínos filhos de Deus, é necessário que sejamos buscadores, que anelam conhecer a Sua palavra, compreender Sua vontade e se empenhar em praticar o que nos é revelado segundo tal palavra. O nosso objetivo não é ser como aqueles que não têm essa preocupação, e sim como os que se preocupam, que se comprometem, e creio que somos assim, em relação a palavra de Deus, com as coisas de Deus e com a vontade de Deus.
Quando nos reunimos, a nossa visão, o nosso ensinamento e as nossas práticas são para expressar um testemunho; e o que esse testemunho significa? De acordo com o que vemos, de acordo com aquilo que entendemos e com o que praticamos da palavra do Senhor, podemos ser enquadrados em três tipos diferentes de testemunho: podemos ser realmente o testemunho da igreja; mas também, podemos ser simplesmente, um grupo de cristãos com práticas rotineiras; ou, até mesmo, ser cristãos envolvidos com heresias. Isso vai depender da maturidade com que aceitamos a visão, a revelação que o Senhor nos deu e da prática que nos empenhamos a partir de ambos.
Para sermos um grupo de cristãos genuínos, precisamos estar sobre o fundamento dos aspectos essenciais da fé, se almejamos ser considerados assim. Quanto a isso, não devemos ser ignorantes. O Senhor deseja nos dar discernimento e compreensão daquilo que Ele tem em Seu coração, que nos é transmitido por intermédio da Sua palavra.
Um grupo cristão genuíno está fundamentado nos aspectos essenciais da fé. Não iremos nos aprofundar nesses aspectos no momento, mas, faremos uma breve apresentação a respeito, para assim, despertar em nosso coração o anelo de sermos “genuínos” em relação ao “testemunho da Igreja”.
Um grupo cristão é caracterizado, definido e adequado quando ele toma como sua realidade os aspectos essenciais da fé. E quais são esses aspectos?
Primeiro: A existência de Deus.
Este é um ponto muito elementar e muito básico, mas faz parte de um genuíno grupo cristão e esse sentimento, não está vinculado somente a própria palavra de Deus, pois temos vários elementos a nossa volta que testificam a existência de Deus; elementos da criação comprovam isso (Romanos 1:20). Temos também, um sentimento interior de conhecer e experimentar Deus. Graças ao Senhor, esse é um ponto básico da existência de Deus.
Segundo: Crer que a Bíblia é a palavra de Deus.
Temos dois grandes presentes do Senhor, o espírito e a palavra, que foram dados ao homem; e o Espírito está operando para nos conduzir de volta para Deus, para buscá-Lo, conhecê-Lo e para experimentá-Lo. Ao mesmo tempo, Deus nos deu um grande instrumento para que possamos conhecê-Lo que é a palavra de Deus e essa palavra tem em seu conteúdo o Antigo e o Novo testamento registrados na Bíblia.
Quando combinamos o Espírito com a Palavra, então algo brota desse livro; e o que brota desse livro é a revelação. Essa revelação é a Verdade. A Verdade é Cristo, mas a revelação daquilo que sai da Escritura, que sai da letra, é a verdade expressa para nossa compreensão interior. E o conteúdo da Verdade é a Vida. Essas coisas são os aspectos essenciais da fé.
Com respeito à verdade, Ela tem um conjunto de coisas, mas nem todos os cristãos conhecem esse conjunto. Contudo, o que nos define como cristãos genuínos são os aspectos essenciais da verdade.
Um desses aspectos diz respeito a Cristo, e outro diz respeito à redenção de Cristo. Se alguém crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que Ele é a encarnação de Deus, que Ele viveu nesta terra, morreu e ressuscitou e que deu a Sua Vida por nós... Quem crer nessas verdades receberá um presente que é a remissão dos seus pecados e o dom do Espírito: a Vida Eterna. Isso fará dessa pessoa um cristão genuíno. E como cristão genuíno, tal pessoa está integrada ao Corpo de Cristo; tal pessoa torna-se membro do corpo. Mas, mesmo guardando esses quatro elementos, essa pessoa pode ainda ser apenas caracterizada como alguém que faz parte de um grupo cristão.
Podemos descrever a verdade em oito aspectos.
Primeiro, com respeito a Deus, a revelação de Deus. A revelação de Deus inclui: o Pai, o Filho, o Espírito e todos os itens relacionados a esta revelação.
A segunda grande revelação é com respeito à criação de Deus, tendo o homem como centro dessa criação.
Esse homem sendo um ser tripartido, com corpo, alma e espírito, sendo o ponto principal desse homem o seu espírito, porque o espírito do homem pode contatar e conter Deus. Aquele que exercita o seu espírito para contatar Deus, tem acendido uma lâmpada em seu interior.
A terceira grande revelação diz respeito à queda do homem e o fracasso do povo de Deus. Essa é a descrição do Antigo Testamento, a partir do livro de Gênesis capítulo 3. Nesse capítulo, lemos os registros sobre a queda e sobre o desenvolvimento dessa queda, tanto individual quanto coletiva.
Esse homem foi enquadrado dentro de uma geração, a geração de Adão. Essa geração fracassou e foi exterminada com o dilúvio. A partir daí Deus houve um novo início com Noé, e Noé encheu a terra; mas, a geração de Noé também fracassou, e esse fracasso se caracterizou em Babel. A seguir vem uma nova geração liderada por Abraão, Isaque, Jacó, José, e as doze tribos. E essas doze tribos é o Reino de Israel representando o reino de Deus, e essa geração também fracassou, e recebeu sentença contra si, pelo Senhor, como podemos ver no livro de Malaquias, último livro do Antigo Testamento.
A quarta grande revelação é muito positiva, são as Promessas de Deus e as profecias com respeito a Cristo e ao reino. Isso diz respeito ainda ao Antigo Testamento.
A quinta grande revelação está no Novo Testamento. Temos a salvação completa de Deus, a redenção de Cristo e a salvação pela Vida, incluindo a regeneração do espírito, a transformação da alma e a glorificação do corpo.
A sexta grande revelação é com respeito ao reino, e o reino é um assunto que está em toda Bíblia, desde Gênesis a Apocalipse.
A sétima grande revelação é a igreja. E quanto se trata da igreja, não há como ficarmos de fora, porque a igreja é o procedimento que o Senhor tem para essa era, por meio dela o Senhor produz aqueles que reinarão com Ele.
Precisamos muito da igreja, pois, ela é o lugar especial que o Senhor preparou para nós.
A oitava grande revelação é a consumação do Plano de Deus. Aqui temos a consumação do século, a consumação do tempo, que é o reino milenar, e temos a consumação eterna e final que é a Nova Jerusalém.
Essas Verdades fazem parte da nossa vida para que possamos absorvê-las e colocá-las em prática; e é assim que essa grande fé é trabalhada para dentro de nós, tornando-se a nossa fé.
Esses itens são básicos, mas, são muito importantes. E como fazer com que os filhos de Deus conheçam todos eles, para que tenham a mesma visão e a mesma prática? Este é um assunto do Espírito, esse é o Seu serviço, Seu ministério (João 16:13), e fomos introduzidos na igreja para que o Senhor trabalhe toda essa fé para dentro de nós.
Como filhos de Deus, recebemos essas revelações para praticarmos, e é nessa prática que está o nosso testemunho; entretanto, o testemunho que damos pode nos associar a Igreja ou a um grupo cristão. Qual é a diferença entre um grupo cristão e a igreja genuína de Deus?
Há um aspecto muito importante que diz respeito à “base da igreja”.
A base da igreja é o terreno onde todas as coisas divinas e espirituais estão sendo trabalhadas para dentro de nós. Como o testemunho da igreja, é preciso que estejamos exatamente na base da edificação da igreja, até mesmo porque, a obra de cada um será provada pelo fogo e se a obra de alguém permanecer, ele receberá galardão (1 Coríntios 3:14).
Às vezes as pessoas falam assim: - “Essa é a obra do irmão fulano, ou, essa é a sua obra...” – e é isso mesmo. Cada um tem a sua obra. Não se assuste se alguém te disser:- “isso ai é a sua obra”, pois isso está correto; realmente, a obra é de cada um, e toda obra será provada pelo fogo, e se a obra de alguém permanecer, se ela estiver sobre o fundamento, então, esse receberá galardão. Não se assuste se alguém quiser lhe atacar dizendo:- “você está fazendo a sua obra”, - diga para ele que ele também está fazendo a dele, e a obra de cada um será provada pelo fogo. É bom que essa obra esteja colocada sobre o fundamento e esse fundamento é o próprio Senhor.
Esse fundamento é a base onde estamos edificando e sendo edificados. E essa base é um grande fator que diferencia a igreja de um grupo cristão, de uma denominação, de uma comunidade ou uma associação religiosa. Há vários tipos de grupos cristãos. Mas, quem somos nós? Devemos ser o testemunho da Igreja! E para isso, precisamos nos tornar especialistas sobre a base da Igreja.
A base da Igreja é um aspecto muito importante para distinguir se somos apenas um grupo ou se somos o Testemunho da Igreja.
O primeiro item da Base da Igreja é o Nome do Senhor; precisamos acompanhar aquilo que o próprio Senhor fez, porque nós somos a Igreja, logo, somos a continuação daquilo que o Senhor realizou. E o Senhor foi muito zeloso com o Nome do Seu Pai. Precisamos ser muito sensíveis com relação a qualquer outro nome junto do Nome do Senhor. Não podemos permitir que qualquer outro nome faça sombra sobre o Nome do Senhor.
Ao longo da historia da Igreja houve vários desvios entre o povo de Deus, porque outros nomes foram associados ao Nome do Senhor. Se as pessoas estão nos chamando de outro nome diferente, seja o nome de um ministro do evangelho, seja o nome de uma instituição, seja o nome de uma organização ou empresa, isso mais cedo ou mais tarde, afetará o nosso testemunho da Igreja. De acordo com a Bíblia, ter outros nomes é fornicação e adultério.
O nome do Senhor é muito importante para nós, por isso vamos zelar pelo nome do Senhor, sempre atentos e considerando isto: se existe alguma coisa sendo introduzida ao lado do nome do Senhor; mesmo que tenha sido criada com a melhor das intenções, nós a cortaremos na raiz. Temos que tomar providencia imediata.
Há muitos exemplos, desde a Reforma de Martinho Lutero. Ele se tornou uma pessoa tão destacada entre o povo de Deus que até mesmo a Igreja foi chamada pelo seu nome. Isso é uma vergonha para a Igreja porque o testemunho da Igreja é o Nome do Senhor, nada de estruturas, empresas ou organizações deve permanecer junto ao nome do Senhor.
Em nossa própria experiência conhecemos os problemas que isso causou ao testemunho do Senhor. Ao tentarmos apresentar o testemunho da Igreja somos identificados com outra coisa, com outro nome que não é a Igreja. Isso precisa ser um grande alerta para nós. A Base da Igreja é o Nome do Senhor.
O outro item é a palavra do Senhor. Nós não podemos ensinar, não podemos promover, nem podemos introduzir entre os irmãos nada que não tenha fundamento na palavra do Senhor. Apocalipse 3, no versículo 8, vemos a condição normal daqueles que serão arrebatados na volta do Senhor. Eles são os que não negam o Nome do Senhor e guardam a Sua Palavra. Não negar o Nome do Senhor, não é simplesmente dizer que se crê Nele, mas é não ter nenhum outro nome ao lado do Testemunho do Senhor.
Outro item importante, além do Nome e da palavra do Senhor, é a unidade do Espírito. Nossa unidade não é de coisas exteriores. Não somos um porque usamos o mesmo tipo de roupas ou porque falamos coisas parecidas, ou lemos livros publicados por essa ou aquela editora, não; a nossa unidade é o Espírito. Por isso, na igreja temos liberdade de fazer as coisas sem controlar os irmãos. Porque a nossa unidade não está na maneira de controlar e ter domínio sobre os outros, a nossa unidade vem do Espírito. Quanto mais estivermos vinculados na palavra e no Nome do Senhor, mais ganharemos um selo que é o vinculo da paz, e este selo é proveniente do Espírito.
Se nos associarmos a outro nome ou a outra palavra, isto é, com outro tipo de ensinamento, perderemos algo chamado o vinculo da paz.
O vinculo da paz é um prêmio do Espírito, é um selo do Espírito, que nos é dado quando não temos outro nome associado ao Nome do Senhor e quando não temos outra palavra acrescentada à palavra do Senhor. Se quisermos nos envolver com outra palavra, vamos perder uma coisa muito preciosa que é um grande fator da unidade: o vinculo da paz. Esse vínculo da paz é um selo, e esse selo é uma confirmação de que nós estamos sobre o Nome e a palavra do Senhor e esses itens não promovem contendas nem divisões.
Outro item da Base é sermos inclusivos. Somos a Igreja porque temos a capacidade de acolher a todos os filhos de Deus. A Igreja é como se fosse um grande e imenso caminhão em que todas as pessoas que creram no Senhor têm acesso a ele. Mas, esse caminhão tem que andar numa reta. Ele não pode sair fazendo curvas por ai. Esse caminhão não pode ficar fazendo movimentos bruscos, porque tais movimentos fazem as pessoas se desequilibrar e cair. É por isso que a Igreja segue uma linha, a linha das melhores coisas e as melhores coisas são aquelas que todos os irmãos podem participar.
Se começarmos a destacar e enfatizar coisas particulares e coisas especiais, esse caminhão vai ter muitos problemas. Mas, se permitirmos que as pessoas entrem no caminhão e ali elas tenham liberdade de exercitar os seus dons, liberdade para funcionar, estando essa liberdade dentro da “grande liberdade” que é seguir o Senhor, todos chegaremos ao destino final.
Para isso acontecer de fato, não é correto promover algo como se fosse uma obrigação, algo que todos tenham que fazer. Precisamos perceber que há dons e habilidades que não são para todos. E as coisas que não são para todos, jamais devem ser enfatizadas; nós não iremos proibi-las, mas, também não devemos enfatizá-las. Já as coisas que são para todos e todos podem participar, essas sim, devem ser enfatizadas.
Se fizermos dessa maneira, iremos praticar a inclusividade entre os irmãos.
A pregação do Evangelho é uma grande responsabilidade nossa, mas, como pregar o evangelho na prática? Não há nenhum registro nos evangelhos, nem nas epístolas que informam como devemos pregar. Não há nenhum aspecto, nenhum treinamento, nenhuma forma pré-determinada de como pregar o evangelho. Isso significa que o Espírito nos deu toda liberdade para pregar. Podemos usar várias maneiras para pregar o Evangelho, mas, a igreja não vai adotar nenhuma maneira especial e exclusiva.
A melhor maneira de sermos inclusivos é não termos nenhuma maneira, e por outro lado, aceitar as outras maneiras, desde que sejam lícitas e não seja pecado nem promovam conflitos e divisões.
No exemplo do apóstolo Paulo, ele fazia de tudo para pregar o evangelho. Ele se fazia de livre, de escravo, de judeu, de não judeu, para ganhar alguns. Entretanto, ele também disse que corria de acordo com as regras para não ser desqualificado (1 Coríntios 9:27). Há regras para correr. Essas regras formam o caminho da Justiça, esse é o caminho que o Senhor nos permite andar.
Esses são detalhes que estão relacionados com algo muito sensível da nossa prática que é a Base da Igreja. Todos nós, que temos preocupação em tomar o terreno da Base da Igreja, precisamos considerar tudo isso; precisamos ser muito sensíveis com respeito ao Nome, a Palavra, a unidade do Espírito e sermos Inclusivos. Se alguma coisa não contém essas características, devemos ser cautelosos, porque isso, pode se tornar a fonte de um grande problema hoje, e amanhã, a base para uma divisão. Jesus é o Senhor!
Por estarmos sobre essa Base, então nós somos o testemunho da Igreja, e ainda precisamos preservar a liberdade do Espírito e a autoridade do Espírito, porque, ainda que estejamos sobre a Base, se não temos liberdade, como iremos avançar?
Quero complementar abordando doze itens no livro de Apocalipse com respeito ao testemunho da Igreja.
No livro de Apocalipse quem fala é o próprio Senhor Jesus. Nas Epistolas, claro que também é o Senhor quem fala. O Senhor falou nos evangelhos e a Sua Palavra foi registrada. O Senhor falou nas Epístolas, usando o apóstolo Paulo; Ele também usou o apóstolo Pedro, ambos como vasos para trazer a Sua revelação; já em Apocalipse, João apenas escreveu aquilo que o Senhor falou. Então, essa é uma Palavra direta do Senhor.
Nas sete cartas às sete Igrejas da Ásia, vemos de maneira bem clara, uma preocupação do Senhor Jesus como Sumo-sacerdote cuidando dos candelabros, e esses candelabros são o testemunho.
Veja, o próprio Senhor está cuidando do Seu Testemunho, e não apenas isso, em Apocalipse, capítulo 4, tem: a visão do Trono de Deus e junto ao Trono está o Leão-Cordeiro que recebe o Livro com os sete selos. Quando os sete selos são abertos, o reino deste mundo se tornou do Senhor e do Seu Cristo. Nesta passagem vemos a finalização daquilo que o Senhor quer realizar nesta era, para que esta terra seja controlada e dominada pelo Senhor e o Seu reino seja manifestado, e assim o Senhor reinará sobre toda a terra. E nós, queremos estar juntos Dele nesta manifestação.
Na abertura deste selo também tem algo que o Senhor está realizando. Ele está produzindo algo com respeito ao testemunho, e o que Ele está produzindo é o Filho Varão. A grande característica desse Filho Varão é lutar contra o dragão. Nós, que estamos aqui, precisamos saber quem somos se queremos ser parte desse Filho Varão, e como parte Dele, precisamos aprender a lutar contra esse dragão.
Esse dragão começou como a antiga serpente, ou seja: ele é um artista. Ele não é somente um dragão, ele também é um artista que sabe se disfarçar. Ele chora e ao mesmo tempo ri, ele ri ao mesmo tempo em que chora. Esse dragão sabe ser artista. O Filho Varão tem que saber com quem está lidando, “resisti ao diabo e ele fugirá de vós. (Tiago 4:7)”
Com respeito às Primícias, temos os aspectos da pureza e da fidelidade em seguir ao Senhor. Esse conjunto vai se manifestar na esposa adornada do Cordeiro. Tudo isso são características que o Senhor está trabalhando hoje no testemunho.
Em Apocalipse 2, tocamos em alguns aspectos que identificam o testemunho, baseado na revelação que o Senhor Jesus deu para o apóstolo João, na carta a igreja em Éfeso, que representa a Igreja no final do primeiro século, quando todos os apóstolos já tinham trazido a sua porção.
Todos os apóstolos que se tornam o fundamento da nova Jerusalém, cada um deles tem a sua porção. Primeiramente os doze apóstolos naquela fase inicial, deram testemunho do Senhor e da Sua ressurreição. Eles estabeleceram a igreja na cidade de Jerusalém e enfrentaram oposição na propagação do evangelho.
A seguir o Senhor chamou o apóstolo Paulo e Lhe deu revelação, ainda que ele não fosse um dos doze. Na verdade eram onze apóstolos, um deles não era apóstolo, e esse que não era, foi selecionado pela sorte, antes do Espírito ter sido derramado. Eles estavam reunidos e de repente tiveram a idéia de escolher um substituto para Judas Iscariotes. Parece que estavam com pressa de resolver logo esse problema, talvez para ajudar a Deus segundo seus próprios pontos de vista. Certamente eles oraram a esse respeito, mas não obtiveram respostas, nada aconteceu. Então decidiram jogar a sorte, e fizeram de acordo com o que se praticavam no Antigo Testamento, eles jogaram a sorte e ela caiu sobre Matias. Esse Matias foi um apóstolo de um versículo só. Depois que foi consagrado a apóstolo, sumiu e não vemos nada a respeito dele na Bíblia; mas, quanto ao apóstolo Paulo, não há como não reconhecer o seu chamamento. Vemos o ministério dele. Esse apóstolo Paulo não foi chamado de décimo segundo apóstolo, contudo, ele se tornou um grande candidato para essa vaga, pelo menos, no ponto de vista de Deus. E realmente ele foi chamado pelo Senhor.
Paulo serviu, Pedro serviu e finalmente João serviu. Depois, João dormiu no Senhor, mas aquela porção que ele havia recebido aplicou na Igreja em Éfeso e a Igreja em Éfeso alcançou o significado do seu nome. Éfeso significa desejável; então, podemos dizer que, quando todos os ministérios são colocados na Igreja ela se torna desejável.
Essa igreja desejável é um modelo para nós. É uma referência para nós quanto as suas qualificações. E saibam de uma coisa, a Igreja em Éfeso é desejável para Deus. Mas, a palavra Éfeso tem outro significado que é: permitida e/ou livre. Então, para Deus a igreja é Desejável, mas para nós ela é um lugar de liberdade. Podemos aqui construir alguma coisa e aquilo que construímos precisa ser provado pelo fogo; mas há outro detalhe que precisamos atentar, quando alguém perguntar aos trabalhadores: - como foi pra vocês trabalhar nessa obra? - Eles poderão dizer que foi numa esfera de muita liberdade ou então poderão dizer que foi debaixo de uma grande escravidão. Se for construído debaixo da escravidão dos irmãos, isso não é a Igreja Desejável. A Igreja não é um lugar de escravidão. A Igreja é um lugar de liberdade.
Existe um único lugar livre na terra, e esse lugar é a Igreja. A Igreja significa que nela nada é obrigado, porque a igreja é um lugar de liberdade. O primeiro item que caracteriza a Igreja é a liberdade. Nós estamos aqui livres. Estamos aqui com uma porta aberta para entrar e para sair. Estamos livres para sair, porque na Igreja há liberdade. Há muitas coisas boas no Novo testamento para nós praticarmos, mas a melhor delas é a liberdade.
Quando Deus criou o homem, Ele criou o homem livre para escolher e essa escolha é difícil porque consistia em escolher entre duas árvores: uma árvore era vida e a outra era morte, e mesmo assim, Deus não interferiu na escolha do homem, porque esse é um atributo de Deus, ser livre, e nós fomos criados livres, a redenção de Cristo nos resgatou para a liberdade, por isso foi que Paulo chamou os gálatas de insensatos, de enfeitiçados. - “Quem vos enfeitiçou, gálatas insensatos? (Gálatas 3:1)” – eles eram livres e resolveram se tornar escravos e obrigados a fazer muitas coisas. Se alguém nos obriga a fazer alguma coisa na Igreja, então esse lugar não é mais um lugar de liberdade. Porque o primeiro aspecto da Igreja é a liberdade. Isso precisa nos constranger. Isso precisa mexer em nossa vida, mexer na maneira que pregamos o evangelho, na maneira como transmitimos a Palavra de Deus, na maneira como passamos os encargos para os irmãos. “O cabeça da Igreja é Cristo”, e Ele não nos obriga a nada, sabe por quê? Se Ele não nos der essa liberdade, Ele não pode nos julgar. Nós só podemos ser julgados por Deus porque somos livres para escolher.
A liberdade é a condição da responsabilidade. Se formos obrigados a fazer as coisas, não seremos responsáveis por elas, mas no momento em que nos tornamos livres, também nos tornamos responsáveis.
Por isso cada um de nós deve assumir a sua responsabilidade de livremente se consagrar ao Senhor. Já nos cansamos de nos consagrar para outra coisa; graças ao Senhor, ele nos iluminou. Queremos nos consagrar somente para a Igreja e para o seu testemunho.
O segundo item, em Apocalipse 2:2 – “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança.” - Quais são as obras que a igreja realiza? Ela realiza a obra que o Senhor Jesus recebeu do Pai. A primeira grande obra que o Senhor recebeu do Pai diz respeito à pregação do evangelho. O Senhor cumpriu a redenção, e ao cumprir a redenção Ele nos deu a remissão de pecados, o dom do Espírito e nós também fomos ungidos, fomos ungidos para pregar o evangelho; e o Senhor Jesus também foi ungido para pregar o evangelho, e nos deu um centro de atuação com relação ao evangelho. O centro de atuação do evangelho são os pobres. O Senhor colocou uma orientação para nós. A Igreja prega o evangelho, mas ele se concentra no aspecto que o evangelho é para os pobres. Isso significa que na pregação do evangelho não podemos aplicar nenhuma taxa, porque o que caracteriza o pobre é o fato dele não ter nada. Se alguém não tem nada, ele não pode pagar nada. Por isso, o evangelho é de graça. O evangelho que a Igreja prega é de graça. Se alguém quiser cobrar para pregar o evangelho, então não será a igreja, porque o evangelho é para os pobres. Se você cobrar, um real que seja, do pobre, ele não terá como pagar. Assim ele vai ser um devedor. Se ele for um devedor, ele já não é mais alguém livre, mesmo estando na igreja, pois ele será constrangido pela obrigação de pagar para ter acesso às revelações do Senhor. Tal evangelho vai torná-lo um escravo.
Precisamos perceber que o evangelho que a igreja prega é de graça. Se alguém quiser cobrar o evangelho, não será a igreja.
Outra obra que a igreja realiza é cuidar das pessoas. Isso é como o Senhor falou no final do evangelho de João, no capítulo 21, a partir do versículo 15. –“Tu me amas? apascenta os meus cordeiros, pastoreia as minhas ovelhas, apascenta as minhas ovelhas...” - Essas ovelhas e cordeiros, diz respeito aos irmãos.
Então, a nossa vida e a nossa obra é cuidar dos irmãos. E nós começamos a cuidar daqueles que estão dentro da nossa própria casa e cuidamos das pessoas que estão perto de nós.
Outra obra que a Igreja faz é assistir as pessoas, porque nem todos podem andar. Observe, o evangelho é muito tênue, sensível, e a velocidade do evangelho é muito cuidadosa. O evangelho socorre as pessoas, e quando somos chamados para socorrer as pessoas precisamos ser rápidos, mas, também precisamos ser cuidadosos para não atropelar outras pessoas no caminho.
Nosso serviço é parecido com o serviço daqueles que trabalham numa ambulância, ao receber o chamado para socorrer alguém; devemos ser rápidos, mas não podemos correr com essa ambulância de qualquer maneira, atropelando pessoas pelo caminho para salvar aquele que pediu socorro. Você vai salvar um, mas para isso, cinqüenta foram mortos, que salvação é essa? Sim, o evangelho tem que ser rápido, mas não pode matar ninguém pelo caminho. A maneira que vamos pregar o evangelho precisa ser considerada, já que existem pessoas que precisam ser assistidas, e algumas entre elas não têm forças sequer para andar, e às vezes, nem mesmo para se levantar.
As obras da Igreja no sentido geral são: pregar, cuidar e assistir, isso é fazer algo em favor daqueles que não podem fazer nada.
Terceiro aspecto: a igreja não pode suportar homens maus, e discernir sobre bom e mau, é também discernir sobre o certo e errado (Apocalipse 2:2). A igreja tem um quadro moral que sabe discernir o que é certo e o que é errado. Quem não sabe discernir o que é certo e o que é errado é uma criança. Se pedirmos a uma criança para jogar pedra na cabeça de alguém, ela vai jogar e ainda achará graça; ela é uma criança. Mas, quando ela crescer e alguém pedir para que ela jogue pedra em alguém, ela vai discernir que isso é errado, que isso não é bom.
O discernimento faz parte da sua consciência e do crescimento da sua vida humana e a igreja promove o crescimento espiritual das pessoas, para que elas tenham discernimento, até mesmo para perceber quem é que está a frente delas. No livro de Hebreus 5: 13, 14, lemos: - “Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça porque é criança, mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que pela prática tem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem como também o mal.” - O bem e o mal aqui são provenientes da Àrvore da Vida. Você já tinha pensado numa coisa dessas? De acordo com os nossos conceitos de bem e mal, achávamos que eles vinham da árvore do conhecimento, mas aqui nós vemos um versículo que nos dá a faculdade de discernir o bem e o mal, ou seja, o crescimento da vida nos dá discernimento do bem e do mal. Não é todo o bem e todo o mal que vem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Aqui está um versículo dizendo claramente para nós que o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que pela prática tem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.
A liderança da igreja não é aquela que faz os irmãos ficarem cegos, não é essa a liderança que coopera com os irmãos; a liderança da igreja é aquela faz as pessoas abrirem bem os olhos, a terem discernimento para se protegerem.
Ao longo da história da Igreja, houve muitos ensinamentos deturpados. Ensinamentos que faziam com que o líder espiritual se tornasse o grande líder que via todas as coisas e cuja responsabilidade dele, isenta os seus seguidores de culpa. Se você está seguindo alguém, e esse alguém cair no buraco, você, que o está seguindo acha que não tem culpa alguma de ter caído naquele buraco? Tem culpa sim! O Senhor Jesus falou que se você está seguindo um cego, você vai cair no buraco junto com ele (Mateus 15:14).
Mas, ao seguirmos o Senhor, nossos olhos serão olhos bem abertos e teremos discernimento daquilo que é bom e daquilo que é mal; poderemos escolher aquilo que é bom e rejeitar aquilo que é mal. Se não exercitarmos as nossas faculdades, tudo que nos derem, acharemos que está bom, que é certo, e vamos dizer amém pra qualquer coisa, por não termos discernimento adequado.
A Igreja não diz amém para qualquer coisa. A Igreja só diz amém para o Senhor, e a igreja sabe discernir, porque esse ministério é o ministério da justiça. É o ministério daquilo que é correto.
Hoje as pessoas roubam em nome de Deus, cometem crime em nome de Deus e dizem que estão fazendo aquilo para pregar o Evangelho, que estão fazendo porque estão no Espírito. Não é pelo fato de estarem no Espírito que as pessoas não cometem erros. O Espírito não peca, mas o homem pecador, esse pode pecar sim.
Quer um exemplo de um homem no Espírito que cometeu erro? O apóstolo João estava no Espírito na ilha de Patmos (Apocalipse 1:10). Ele estava tendo visões espirituais, mesmo assim, adorou o anjo duas vezes. Por que ele fez isso? Porque o homem tem um corpo do pecado. O homem tem uma alma que precisa ser transformada. Quantos “por centos” estamos no Espírito? Isso é uma coisa muito relativa. Tudo isso faz parte do nosso crescimento espiritual. Então, precisamos ser exercitados para discernir não somente o bem, mas também o mal. Essa sim é uma característica da Igreja. Jesus é o Senhor!
Próximo item: puseste a prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achastes mentirosos.
Não existe apóstolo de gabinete. Apóstolo é alguém enviado com uma responsabilidade, e a primeira responsabilidade dos apóstolos é trazer aos irmãos o ensinamento dos apóstolos. Graças ao Senhor, a Igreja em Éfeso sabia reconhecer o ensinamento dos apóstolos. Quando lhes apresentavam ensinamentos que não era “o ensinamento dos apóstolos”, eles não aceitavam.
O apóstolo não usa um crachá de apóstolo. Apóstolo é apóstolo. Ele é confirmado pela sua responsabilidade. E ele é confirmado pelo seu ensinamento. (Isso aqui é para nós, não é para criticar ninguém.) Isso é porque queremos ser o testemunho da igreja.
Outro item: - “Tens perseverança e suportaste provas por amor por causa do Meu Nome” (Apocalipse 2:3). - Esse é o nome do Senhor. Nós suportamos provas por causa do Nome do Senhor, e não nos deixamos esmorecer. Esses são itens muito positivos que devemos observar.
Permanentemente outros nomes estão tentando se associar ao Nome do Senhor. Essa era uma deficiência da Igreja em Éfeso que foi corrigida: com o alerta sobre perder o primeiro amor.
Esse primeiro amor é o fluir da Vida. E esse fluir é interrompido quando perdemos o contato direto com o Senhor. Nessa experiência ocorrida naquele período, muitas pessoas foram levantadas para ajudar as igrejas e muitas pessoas foram ungidas, mas veio o apóstolo João e mostrou-lhes uma coisa: o ungido é o Senhor Jesus.
O evangelho de João veio nos mostrar que o ungido, o que dá a Vida, é somente um, o Senhor Jesus. Ele também mostrou outra coisa, que esse ungido está em nosso interior. Na verdade, hoje, o ungido é a unção, por isso devemos valorizar a unção.
A unção é o ungido em nosso interior, e a voz que irá nos julgar no Tribunal de Cristo é a voz da unção que está em nosso interior. Devemos aprender a reconhecer essa voz. Jesus é o Senhor!
Outro item. - “Tens, contudo a teu favor, que odeias as obras dos Nicolaítas, as quais Eu também odeio” (Apocalipse 2:6). - Os nicolaítas são aqueles que dominam sobre o povo de Deus e aqui há uma grande orientação para nós: todas as vezes que nos concentramos e tentamos viver uma vida da igreja com um poder diretor centralizado, mesmo sem querer, iremos produzir nicolaítas, isso não tem jeito. A melhor maneira de praticar a vida da igreja é distribuir as responsabilidades, é descentralizar.
Quanto mais descentralizados nós vivermos, mais irmãos vão funcionar na Igreja.
Deus permita que a nossa prática em cada cidade, nos grupos familiares e nos locais de reuniões, sejam conforme as reveladas na Bíblia, com grupos de cinqüenta ou cem irmãos no máximo, para não corrermos o risco de produzirmos nicolaítas; que não seja um grupo muito pequeno que não tenha capacidade e não tenha impacto, nem um grupo muito grande onde certamente muitos irmãos ficarão de fora sem poder servir.
Na Igreja em Esmirna, existe uma grande característica que é a fidelidade diante da provação (Apocalipse 2:10). Quando nos tornamos desejáveis, é justamente nesse momento que o inimigo vem atacar. Se não formos desejáveis, o inimigo não se preocupará conosco, mas, quando alguém se torna desejável, manifestando o genuíno testemunho da Igreja, então o inimigo o irá perseguir. Nessa hora o que precisamos fazer é ser fiéis. - “Sê fiel até a morte,” - então o Senhor nos dará a coroa da vida.
Sabe o que é ser fiel até a morte? É ser fiel até perder todas as coisas. Morte é a perda de tudo. Quando escolhemos servir ao Senhor, devemos estar preparados e prontos a perder. Começamos por perder os amigos, os conhecidos, a fama e etc.
Será que estamos dispostos a perder essas coisas? Quem estiver disposto a perder essas coisas, receberá a coroa da Vida, mas essa provação é de apenas dez dias. Jesus é o Senhor!
Ainda tem o Antipas. No livro de Atos fala que quando Paulo estava fugindo da perseguição dos religiosos, foi levado para um lugar chamado *Antipátride que significa: A cidade do outro lado ou cidade na posição oposta (Atos 23:31). Essa é uma cidade que está contra tudo. Contra tudo que não é aquilo que o Senhor estabeleceu.
O Antipas foi o primeiro personagem que lutou contra o desvio da Igreja. Ele lutou contra os nicolaítas, contra os ensinamentos de Balaão e contra o ensinamento de Jezabel, mas pelo fato dele morar em Pérgamo, resistiu por um tempo e morreu. Em Pérgamo havia o trono de satanás, tinha o ensinamento de Balaão, e tinha o ensinamento dos nicolaítas. Ele resistiu a tudo isso em Pérgamo, por isso morreu. Quando Antipas morreu a Jezabel reinou, se tornou soberana.
O que aprendemos com tudo isso? Aprendemos que o Antípas não pode morrer. O Antipas tem que sair de Pérgamo. Se ele ficar em Pérgamo, vai sofrer, e sofrer para no fim, morrer. O Antipas tem que se mudar para Antipátride que fica do outro lado. Em Antipátride o Antípas vai sobreviver com os que de coração puro invocam o Nome do Senhor.
A melhor maneira de lutar contra os desvios da Igreja é fugir deles. Se tiver um lugar que adotou o ensinamento de Balaão, que é usar as coisas de Deus para ganhar dinheiro, esse lugar não é mais a Igreja. O nome Balaão significa: “oportunidade ou possibilidade de negócio”. Toda vez que aparecer uma oportunidade ou uma possibilidade, então se abriu uma porta para um negócio na Igreja. Balaão fez um negócio com a palavra de Deus para sustentar a obra de Deus.
A maneira de sustentar a Obra de Deus não é com negócios. A Obra de Deus é sustentada com a fé e com a consagração dos irmãos. Vamos deixar os negócios do lado de fora da igreja e depender do Senhor. Que o Senhor possa nos dar consagração para podermos ofertar, e assim a Obra de Deus avançar.
Se não há consagração, então não há oferta. Se não há oferta, o balaão vem bater na porta querendo entrar oferecendo um negócio com a Palavra de Deus para os irmãos. Jesus é o Senhor!
Nós não tomaremos esse caminho. Vamos tomar o caminho de Antipas, mas, não ficaremos em Pérgamo. Vamos aproveitar a porta aberta e sair para Filadélfia.
Filadélfia fala do amor fraternal. Quando estivermos no amor fraternal, nós estaremos na mesma posição. Não haverá títulos nem posições destacadas, mas haverá uma porta aberta. Essa porta aberta significa sermos inclusivos. Significa estar preparados para receber os irmãos.
Finalmente ainda temos o filho varão e as primícias. Na próxima edição, falaremos sobre esse assunto. O importante nessa história toda, é que o Antípas não pode morrer. Quando a porta abrir, o Antípas tem que sair.
No campo de concentração de prisioneiros, quando a porta abria os prisioneiros não vacilavam porque a porta não ficava aberta por muito tempo. Então quando ela abria, eles saiam rapidamente para fora, para a LIBERDADE, e nem olhavam para trás.
Se quisermos sobreviver, é bom aproveitarmos a porta aberta e correr para a liberdade, até chegar o dia e o sol apareça para nós. Ali, o Senhor cuidará de cada um de nós.
Jesus é o Senhor!
*Antipátride - Que pertence a Antípatro: Cidade situada na estrada militar entre Jerusalém e Cesaréia, na distância de 65 km de Jerusalém e de 40 km de Cesaréia. Foi à Antipátride que Paulo foi conduzido pelos soldados.
Podemos ser o que somos, graças ao Senhor.
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei,
pois firmes e não submetais de novo a jugo de escravidão.”
Gl 5: 1
A liberdade é o primeiro item com respeito à identidade da igreja. Esta publicação visa apresentar pontos importantes sobre quem somos, a fim de que cada um perceba tal realidade, e reconheça o que o Senhor espera de nós; e isso, não apenas como cristãos ou como filhos de Deus, mas, também como corpo de Cristo, como igreja; para que possamos nos tornar na prática “O Testemunho da Igreja” como cristãos genuínos, que têm experiência no novo nascimento com o Senhor Jesus.
No que diz respeito as nossas práticas, podemos ser dois tipos de pessoas: alheias ao Senhor, que não se preocupa com a Palavra de Deus, que não tem atenção ou cuidado com os assuntos espirituais, sendo até mesmo, uma pessoa envolvida com o mundo, não tendo responsabilidade em manter nenhum testemunho do Filho de Deus. Mas, sendo genuínos filhos de Deus, é necessário que sejamos buscadores, que anelam conhecer a Sua palavra, compreender Sua vontade e se empenhar em praticar o que nos é revelado segundo tal palavra. O nosso objetivo não é ser como aqueles que não têm essa preocupação, e sim como os que se preocupam, que se comprometem, e creio que somos assim, em relação a palavra de Deus, com as coisas de Deus e com a vontade de Deus.
Quando nos reunimos, a nossa visão, o nosso ensinamento e as nossas práticas são para expressar um testemunho; e o que esse testemunho significa? De acordo com o que vemos, de acordo com aquilo que entendemos e com o que praticamos da palavra do Senhor, podemos ser enquadrados em três tipos diferentes de testemunho: podemos ser realmente o testemunho da igreja; mas também, podemos ser simplesmente, um grupo de cristãos com práticas rotineiras; ou, até mesmo, ser cristãos envolvidos com heresias. Isso vai depender da maturidade com que aceitamos a visão, a revelação que o Senhor nos deu e da prática que nos empenhamos a partir de ambos.
Para sermos um grupo de cristãos genuínos, precisamos estar sobre o fundamento dos aspectos essenciais da fé, se almejamos ser considerados assim. Quanto a isso, não devemos ser ignorantes. O Senhor deseja nos dar discernimento e compreensão daquilo que Ele tem em Seu coração, que nos é transmitido por intermédio da Sua palavra.
Um grupo cristão genuíno está fundamentado nos aspectos essenciais da fé. Não iremos nos aprofundar nesses aspectos no momento, mas, faremos uma breve apresentação a respeito, para assim, despertar em nosso coração o anelo de sermos “genuínos” em relação ao “testemunho da Igreja”.
Um grupo cristão é caracterizado, definido e adequado quando ele toma como sua realidade os aspectos essenciais da fé. E quais são esses aspectos?
Primeiro: A existência de Deus.
Este é um ponto muito elementar e muito básico, mas faz parte de um genuíno grupo cristão e esse sentimento, não está vinculado somente a própria palavra de Deus, pois temos vários elementos a nossa volta que testificam a existência de Deus; elementos da criação comprovam isso (Romanos 1:20). Temos também, um sentimento interior de conhecer e experimentar Deus. Graças ao Senhor, esse é um ponto básico da existência de Deus.
Segundo: Crer que a Bíblia é a palavra de Deus.
Temos dois grandes presentes do Senhor, o espírito e a palavra, que foram dados ao homem; e o Espírito está operando para nos conduzir de volta para Deus, para buscá-Lo, conhecê-Lo e para experimentá-Lo. Ao mesmo tempo, Deus nos deu um grande instrumento para que possamos conhecê-Lo que é a palavra de Deus e essa palavra tem em seu conteúdo o Antigo e o Novo testamento registrados na Bíblia.
Quando combinamos o Espírito com a Palavra, então algo brota desse livro; e o que brota desse livro é a revelação. Essa revelação é a Verdade. A Verdade é Cristo, mas a revelação daquilo que sai da Escritura, que sai da letra, é a verdade expressa para nossa compreensão interior. E o conteúdo da Verdade é a Vida. Essas coisas são os aspectos essenciais da fé.
Com respeito à verdade, Ela tem um conjunto de coisas, mas nem todos os cristãos conhecem esse conjunto. Contudo, o que nos define como cristãos genuínos são os aspectos essenciais da verdade.
Um desses aspectos diz respeito a Cristo, e outro diz respeito à redenção de Cristo. Se alguém crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que Ele é a encarnação de Deus, que Ele viveu nesta terra, morreu e ressuscitou e que deu a Sua Vida por nós... Quem crer nessas verdades receberá um presente que é a remissão dos seus pecados e o dom do Espírito: a Vida Eterna. Isso fará dessa pessoa um cristão genuíno. E como cristão genuíno, tal pessoa está integrada ao Corpo de Cristo; tal pessoa torna-se membro do corpo. Mas, mesmo guardando esses quatro elementos, essa pessoa pode ainda ser apenas caracterizada como alguém que faz parte de um grupo cristão.
Podemos descrever a verdade em oito aspectos.
Primeiro, com respeito a Deus, a revelação de Deus. A revelação de Deus inclui: o Pai, o Filho, o Espírito e todos os itens relacionados a esta revelação.
A segunda grande revelação é com respeito à criação de Deus, tendo o homem como centro dessa criação.
Esse homem sendo um ser tripartido, com corpo, alma e espírito, sendo o ponto principal desse homem o seu espírito, porque o espírito do homem pode contatar e conter Deus. Aquele que exercita o seu espírito para contatar Deus, tem acendido uma lâmpada em seu interior.
A terceira grande revelação diz respeito à queda do homem e o fracasso do povo de Deus. Essa é a descrição do Antigo Testamento, a partir do livro de Gênesis capítulo 3. Nesse capítulo, lemos os registros sobre a queda e sobre o desenvolvimento dessa queda, tanto individual quanto coletiva.
Esse homem foi enquadrado dentro de uma geração, a geração de Adão. Essa geração fracassou e foi exterminada com o dilúvio. A partir daí Deus houve um novo início com Noé, e Noé encheu a terra; mas, a geração de Noé também fracassou, e esse fracasso se caracterizou em Babel. A seguir vem uma nova geração liderada por Abraão, Isaque, Jacó, José, e as doze tribos. E essas doze tribos é o Reino de Israel representando o reino de Deus, e essa geração também fracassou, e recebeu sentença contra si, pelo Senhor, como podemos ver no livro de Malaquias, último livro do Antigo Testamento.
A quarta grande revelação é muito positiva, são as Promessas de Deus e as profecias com respeito a Cristo e ao reino. Isso diz respeito ainda ao Antigo Testamento.
A quinta grande revelação está no Novo Testamento. Temos a salvação completa de Deus, a redenção de Cristo e a salvação pela Vida, incluindo a regeneração do espírito, a transformação da alma e a glorificação do corpo.
A sexta grande revelação é com respeito ao reino, e o reino é um assunto que está em toda Bíblia, desde Gênesis a Apocalipse.
A sétima grande revelação é a igreja. E quanto se trata da igreja, não há como ficarmos de fora, porque a igreja é o procedimento que o Senhor tem para essa era, por meio dela o Senhor produz aqueles que reinarão com Ele.
Precisamos muito da igreja, pois, ela é o lugar especial que o Senhor preparou para nós.
A oitava grande revelação é a consumação do Plano de Deus. Aqui temos a consumação do século, a consumação do tempo, que é o reino milenar, e temos a consumação eterna e final que é a Nova Jerusalém.
Essas Verdades fazem parte da nossa vida para que possamos absorvê-las e colocá-las em prática; e é assim que essa grande fé é trabalhada para dentro de nós, tornando-se a nossa fé.
Esses itens são básicos, mas, são muito importantes. E como fazer com que os filhos de Deus conheçam todos eles, para que tenham a mesma visão e a mesma prática? Este é um assunto do Espírito, esse é o Seu serviço, Seu ministério (João 16:13), e fomos introduzidos na igreja para que o Senhor trabalhe toda essa fé para dentro de nós.
Como filhos de Deus, recebemos essas revelações para praticarmos, e é nessa prática que está o nosso testemunho; entretanto, o testemunho que damos pode nos associar a Igreja ou a um grupo cristão. Qual é a diferença entre um grupo cristão e a igreja genuína de Deus?
Há um aspecto muito importante que diz respeito à “base da igreja”.
A base da igreja é o terreno onde todas as coisas divinas e espirituais estão sendo trabalhadas para dentro de nós. Como o testemunho da igreja, é preciso que estejamos exatamente na base da edificação da igreja, até mesmo porque, a obra de cada um será provada pelo fogo e se a obra de alguém permanecer, ele receberá galardão (1 Coríntios 3:14).
Às vezes as pessoas falam assim: - “Essa é a obra do irmão fulano, ou, essa é a sua obra...” – e é isso mesmo. Cada um tem a sua obra. Não se assuste se alguém te disser:- “isso ai é a sua obra”, pois isso está correto; realmente, a obra é de cada um, e toda obra será provada pelo fogo, e se a obra de alguém permanecer, se ela estiver sobre o fundamento, então, esse receberá galardão. Não se assuste se alguém quiser lhe atacar dizendo:- “você está fazendo a sua obra”, - diga para ele que ele também está fazendo a dele, e a obra de cada um será provada pelo fogo. É bom que essa obra esteja colocada sobre o fundamento e esse fundamento é o próprio Senhor.
Esse fundamento é a base onde estamos edificando e sendo edificados. E essa base é um grande fator que diferencia a igreja de um grupo cristão, de uma denominação, de uma comunidade ou uma associação religiosa. Há vários tipos de grupos cristãos. Mas, quem somos nós? Devemos ser o testemunho da Igreja! E para isso, precisamos nos tornar especialistas sobre a base da Igreja.
A base da Igreja é um aspecto muito importante para distinguir se somos apenas um grupo ou se somos o Testemunho da Igreja.
O primeiro item da Base da Igreja é o Nome do Senhor; precisamos acompanhar aquilo que o próprio Senhor fez, porque nós somos a Igreja, logo, somos a continuação daquilo que o Senhor realizou. E o Senhor foi muito zeloso com o Nome do Seu Pai. Precisamos ser muito sensíveis com relação a qualquer outro nome junto do Nome do Senhor. Não podemos permitir que qualquer outro nome faça sombra sobre o Nome do Senhor.
Ao longo da historia da Igreja houve vários desvios entre o povo de Deus, porque outros nomes foram associados ao Nome do Senhor. Se as pessoas estão nos chamando de outro nome diferente, seja o nome de um ministro do evangelho, seja o nome de uma instituição, seja o nome de uma organização ou empresa, isso mais cedo ou mais tarde, afetará o nosso testemunho da Igreja. De acordo com a Bíblia, ter outros nomes é fornicação e adultério.
O nome do Senhor é muito importante para nós, por isso vamos zelar pelo nome do Senhor, sempre atentos e considerando isto: se existe alguma coisa sendo introduzida ao lado do nome do Senhor; mesmo que tenha sido criada com a melhor das intenções, nós a cortaremos na raiz. Temos que tomar providencia imediata.
Há muitos exemplos, desde a Reforma de Martinho Lutero. Ele se tornou uma pessoa tão destacada entre o povo de Deus que até mesmo a Igreja foi chamada pelo seu nome. Isso é uma vergonha para a Igreja porque o testemunho da Igreja é o Nome do Senhor, nada de estruturas, empresas ou organizações deve permanecer junto ao nome do Senhor.
Em nossa própria experiência conhecemos os problemas que isso causou ao testemunho do Senhor. Ao tentarmos apresentar o testemunho da Igreja somos identificados com outra coisa, com outro nome que não é a Igreja. Isso precisa ser um grande alerta para nós. A Base da Igreja é o Nome do Senhor.
O outro item é a palavra do Senhor. Nós não podemos ensinar, não podemos promover, nem podemos introduzir entre os irmãos nada que não tenha fundamento na palavra do Senhor. Apocalipse 3, no versículo 8, vemos a condição normal daqueles que serão arrebatados na volta do Senhor. Eles são os que não negam o Nome do Senhor e guardam a Sua Palavra. Não negar o Nome do Senhor, não é simplesmente dizer que se crê Nele, mas é não ter nenhum outro nome ao lado do Testemunho do Senhor.
Outro item importante, além do Nome e da palavra do Senhor, é a unidade do Espírito. Nossa unidade não é de coisas exteriores. Não somos um porque usamos o mesmo tipo de roupas ou porque falamos coisas parecidas, ou lemos livros publicados por essa ou aquela editora, não; a nossa unidade é o Espírito. Por isso, na igreja temos liberdade de fazer as coisas sem controlar os irmãos. Porque a nossa unidade não está na maneira de controlar e ter domínio sobre os outros, a nossa unidade vem do Espírito. Quanto mais estivermos vinculados na palavra e no Nome do Senhor, mais ganharemos um selo que é o vinculo da paz, e este selo é proveniente do Espírito.
Se nos associarmos a outro nome ou a outra palavra, isto é, com outro tipo de ensinamento, perderemos algo chamado o vinculo da paz.
O vinculo da paz é um prêmio do Espírito, é um selo do Espírito, que nos é dado quando não temos outro nome associado ao Nome do Senhor e quando não temos outra palavra acrescentada à palavra do Senhor. Se quisermos nos envolver com outra palavra, vamos perder uma coisa muito preciosa que é um grande fator da unidade: o vinculo da paz. Esse vínculo da paz é um selo, e esse selo é uma confirmação de que nós estamos sobre o Nome e a palavra do Senhor e esses itens não promovem contendas nem divisões.
Outro item da Base é sermos inclusivos. Somos a Igreja porque temos a capacidade de acolher a todos os filhos de Deus. A Igreja é como se fosse um grande e imenso caminhão em que todas as pessoas que creram no Senhor têm acesso a ele. Mas, esse caminhão tem que andar numa reta. Ele não pode sair fazendo curvas por ai. Esse caminhão não pode ficar fazendo movimentos bruscos, porque tais movimentos fazem as pessoas se desequilibrar e cair. É por isso que a Igreja segue uma linha, a linha das melhores coisas e as melhores coisas são aquelas que todos os irmãos podem participar.
Se começarmos a destacar e enfatizar coisas particulares e coisas especiais, esse caminhão vai ter muitos problemas. Mas, se permitirmos que as pessoas entrem no caminhão e ali elas tenham liberdade de exercitar os seus dons, liberdade para funcionar, estando essa liberdade dentro da “grande liberdade” que é seguir o Senhor, todos chegaremos ao destino final.
Para isso acontecer de fato, não é correto promover algo como se fosse uma obrigação, algo que todos tenham que fazer. Precisamos perceber que há dons e habilidades que não são para todos. E as coisas que não são para todos, jamais devem ser enfatizadas; nós não iremos proibi-las, mas, também não devemos enfatizá-las. Já as coisas que são para todos e todos podem participar, essas sim, devem ser enfatizadas.
Se fizermos dessa maneira, iremos praticar a inclusividade entre os irmãos.
A pregação do Evangelho é uma grande responsabilidade nossa, mas, como pregar o evangelho na prática? Não há nenhum registro nos evangelhos, nem nas epístolas que informam como devemos pregar. Não há nenhum aspecto, nenhum treinamento, nenhuma forma pré-determinada de como pregar o evangelho. Isso significa que o Espírito nos deu toda liberdade para pregar. Podemos usar várias maneiras para pregar o Evangelho, mas, a igreja não vai adotar nenhuma maneira especial e exclusiva.
A melhor maneira de sermos inclusivos é não termos nenhuma maneira, e por outro lado, aceitar as outras maneiras, desde que sejam lícitas e não seja pecado nem promovam conflitos e divisões.
No exemplo do apóstolo Paulo, ele fazia de tudo para pregar o evangelho. Ele se fazia de livre, de escravo, de judeu, de não judeu, para ganhar alguns. Entretanto, ele também disse que corria de acordo com as regras para não ser desqualificado (1 Coríntios 9:27). Há regras para correr. Essas regras formam o caminho da Justiça, esse é o caminho que o Senhor nos permite andar.
Esses são detalhes que estão relacionados com algo muito sensível da nossa prática que é a Base da Igreja. Todos nós, que temos preocupação em tomar o terreno da Base da Igreja, precisamos considerar tudo isso; precisamos ser muito sensíveis com respeito ao Nome, a Palavra, a unidade do Espírito e sermos Inclusivos. Se alguma coisa não contém essas características, devemos ser cautelosos, porque isso, pode se tornar a fonte de um grande problema hoje, e amanhã, a base para uma divisão. Jesus é o Senhor!
Por estarmos sobre essa Base, então nós somos o testemunho da Igreja, e ainda precisamos preservar a liberdade do Espírito e a autoridade do Espírito, porque, ainda que estejamos sobre a Base, se não temos liberdade, como iremos avançar?
Quero complementar abordando doze itens no livro de Apocalipse com respeito ao testemunho da Igreja.
No livro de Apocalipse quem fala é o próprio Senhor Jesus. Nas Epistolas, claro que também é o Senhor quem fala. O Senhor falou nos evangelhos e a Sua Palavra foi registrada. O Senhor falou nas Epístolas, usando o apóstolo Paulo; Ele também usou o apóstolo Pedro, ambos como vasos para trazer a Sua revelação; já em Apocalipse, João apenas escreveu aquilo que o Senhor falou. Então, essa é uma Palavra direta do Senhor.
Nas sete cartas às sete Igrejas da Ásia, vemos de maneira bem clara, uma preocupação do Senhor Jesus como Sumo-sacerdote cuidando dos candelabros, e esses candelabros são o testemunho.
Veja, o próprio Senhor está cuidando do Seu Testemunho, e não apenas isso, em Apocalipse, capítulo 4, tem: a visão do Trono de Deus e junto ao Trono está o Leão-Cordeiro que recebe o Livro com os sete selos. Quando os sete selos são abertos, o reino deste mundo se tornou do Senhor e do Seu Cristo. Nesta passagem vemos a finalização daquilo que o Senhor quer realizar nesta era, para que esta terra seja controlada e dominada pelo Senhor e o Seu reino seja manifestado, e assim o Senhor reinará sobre toda a terra. E nós, queremos estar juntos Dele nesta manifestação.
Na abertura deste selo também tem algo que o Senhor está realizando. Ele está produzindo algo com respeito ao testemunho, e o que Ele está produzindo é o Filho Varão. A grande característica desse Filho Varão é lutar contra o dragão. Nós, que estamos aqui, precisamos saber quem somos se queremos ser parte desse Filho Varão, e como parte Dele, precisamos aprender a lutar contra esse dragão.
Esse dragão começou como a antiga serpente, ou seja: ele é um artista. Ele não é somente um dragão, ele também é um artista que sabe se disfarçar. Ele chora e ao mesmo tempo ri, ele ri ao mesmo tempo em que chora. Esse dragão sabe ser artista. O Filho Varão tem que saber com quem está lidando, “resisti ao diabo e ele fugirá de vós. (Tiago 4:7)”
Com respeito às Primícias, temos os aspectos da pureza e da fidelidade em seguir ao Senhor. Esse conjunto vai se manifestar na esposa adornada do Cordeiro. Tudo isso são características que o Senhor está trabalhando hoje no testemunho.
Em Apocalipse 2, tocamos em alguns aspectos que identificam o testemunho, baseado na revelação que o Senhor Jesus deu para o apóstolo João, na carta a igreja em Éfeso, que representa a Igreja no final do primeiro século, quando todos os apóstolos já tinham trazido a sua porção.
Todos os apóstolos que se tornam o fundamento da nova Jerusalém, cada um deles tem a sua porção. Primeiramente os doze apóstolos naquela fase inicial, deram testemunho do Senhor e da Sua ressurreição. Eles estabeleceram a igreja na cidade de Jerusalém e enfrentaram oposição na propagação do evangelho.
A seguir o Senhor chamou o apóstolo Paulo e Lhe deu revelação, ainda que ele não fosse um dos doze. Na verdade eram onze apóstolos, um deles não era apóstolo, e esse que não era, foi selecionado pela sorte, antes do Espírito ter sido derramado. Eles estavam reunidos e de repente tiveram a idéia de escolher um substituto para Judas Iscariotes. Parece que estavam com pressa de resolver logo esse problema, talvez para ajudar a Deus segundo seus próprios pontos de vista. Certamente eles oraram a esse respeito, mas não obtiveram respostas, nada aconteceu. Então decidiram jogar a sorte, e fizeram de acordo com o que se praticavam no Antigo Testamento, eles jogaram a sorte e ela caiu sobre Matias. Esse Matias foi um apóstolo de um versículo só. Depois que foi consagrado a apóstolo, sumiu e não vemos nada a respeito dele na Bíblia; mas, quanto ao apóstolo Paulo, não há como não reconhecer o seu chamamento. Vemos o ministério dele. Esse apóstolo Paulo não foi chamado de décimo segundo apóstolo, contudo, ele se tornou um grande candidato para essa vaga, pelo menos, no ponto de vista de Deus. E realmente ele foi chamado pelo Senhor.
Paulo serviu, Pedro serviu e finalmente João serviu. Depois, João dormiu no Senhor, mas aquela porção que ele havia recebido aplicou na Igreja em Éfeso e a Igreja em Éfeso alcançou o significado do seu nome. Éfeso significa desejável; então, podemos dizer que, quando todos os ministérios são colocados na Igreja ela se torna desejável.
Essa igreja desejável é um modelo para nós. É uma referência para nós quanto as suas qualificações. E saibam de uma coisa, a Igreja em Éfeso é desejável para Deus. Mas, a palavra Éfeso tem outro significado que é: permitida e/ou livre. Então, para Deus a igreja é Desejável, mas para nós ela é um lugar de liberdade. Podemos aqui construir alguma coisa e aquilo que construímos precisa ser provado pelo fogo; mas há outro detalhe que precisamos atentar, quando alguém perguntar aos trabalhadores: - como foi pra vocês trabalhar nessa obra? - Eles poderão dizer que foi numa esfera de muita liberdade ou então poderão dizer que foi debaixo de uma grande escravidão. Se for construído debaixo da escravidão dos irmãos, isso não é a Igreja Desejável. A Igreja não é um lugar de escravidão. A Igreja é um lugar de liberdade.
Existe um único lugar livre na terra, e esse lugar é a Igreja. A Igreja significa que nela nada é obrigado, porque a igreja é um lugar de liberdade. O primeiro item que caracteriza a Igreja é a liberdade. Nós estamos aqui livres. Estamos aqui com uma porta aberta para entrar e para sair. Estamos livres para sair, porque na Igreja há liberdade. Há muitas coisas boas no Novo testamento para nós praticarmos, mas a melhor delas é a liberdade.
Quando Deus criou o homem, Ele criou o homem livre para escolher e essa escolha é difícil porque consistia em escolher entre duas árvores: uma árvore era vida e a outra era morte, e mesmo assim, Deus não interferiu na escolha do homem, porque esse é um atributo de Deus, ser livre, e nós fomos criados livres, a redenção de Cristo nos resgatou para a liberdade, por isso foi que Paulo chamou os gálatas de insensatos, de enfeitiçados. - “Quem vos enfeitiçou, gálatas insensatos? (Gálatas 3:1)” – eles eram livres e resolveram se tornar escravos e obrigados a fazer muitas coisas. Se alguém nos obriga a fazer alguma coisa na Igreja, então esse lugar não é mais um lugar de liberdade. Porque o primeiro aspecto da Igreja é a liberdade. Isso precisa nos constranger. Isso precisa mexer em nossa vida, mexer na maneira que pregamos o evangelho, na maneira como transmitimos a Palavra de Deus, na maneira como passamos os encargos para os irmãos. “O cabeça da Igreja é Cristo”, e Ele não nos obriga a nada, sabe por quê? Se Ele não nos der essa liberdade, Ele não pode nos julgar. Nós só podemos ser julgados por Deus porque somos livres para escolher.
A liberdade é a condição da responsabilidade. Se formos obrigados a fazer as coisas, não seremos responsáveis por elas, mas no momento em que nos tornamos livres, também nos tornamos responsáveis.
Por isso cada um de nós deve assumir a sua responsabilidade de livremente se consagrar ao Senhor. Já nos cansamos de nos consagrar para outra coisa; graças ao Senhor, ele nos iluminou. Queremos nos consagrar somente para a Igreja e para o seu testemunho.
O segundo item, em Apocalipse 2:2 – “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança.” - Quais são as obras que a igreja realiza? Ela realiza a obra que o Senhor Jesus recebeu do Pai. A primeira grande obra que o Senhor recebeu do Pai diz respeito à pregação do evangelho. O Senhor cumpriu a redenção, e ao cumprir a redenção Ele nos deu a remissão de pecados, o dom do Espírito e nós também fomos ungidos, fomos ungidos para pregar o evangelho; e o Senhor Jesus também foi ungido para pregar o evangelho, e nos deu um centro de atuação com relação ao evangelho. O centro de atuação do evangelho são os pobres. O Senhor colocou uma orientação para nós. A Igreja prega o evangelho, mas ele se concentra no aspecto que o evangelho é para os pobres. Isso significa que na pregação do evangelho não podemos aplicar nenhuma taxa, porque o que caracteriza o pobre é o fato dele não ter nada. Se alguém não tem nada, ele não pode pagar nada. Por isso, o evangelho é de graça. O evangelho que a Igreja prega é de graça. Se alguém quiser cobrar para pregar o evangelho, então não será a igreja, porque o evangelho é para os pobres. Se você cobrar, um real que seja, do pobre, ele não terá como pagar. Assim ele vai ser um devedor. Se ele for um devedor, ele já não é mais alguém livre, mesmo estando na igreja, pois ele será constrangido pela obrigação de pagar para ter acesso às revelações do Senhor. Tal evangelho vai torná-lo um escravo.
Precisamos perceber que o evangelho que a igreja prega é de graça. Se alguém quiser cobrar o evangelho, não será a igreja.
Outra obra que a igreja realiza é cuidar das pessoas. Isso é como o Senhor falou no final do evangelho de João, no capítulo 21, a partir do versículo 15. –“Tu me amas? apascenta os meus cordeiros, pastoreia as minhas ovelhas, apascenta as minhas ovelhas...” - Essas ovelhas e cordeiros, diz respeito aos irmãos.
Então, a nossa vida e a nossa obra é cuidar dos irmãos. E nós começamos a cuidar daqueles que estão dentro da nossa própria casa e cuidamos das pessoas que estão perto de nós.
Outra obra que a Igreja faz é assistir as pessoas, porque nem todos podem andar. Observe, o evangelho é muito tênue, sensível, e a velocidade do evangelho é muito cuidadosa. O evangelho socorre as pessoas, e quando somos chamados para socorrer as pessoas precisamos ser rápidos, mas, também precisamos ser cuidadosos para não atropelar outras pessoas no caminho.
Nosso serviço é parecido com o serviço daqueles que trabalham numa ambulância, ao receber o chamado para socorrer alguém; devemos ser rápidos, mas não podemos correr com essa ambulância de qualquer maneira, atropelando pessoas pelo caminho para salvar aquele que pediu socorro. Você vai salvar um, mas para isso, cinqüenta foram mortos, que salvação é essa? Sim, o evangelho tem que ser rápido, mas não pode matar ninguém pelo caminho. A maneira que vamos pregar o evangelho precisa ser considerada, já que existem pessoas que precisam ser assistidas, e algumas entre elas não têm forças sequer para andar, e às vezes, nem mesmo para se levantar.
As obras da Igreja no sentido geral são: pregar, cuidar e assistir, isso é fazer algo em favor daqueles que não podem fazer nada.
Terceiro aspecto: a igreja não pode suportar homens maus, e discernir sobre bom e mau, é também discernir sobre o certo e errado (Apocalipse 2:2). A igreja tem um quadro moral que sabe discernir o que é certo e o que é errado. Quem não sabe discernir o que é certo e o que é errado é uma criança. Se pedirmos a uma criança para jogar pedra na cabeça de alguém, ela vai jogar e ainda achará graça; ela é uma criança. Mas, quando ela crescer e alguém pedir para que ela jogue pedra em alguém, ela vai discernir que isso é errado, que isso não é bom.
O discernimento faz parte da sua consciência e do crescimento da sua vida humana e a igreja promove o crescimento espiritual das pessoas, para que elas tenham discernimento, até mesmo para perceber quem é que está a frente delas. No livro de Hebreus 5: 13, 14, lemos: - “Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça porque é criança, mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que pela prática tem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem como também o mal.” - O bem e o mal aqui são provenientes da Àrvore da Vida. Você já tinha pensado numa coisa dessas? De acordo com os nossos conceitos de bem e mal, achávamos que eles vinham da árvore do conhecimento, mas aqui nós vemos um versículo que nos dá a faculdade de discernir o bem e o mal, ou seja, o crescimento da vida nos dá discernimento do bem e do mal. Não é todo o bem e todo o mal que vem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Aqui está um versículo dizendo claramente para nós que o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que pela prática tem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.
A liderança da igreja não é aquela que faz os irmãos ficarem cegos, não é essa a liderança que coopera com os irmãos; a liderança da igreja é aquela faz as pessoas abrirem bem os olhos, a terem discernimento para se protegerem.
Ao longo da história da Igreja, houve muitos ensinamentos deturpados. Ensinamentos que faziam com que o líder espiritual se tornasse o grande líder que via todas as coisas e cuja responsabilidade dele, isenta os seus seguidores de culpa. Se você está seguindo alguém, e esse alguém cair no buraco, você, que o está seguindo acha que não tem culpa alguma de ter caído naquele buraco? Tem culpa sim! O Senhor Jesus falou que se você está seguindo um cego, você vai cair no buraco junto com ele (Mateus 15:14).
Mas, ao seguirmos o Senhor, nossos olhos serão olhos bem abertos e teremos discernimento daquilo que é bom e daquilo que é mal; poderemos escolher aquilo que é bom e rejeitar aquilo que é mal. Se não exercitarmos as nossas faculdades, tudo que nos derem, acharemos que está bom, que é certo, e vamos dizer amém pra qualquer coisa, por não termos discernimento adequado.
A Igreja não diz amém para qualquer coisa. A Igreja só diz amém para o Senhor, e a igreja sabe discernir, porque esse ministério é o ministério da justiça. É o ministério daquilo que é correto.
Hoje as pessoas roubam em nome de Deus, cometem crime em nome de Deus e dizem que estão fazendo aquilo para pregar o Evangelho, que estão fazendo porque estão no Espírito. Não é pelo fato de estarem no Espírito que as pessoas não cometem erros. O Espírito não peca, mas o homem pecador, esse pode pecar sim.
Quer um exemplo de um homem no Espírito que cometeu erro? O apóstolo João estava no Espírito na ilha de Patmos (Apocalipse 1:10). Ele estava tendo visões espirituais, mesmo assim, adorou o anjo duas vezes. Por que ele fez isso? Porque o homem tem um corpo do pecado. O homem tem uma alma que precisa ser transformada. Quantos “por centos” estamos no Espírito? Isso é uma coisa muito relativa. Tudo isso faz parte do nosso crescimento espiritual. Então, precisamos ser exercitados para discernir não somente o bem, mas também o mal. Essa sim é uma característica da Igreja. Jesus é o Senhor!
Próximo item: puseste a prova os que a si mesmo se declaram apóstolos e não são, e os achastes mentirosos.
Não existe apóstolo de gabinete. Apóstolo é alguém enviado com uma responsabilidade, e a primeira responsabilidade dos apóstolos é trazer aos irmãos o ensinamento dos apóstolos. Graças ao Senhor, a Igreja em Éfeso sabia reconhecer o ensinamento dos apóstolos. Quando lhes apresentavam ensinamentos que não era “o ensinamento dos apóstolos”, eles não aceitavam.
O apóstolo não usa um crachá de apóstolo. Apóstolo é apóstolo. Ele é confirmado pela sua responsabilidade. E ele é confirmado pelo seu ensinamento. (Isso aqui é para nós, não é para criticar ninguém.) Isso é porque queremos ser o testemunho da igreja.
Outro item: - “Tens perseverança e suportaste provas por amor por causa do Meu Nome” (Apocalipse 2:3). - Esse é o nome do Senhor. Nós suportamos provas por causa do Nome do Senhor, e não nos deixamos esmorecer. Esses são itens muito positivos que devemos observar.
Permanentemente outros nomes estão tentando se associar ao Nome do Senhor. Essa era uma deficiência da Igreja em Éfeso que foi corrigida: com o alerta sobre perder o primeiro amor.
Esse primeiro amor é o fluir da Vida. E esse fluir é interrompido quando perdemos o contato direto com o Senhor. Nessa experiência ocorrida naquele período, muitas pessoas foram levantadas para ajudar as igrejas e muitas pessoas foram ungidas, mas veio o apóstolo João e mostrou-lhes uma coisa: o ungido é o Senhor Jesus.
O evangelho de João veio nos mostrar que o ungido, o que dá a Vida, é somente um, o Senhor Jesus. Ele também mostrou outra coisa, que esse ungido está em nosso interior. Na verdade, hoje, o ungido é a unção, por isso devemos valorizar a unção.
A unção é o ungido em nosso interior, e a voz que irá nos julgar no Tribunal de Cristo é a voz da unção que está em nosso interior. Devemos aprender a reconhecer essa voz. Jesus é o Senhor!
Outro item. - “Tens, contudo a teu favor, que odeias as obras dos Nicolaítas, as quais Eu também odeio” (Apocalipse 2:6). - Os nicolaítas são aqueles que dominam sobre o povo de Deus e aqui há uma grande orientação para nós: todas as vezes que nos concentramos e tentamos viver uma vida da igreja com um poder diretor centralizado, mesmo sem querer, iremos produzir nicolaítas, isso não tem jeito. A melhor maneira de praticar a vida da igreja é distribuir as responsabilidades, é descentralizar.
Quanto mais descentralizados nós vivermos, mais irmãos vão funcionar na Igreja.
Deus permita que a nossa prática em cada cidade, nos grupos familiares e nos locais de reuniões, sejam conforme as reveladas na Bíblia, com grupos de cinqüenta ou cem irmãos no máximo, para não corrermos o risco de produzirmos nicolaítas; que não seja um grupo muito pequeno que não tenha capacidade e não tenha impacto, nem um grupo muito grande onde certamente muitos irmãos ficarão de fora sem poder servir.
Na Igreja em Esmirna, existe uma grande característica que é a fidelidade diante da provação (Apocalipse 2:10). Quando nos tornamos desejáveis, é justamente nesse momento que o inimigo vem atacar. Se não formos desejáveis, o inimigo não se preocupará conosco, mas, quando alguém se torna desejável, manifestando o genuíno testemunho da Igreja, então o inimigo o irá perseguir. Nessa hora o que precisamos fazer é ser fiéis. - “Sê fiel até a morte,” - então o Senhor nos dará a coroa da vida.
Sabe o que é ser fiel até a morte? É ser fiel até perder todas as coisas. Morte é a perda de tudo. Quando escolhemos servir ao Senhor, devemos estar preparados e prontos a perder. Começamos por perder os amigos, os conhecidos, a fama e etc.
Será que estamos dispostos a perder essas coisas? Quem estiver disposto a perder essas coisas, receberá a coroa da Vida, mas essa provação é de apenas dez dias. Jesus é o Senhor!
Ainda tem o Antipas. No livro de Atos fala que quando Paulo estava fugindo da perseguição dos religiosos, foi levado para um lugar chamado *Antipátride que significa: A cidade do outro lado ou cidade na posição oposta (Atos 23:31). Essa é uma cidade que está contra tudo. Contra tudo que não é aquilo que o Senhor estabeleceu.
O Antipas foi o primeiro personagem que lutou contra o desvio da Igreja. Ele lutou contra os nicolaítas, contra os ensinamentos de Balaão e contra o ensinamento de Jezabel, mas pelo fato dele morar em Pérgamo, resistiu por um tempo e morreu. Em Pérgamo havia o trono de satanás, tinha o ensinamento de Balaão, e tinha o ensinamento dos nicolaítas. Ele resistiu a tudo isso em Pérgamo, por isso morreu. Quando Antipas morreu a Jezabel reinou, se tornou soberana.
O que aprendemos com tudo isso? Aprendemos que o Antípas não pode morrer. O Antipas tem que sair de Pérgamo. Se ele ficar em Pérgamo, vai sofrer, e sofrer para no fim, morrer. O Antipas tem que se mudar para Antipátride que fica do outro lado. Em Antipátride o Antípas vai sobreviver com os que de coração puro invocam o Nome do Senhor.
A melhor maneira de lutar contra os desvios da Igreja é fugir deles. Se tiver um lugar que adotou o ensinamento de Balaão, que é usar as coisas de Deus para ganhar dinheiro, esse lugar não é mais a Igreja. O nome Balaão significa: “oportunidade ou possibilidade de negócio”. Toda vez que aparecer uma oportunidade ou uma possibilidade, então se abriu uma porta para um negócio na Igreja. Balaão fez um negócio com a palavra de Deus para sustentar a obra de Deus.
A maneira de sustentar a Obra de Deus não é com negócios. A Obra de Deus é sustentada com a fé e com a consagração dos irmãos. Vamos deixar os negócios do lado de fora da igreja e depender do Senhor. Que o Senhor possa nos dar consagração para podermos ofertar, e assim a Obra de Deus avançar.
Se não há consagração, então não há oferta. Se não há oferta, o balaão vem bater na porta querendo entrar oferecendo um negócio com a Palavra de Deus para os irmãos. Jesus é o Senhor!
Nós não tomaremos esse caminho. Vamos tomar o caminho de Antipas, mas, não ficaremos em Pérgamo. Vamos aproveitar a porta aberta e sair para Filadélfia.
Filadélfia fala do amor fraternal. Quando estivermos no amor fraternal, nós estaremos na mesma posição. Não haverá títulos nem posições destacadas, mas haverá uma porta aberta. Essa porta aberta significa sermos inclusivos. Significa estar preparados para receber os irmãos.
Finalmente ainda temos o filho varão e as primícias. Na próxima edição, falaremos sobre esse assunto. O importante nessa história toda, é que o Antípas não pode morrer. Quando a porta abrir, o Antípas tem que sair.
No campo de concentração de prisioneiros, quando a porta abria os prisioneiros não vacilavam porque a porta não ficava aberta por muito tempo. Então quando ela abria, eles saiam rapidamente para fora, para a LIBERDADE, e nem olhavam para trás.
Se quisermos sobreviver, é bom aproveitarmos a porta aberta e correr para a liberdade, até chegar o dia e o sol apareça para nós. Ali, o Senhor cuidará de cada um de nós.
Jesus é o Senhor!
*Antipátride - Que pertence a Antípatro: Cidade situada na estrada militar entre Jerusalém e Cesaréia, na distância de 65 km de Jerusalém e de 40 km de Cesaréia. Foi à Antipátride que Paulo foi conduzido pelos soldados.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
A Igreja - Chamados para Fora - Mensagem Dois
A Igreja - Chamados para Fora - Mensagem Dois
Jesus é o Senhor! Vamos continuar nossa comunhão, na mensagem anterior vimos a respeito da igreja em cada cidade, creio que não há a necessidade de explicar muito mais. O importante é saber onde estamos e quem somos nós. Hoje, podemos colocar a igreja dentro do Novo Testamento na visão de três pessoas: apóstolo Pedro, apóstolo Paulo e apóstolo João. Pedro, Paulo e João escreveram quase todo o Novo Testamento e seus escritos contêm a visão da igreja em vários ângulos. Todos nós precisamos de tal visão, uma vez que estamos edificando a mesma igreja. A divisão vem de pessoas com visões diferentes umas das outras, e várias visões vêm de várias interpretações. Mas a Bíblia apresenta para nós uma só visão, com vários aspectos, mas ainda assim uma única visão. Um objeto pode ser visto de vários ângulos. Quantas igrejas existem? Uma igreja, mas com vários ângulos de visão. A primeira pessoa que viu a igreja foi Pedro, a igreja foi revelada para ele em Mateus 16:18. Vamos ler Mateus 16:15-16 “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Quem respondeu? Foi Pedro. Para Pedro iria ser dada a revelação da igreja. Versículo 17 “Então, Jesus, lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” Foi o Pai quem revelou a Pedro quem era o Cristo. Quem revela a Cristo é o Pai, o Pai revela o Filho, pois Cristo é o mistério de Deus. Mas Cristo também tem um mistério, Cristo também quer revelar algo a Pedro. Então como o Pai revelou Seu mistério a Pedro, era como se Cristo obtivesse uma autorização para revelar o Seu mistério também, pois a visão precisa ser completa: a visão de Cristo e a igreja. Primeiramente Cristo apareceu para nós, você creu na Palavra, foi batizado, se tornou um membro do Corpo de Cristo, mas tem que ver a igreja, de outra forma você fará um grupo para si mesmo e colocará nele um nome. Os fiéis de Lutero viram Cristo, creram no Senhor. Porém, por não verem a igreja, fizeram a “Luterana”. Por isso, é importante vermos cem por cento da visão: Cristo e a igreja. Versículo 18 “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Na verdade, o Senhor está dizendo a Pedro que ele é uma pedra viva. Pedro significa pedra e o Senhor é a rocha. Este versículo é assim “Tu és Pedro e sobre está rocha edificarei a minha igreja”, a rocha é Cristo, a pedra é Pedro; a igreja é edificada sobre a rocha. Aqui o Senhor revelou o fundamento da igreja: a rocha, a qual é Cristo. Ontem vimos a base da igreja, o terreno da igreja que é a cidade. Mas no terreno tem que lançar o alicerce, o fundamento que é Cristo. Mais tarde Paulo escreve que ninguém pode lançar outro fundamento o qual já foi posto que é Cristo Jesus. Aleluia! Então Cristo foi revelado a Pedro, a Igreja foi revelada a Pedro e o fundamento da igreja também foi revelado a Pedro. Os versículos 18 e 19 têm muita revelação. O versículo 19 diz “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido desligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.” Isso significa que a igreja é o Reino dos Céus! Aleluia! Aqui, nesta pequena porção, foi revelado Cristo, o fundamento, a igreja e o Reino dos Céus. Parece ser uma visão completa. Já dá para viver, é como alimentar-se de arroz e feijão todos os dias: você vai morrer de fome? Não, mas seria muito melhor com salada, carne, frango assado, não é? Então, o que vemos aqui é uma visão básica de Cristo e a igreja; o fundamento é Cristo, a igreja é uma em cada cidade, a igreja é o Reino dos Céus! Já dá para você reunir lá em Santo Antão, lá em São Vicente. Com uma pequena visão básica já é possível edificar a igreja. Mas não apenas uma visão, também foi revelado como edificar a igreja. Só há uma maneira: negando a si mesmo, pois para edificar a igreja tem que ser feita a vontade do Pai, e para ser feita a vontade do Pai tem que cancelar a nossa vontade. Cada um aqui tem uma visão, uma opinião, uma ideia: nunca edificaremos a igreja. O Senhor não se esqueceu de ensinar como edifica a igreja: versículos 21 a 23 “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.” Na verdade, usando Pedro, Satanás queria impedir que o Senhor fosse para a cruz, pois na cruz, através da Sua morte, o Senhor gerou a igreja. Ele não apenas morreu, derramou o Seu sangue redimindo-nos do pecado; mas um soldado ao lhe abrir o lado saiu sangue e água, o sangue para nos lavar do pecado e a água para nos dar a vida, aleluia! Na cruz foi revelado outro mistério. Qual foi o mistério revelado na cruz? As pernas dos ladrões que foram crucificados com o Senhor foram quebradas, para quê? Para que não fugissem da cruz. Mas as pernas do Senhor não foram quebradas, pois Ele já havia morrido, para que se cumprisse a escritura, de que nenhum dos seus ossos poderia ser partido, isso porque o Corpo de Cristo não pode ser divido! Aleluia! Essa é a revelação da cruz: Ele morreu pela unidade do Seu Corpo. João viu isso mais tarde. Jesus é o Senhor! Pedro viu apenas um ângulo da igreja, o qual já é profundo, mas é apenas um item da igreja, mas o Senhor tem mais para revelar. E agora, como praticar a igreja? Não dando a sua opinião, nem que ela seja boa, porque Satanás usou Pedro para dar uma boa opinião ao Senhor. Versículo 24 “Então disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” Seguir ao Senhor é viver a vida da igreja. O primeiro ponto é “a si mesmo se negue”, quem é “si mesmo”? É o seu ego, sua opinião. Se cada um der a sua opinião nunca haverá unidade. O segundo ponto é “tomar a sua cruz”, isso significa sofrer injustiça e não revidar, pois se cada vez que sofrer injustiça você for revidar vai destruir a igreja. Portanto para que haja igreja, para que haja unidade tem que negar o seu ego e tomar a sua cruz; isso é por meio de liberar o seu espírito e invocar o nome do Senhor: Oh! Senhor Jesus! Amém! Não adianta fazer força para negar a sua opinião, fazer força para tomar a cruz: o elemento mortificador do “eu” está no Espírito. E onde está o Espírito? Está no seu espírito; assim quando você exercita o seu espírito, você nega a si mesmo e cresce em vida, toma a cruz por amor à edificação da igreja. Cristo e a igreja, aleluia! A Bíblia foi escrita só por causa disso, o seu objetivo central é mostrar Cristo e a igreja. Até mesmo quando o Senhor criou a Adão e o colocou no jardim, o próprio Deus disse que não era bom que o homem estivesse só. Adão não falou nada para Deus, Deus quem falou com Adão. Era Deus que não estava satisfeito. Adão nem sabia que existia mulher, mas o Senhor já tinha a igreja no Seu coração. Adão representa Cristo, é um tipo de Cristo. Então o Senhor fez Adão dormir e do seu lado tirou uma costela e edificou uma mulher. O mesmo aconteceu quando o Senhor gerou a Igreja, um soldado lhe feriu o lado, ali saiu sangue e água, ali foi gerada a igreja. Eva veio de Adão. Se Adão falasse mal de Eva, ele falava mal de si mesmo, pois ela fazia parte dele. Todo marido que fala mal da esposa, fala mal de si mesmo, porque a esposa é a costela dele, se existe alguma coisa errada, algo está errado com a costela dele. A igreja saiu de Cristo, foi gerada de Cristo. A igreja é de Deus. A única coisa da terra que é de Deus é a igreja, mais nada. Nessa manhã você está na única coisa que é de Deus na cidade de Praia, você está na reunião da igreja. Fora daqui nada mais é de Deus, ou é de Satanás, ou é dos homens. Mas a igreja é de Deus, ela veio de Deus e ela vai voltar para Deus. Efésios 5:31 “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne.” Por quê? Por causa de Cristo e a igreja. Versículo 32 “Grande é esta mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.”. O homem representa Cristo e a mulher representa a igreja, é por isso que você casa, por causa de Cristo e a igreja, que é o grande mistério. A Bíblia foi escrita para revelar Cristo e a igreja. O Senhor também chamou o apóstolo Paulo para ganhar a mesma visão, ele também viu a igreja, todos os apóstolos viram a igreja. Efésios 3:3 “pois, segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo”. Qual é o mistério de Cristo? A igreja. Qual é o mistério de Deus? Cristo. Paulo quer que nós tenhamos discernimento do mistério de Cristo. Versículo 5 “o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito”. Esse é um assunto de revelação e não somente para os apóstolos, mas também para os santos e profetas. Todos nós temos revelação de Cristo e a igreja, que é o grande mistério. Paulo também viu, ele viu algo profundo. A visão de Pedro foi uma visão básica, porque ainda faltava muita coisa. Mas Paulo viu o que era mais elevado. Quando estava a caminho de Damasco, ele ouviu uma voz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Ele disse: “Quem és tu Senhor?”. E o Senhor respondeu: “Eu sou o Senhor, a quem tu persegues.”. Então Paulo recebeu uma revelação: aqueles crentes que Paulo perseguia era Jesus. Logo, os crentes são os membros do Corpo de Cristo e o Corpo de Cristo é a igreja. Pedro viu Cristo e a igreja. Paulo viu que Cristo é a igreja. Em 1 Coríntios 1:12, quando Paulo foi tratar um assunto de divisão na igreja, observe os termos que ele usa “Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.”. A igreja estava dividida em quatro grupos, Paulo escreveu para resolver esse assunto. No versículo 13 ele não perguntou se a igreja estava dividida, porque na sua visão a igreja é o Corpo de Cristo. Ele perguntou: “Acaso Cristo está dividido?”. Ele não usa o termo “igreja”. Pedro perguntaria: “Acaso a igreja está dividida?”. Paulo viu o que é mais elevado: que a igreja é Cristo. Se a igreja fosse uma instituição fora de Cristo, ela poderia ser dividida. Mas Cristo não pode ser dividido e a igreja é o Corpo de Cristo e nós somos membros desse Corpo. No Corpo, todos os membros funcionam. A igreja é um grupo de pessoas funcionando, profetizando, servindo. Paulo viu outra igreja além de Pedro? Não, viu algo mais, viu outros ângulos, mas é a mesma igreja. A visão de Paulo está concentrada em Efésios. Efésios 1:21 “acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo”. A igreja é o Corpo de Cristo, por isso não podemos explicar qual e a “nossa” igreja. A “nossa” igreja é a igreja, é o Corpo de Cristo. Não é uma organização humana, é um organismo vivo. Continuando “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.”. Um dia, por sermos o Corpo de Cristo, seremos tomados de toda a plenitude de Deus. Capítulo 2:1-5 mostra-nos os materiais da igreja, qual era condição dos materiais para a edificação. “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nos mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos”. Nosso destino era o lago de fogo, essa era a condição dos materiais, mas o Senhor é rico em misericórdia. O Senhor nos resgatou, aleluia, nos deu vida, juntamente com Cristo. Versículo 6 “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”. O Apóstolo Paulo viu que a igreja é o Corpo de Cristo, viu a condição dos materiais para a edificação e também viu a posição da igreja. Uma em cada cidade, mas tem uma posição celestial. Ela está acima de todo principado e potestade, ela está em Cristo. A base da igreja é a cidade, mas a sua posição é celestial, amém! Se você vir isso, sua vida vai mudar completamente. Nossa posição é celestial, nessa posição lutamos contra os principados e potestades que está em Efésios 2:6. Nessa posição recebemos toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais. Então não saia dessa posição. Jesus é o Senhor! Versículo 7 “para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele”. Amém! somos feitura, quer dizer, obra- prima de Deus. Ele nos resgatou, estando nós mortos em delitos e pecados, nos comprou com Seu sangue, nos deu a Sua vida. Está nos transformando para mostrar-nos nos séculos vindouros, para nos exibir. Aquilo que o diabo destruiu, Ele está transformando na Sua própria expressão. A igreja é a obra-prima de Deus. Versículo 10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”. O Senhor não está apenas nos chamando para reunir aqui, Ele quer nos transformar. Não importa a condição que você tinha quando veio, o que importa é que Ele vai nos transformar. Vai nos exibir nos séculos vindouros. Você não está alegre com isso? Quando você faz uma obra de arte, alguma coisa importante, não quer exibir? Colocar lá na sala? É isso que Deus quer fazer conosco, quer nos exibir nos séculos vindouros a obra que Ele fez na sua vida. Versículo 19 “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.”. A igreja é a Família de Deus. Você achou a sua família. Colegas você pode escolher, amigos também, mas família não. Esse irmão, que está ao seu lado, ele é da sua família, você vai ter que aturá-lo. Você não pode escolher família. Versículo 20 “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.”. A igreja é a habitação de Deus, amém! Quantas coisas a igreja é: o Corpo de Cristo, a Obra-prima de Deus, a Família de Deus, a Habitação de Deus. Se não houver a igreja, Deus não tem nada. A igreja é tudo o que Deus precisa para cumprir o Seu propósito aqui na terra. Por isso o inimigo não quer que haja a reunião da igreja. Satanás luta para que não haja a edificação do Corpo. Precisamos orar muito, pregar o evangelho, buscar os irmãos, porque você chegou até aqui pela misericórdia do Senhor. Capítulo 4, versículo 22 “no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.”. Revistais do Novo Homem em justiça e retidão procedentes da verdade! A igreja também é o Novo Homem. A igreja é o Corpo de Cristo, é a Obra-prima de Deus, é a Família de Deus, é a Habitação de Deus, é o Edifício de Deus, é o Novo Homem! Aleluia! E é a Noiva de Cristo. No capítulo 6 ela vira a Guerreira, porque ela luta pela volta do Senhor. Ela batalha por amor ao Senhor, ela é a Noiva que se tornou a Guerreira. A Noiva espera o Amado voltar, a Guerreira luta para Ele voltar. Então a igreja tem esses dois aspectos finais. Por exemplo, hoje estamos aqui como Noiva, tranquilos, desfrutando, esperando, nos ataviando para quando o nosso Amado voltar. Mas, daqui a pouco, vamos pregar o evangelho. Quando pregamos o evangelho, vamos para Assomada, Tarrafal, Santo Antão, São Vicente, não é como Noiva que vamos, mas como guerreira, batalhando para o Senhor voltar. Precisamos desfrutar desses dois aspectos: vamos nos preparar, nos ataviar, nos guardar como uma Noiva santa e pura para a volta do Senhor, e também como Guerreira para apressar a volta do Amado, que luta para Ele voltar. Eféiso 5:24 “Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.” A igreja é a esposa do Cordeiro, é a noiva e a esposa do cordeiro. Efésios 6:10-12 “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do deu poder. Revesti-vos de toda armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra sangue e carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”. Nossa luta é contra principados e potestades, a igreja não está somente se adornando, se ataviando, mas também está lutando, guerreando. São várias visões? Não. São várias igrejas? A igreja do Corpo de Cristo, a igreja da família de Deus, a igreja do Novo Homem, a igreja da Obra-prima de Deus, é assim? Não, é uma só igreja. Cada um agora vai abrir uma igreja com um nome desses? Não, existe apenas uma única igreja. Em vários aspectos. O que Paulo viu, foi o que Pedro viu. Pedro viu Cristo e a igreja, viu que a igreja é o Reino dos Céus. Mas não está bom ainda, Paulo viu além, ele viu que a igreja é o Corpo de Cristo, é a Obra-prima de Deus, é a Família, o Novo Homem, o Edifício, a Habitação, a Esposa, a Noiva, a Guerreria. Amém! O mais elevado Paulo viu. Mas lembre-se é uma única visão com vários aspectos. Parece que havia acabado, mas o Senhor ainda chamou João. Paulo é como um clínico geral, que vê o que é superficial, por fora. Paulo viu o quê? O Corpo. Mas, olha para mim, o que é mais importante em mim? Os meus olhos? O meu corpo? O que é mais importante em mim é a vida. Se não houvesse vida em meu corpo, eu estaria morto e estariam todos chorando aqui. O mais importante é a vida. Se não tivesse a vida, onde você estaria? Sentado ou deitado? Paulo viu o Corpo, mas João viu a vida. Quando João escreve seu evangelho e suas epístolas ele fala da vida: “A vida estava Nele, e a vida era a luz dos homens, a vida se manifestou, o espírito é o que dá vida, eu sou o caminho a verdade e a vida, sou o pão da vida, a água da vida.” Por que ele passou a vida? Porque ele viu algo mais profundo. Paulo já tinha visto o que era mais elevado, ninguém viu nada mais elevado e parecia que a visão havia terminado. Pedro escreveu a igreja, o Reino dos Céus, muito bom, dá para sobreviver. Paulo viu muitos outros aspectos, parecia que a visão estava completa. O Senhor levantou João e ele viu o que é profundo. Hoje nós podemos ver a igreja, o que é mais elevado sobre a igreja e também sobre o que é mais profundo. Paulo é como um clínico geral, João é como um cirurgião, ele vê o que está dentro, o que é profundo. Então qual é a visão de João a respeito da igreja? Apocalipse 1:9 “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.” João tinha uma percepção de que a igreja é o Testemunho de Jesus, porque ele estava naquela reunião em Atos 1:8, onde o Senhor disse: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” Ele tinha uma percepção de que a igreja é a Testemunha do Senhor Jesus na terra, mas faltava mais ainda. A igreja não é só o Testemunho de Jesus Cristo, é algo ainda mais profundo. Então o Senhor revelou algo mais para ele. Versículo 10 “Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro.” João se voltou para ver quem falava com ele e o que ele viu? Sete candelabros de ouro. Versículo 20 “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.” João viu que a igreja é o candeeiro de ouro. O que tem isso? É muito profundo. Você pode dizer: “O que Paulo viu é muito mais elevado!”. Sim, porém muito menos mais profundo. O que é o candeeiro de ouro? O ouro representa a natureza de Deus, isso mostra que a igreja tem a natureza de Deus. E o candelabro, no tempo de João, era uma barra de ouro que era batida até ganhar a forma de candelabro, não existia uma fôrma de candelabro. Isso mostra o processo que o Senhor passou e ganhou forma de Filho. Quem é o Filho? É o Pai. Quem é Cristo? Jesus é Deus. Deus encarnou-se na pessoa do Filho, é o mesmo Deus, só há um Deus. Então quem tem a forma? Cristo. Mas quem é Cristo? É Deus. Então aquela barra de ouro se tornou em um candelabro. O candelabro, para ficar aceso, precisa do azeite, que é O Espírito. Então o candelabro é o Deus Triúno: é o Pai, é o Filho e é o Espírito. O candelabro também é a igreja. João viu que a igreja é o Testemunho do Deus Triúno. Não é profundo? Sim, é mais profundo, mais temor. A igreja é Deus, é a expressão de Deus na terra. Por isso, irmãos, reunir como igreja não é brincadeira, nós precisamos chegar de qualquer maneira. Mas não podemos permanecer de qualquer maneira, pois temos um testemunho para dar: o testemunho do próprio Deus. João viu aquilo que era, aquilo que é e aquilo que há de vir. Com relação à igreja, ele viu que ela tem 7 estágios na história. A igreja passou por sete períodos, podemos ver em que período estamos hoje. O mais importante é percebermos que a visão que Pedro, Paulo e João tiveram, nós também a temos. Embora tenham visto em ângulos diferentes, todos vimos a mesma igreja. A igreja é o grande mistério, é o Reino dos Céus, a base da igreja é a cidade, o fundamento da igreja é Cristo, a igreja é o Corpo de Cristo, a Obra-prima de Deus, a Família de Deus, o Novo Homem, o Edifício de Deus, a Habitação de Deus, a Noiva de Cristo, a Esposa do Cordeiro, a Guerreira, o Candelabro de Ouro, o Testemunho do Deus Triúno. Jesus é o Senhor! Agora, o que é a igreja para você? Aleluia!
Jesus é o Senhor! Vamos continuar nossa comunhão, na mensagem anterior vimos a respeito da igreja em cada cidade, creio que não há a necessidade de explicar muito mais. O importante é saber onde estamos e quem somos nós. Hoje, podemos colocar a igreja dentro do Novo Testamento na visão de três pessoas: apóstolo Pedro, apóstolo Paulo e apóstolo João. Pedro, Paulo e João escreveram quase todo o Novo Testamento e seus escritos contêm a visão da igreja em vários ângulos. Todos nós precisamos de tal visão, uma vez que estamos edificando a mesma igreja. A divisão vem de pessoas com visões diferentes umas das outras, e várias visões vêm de várias interpretações. Mas a Bíblia apresenta para nós uma só visão, com vários aspectos, mas ainda assim uma única visão. Um objeto pode ser visto de vários ângulos. Quantas igrejas existem? Uma igreja, mas com vários ângulos de visão. A primeira pessoa que viu a igreja foi Pedro, a igreja foi revelada para ele em Mateus 16:18. Vamos ler Mateus 16:15-16 “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Quem respondeu? Foi Pedro. Para Pedro iria ser dada a revelação da igreja. Versículo 17 “Então, Jesus, lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” Foi o Pai quem revelou a Pedro quem era o Cristo. Quem revela a Cristo é o Pai, o Pai revela o Filho, pois Cristo é o mistério de Deus. Mas Cristo também tem um mistério, Cristo também quer revelar algo a Pedro. Então como o Pai revelou Seu mistério a Pedro, era como se Cristo obtivesse uma autorização para revelar o Seu mistério também, pois a visão precisa ser completa: a visão de Cristo e a igreja. Primeiramente Cristo apareceu para nós, você creu na Palavra, foi batizado, se tornou um membro do Corpo de Cristo, mas tem que ver a igreja, de outra forma você fará um grupo para si mesmo e colocará nele um nome. Os fiéis de Lutero viram Cristo, creram no Senhor. Porém, por não verem a igreja, fizeram a “Luterana”. Por isso, é importante vermos cem por cento da visão: Cristo e a igreja. Versículo 18 “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Na verdade, o Senhor está dizendo a Pedro que ele é uma pedra viva. Pedro significa pedra e o Senhor é a rocha. Este versículo é assim “Tu és Pedro e sobre está rocha edificarei a minha igreja”, a rocha é Cristo, a pedra é Pedro; a igreja é edificada sobre a rocha. Aqui o Senhor revelou o fundamento da igreja: a rocha, a qual é Cristo. Ontem vimos a base da igreja, o terreno da igreja que é a cidade. Mas no terreno tem que lançar o alicerce, o fundamento que é Cristo. Mais tarde Paulo escreve que ninguém pode lançar outro fundamento o qual já foi posto que é Cristo Jesus. Aleluia! Então Cristo foi revelado a Pedro, a Igreja foi revelada a Pedro e o fundamento da igreja também foi revelado a Pedro. Os versículos 18 e 19 têm muita revelação. O versículo 19 diz “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido desligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.” Isso significa que a igreja é o Reino dos Céus! Aleluia! Aqui, nesta pequena porção, foi revelado Cristo, o fundamento, a igreja e o Reino dos Céus. Parece ser uma visão completa. Já dá para viver, é como alimentar-se de arroz e feijão todos os dias: você vai morrer de fome? Não, mas seria muito melhor com salada, carne, frango assado, não é? Então, o que vemos aqui é uma visão básica de Cristo e a igreja; o fundamento é Cristo, a igreja é uma em cada cidade, a igreja é o Reino dos Céus! Já dá para você reunir lá em Santo Antão, lá em São Vicente. Com uma pequena visão básica já é possível edificar a igreja. Mas não apenas uma visão, também foi revelado como edificar a igreja. Só há uma maneira: negando a si mesmo, pois para edificar a igreja tem que ser feita a vontade do Pai, e para ser feita a vontade do Pai tem que cancelar a nossa vontade. Cada um aqui tem uma visão, uma opinião, uma ideia: nunca edificaremos a igreja. O Senhor não se esqueceu de ensinar como edifica a igreja: versículos 21 a 23 “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.” Na verdade, usando Pedro, Satanás queria impedir que o Senhor fosse para a cruz, pois na cruz, através da Sua morte, o Senhor gerou a igreja. Ele não apenas morreu, derramou o Seu sangue redimindo-nos do pecado; mas um soldado ao lhe abrir o lado saiu sangue e água, o sangue para nos lavar do pecado e a água para nos dar a vida, aleluia! Na cruz foi revelado outro mistério. Qual foi o mistério revelado na cruz? As pernas dos ladrões que foram crucificados com o Senhor foram quebradas, para quê? Para que não fugissem da cruz. Mas as pernas do Senhor não foram quebradas, pois Ele já havia morrido, para que se cumprisse a escritura, de que nenhum dos seus ossos poderia ser partido, isso porque o Corpo de Cristo não pode ser divido! Aleluia! Essa é a revelação da cruz: Ele morreu pela unidade do Seu Corpo. João viu isso mais tarde. Jesus é o Senhor! Pedro viu apenas um ângulo da igreja, o qual já é profundo, mas é apenas um item da igreja, mas o Senhor tem mais para revelar. E agora, como praticar a igreja? Não dando a sua opinião, nem que ela seja boa, porque Satanás usou Pedro para dar uma boa opinião ao Senhor. Versículo 24 “Então disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” Seguir ao Senhor é viver a vida da igreja. O primeiro ponto é “a si mesmo se negue”, quem é “si mesmo”? É o seu ego, sua opinião. Se cada um der a sua opinião nunca haverá unidade. O segundo ponto é “tomar a sua cruz”, isso significa sofrer injustiça e não revidar, pois se cada vez que sofrer injustiça você for revidar vai destruir a igreja. Portanto para que haja igreja, para que haja unidade tem que negar o seu ego e tomar a sua cruz; isso é por meio de liberar o seu espírito e invocar o nome do Senhor: Oh! Senhor Jesus! Amém! Não adianta fazer força para negar a sua opinião, fazer força para tomar a cruz: o elemento mortificador do “eu” está no Espírito. E onde está o Espírito? Está no seu espírito; assim quando você exercita o seu espírito, você nega a si mesmo e cresce em vida, toma a cruz por amor à edificação da igreja. Cristo e a igreja, aleluia! A Bíblia foi escrita só por causa disso, o seu objetivo central é mostrar Cristo e a igreja. Até mesmo quando o Senhor criou a Adão e o colocou no jardim, o próprio Deus disse que não era bom que o homem estivesse só. Adão não falou nada para Deus, Deus quem falou com Adão. Era Deus que não estava satisfeito. Adão nem sabia que existia mulher, mas o Senhor já tinha a igreja no Seu coração. Adão representa Cristo, é um tipo de Cristo. Então o Senhor fez Adão dormir e do seu lado tirou uma costela e edificou uma mulher. O mesmo aconteceu quando o Senhor gerou a Igreja, um soldado lhe feriu o lado, ali saiu sangue e água, ali foi gerada a igreja. Eva veio de Adão. Se Adão falasse mal de Eva, ele falava mal de si mesmo, pois ela fazia parte dele. Todo marido que fala mal da esposa, fala mal de si mesmo, porque a esposa é a costela dele, se existe alguma coisa errada, algo está errado com a costela dele. A igreja saiu de Cristo, foi gerada de Cristo. A igreja é de Deus. A única coisa da terra que é de Deus é a igreja, mais nada. Nessa manhã você está na única coisa que é de Deus na cidade de Praia, você está na reunião da igreja. Fora daqui nada mais é de Deus, ou é de Satanás, ou é dos homens. Mas a igreja é de Deus, ela veio de Deus e ela vai voltar para Deus. Efésios 5:31 “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne.” Por quê? Por causa de Cristo e a igreja. Versículo 32 “Grande é esta mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.”. O homem representa Cristo e a mulher representa a igreja, é por isso que você casa, por causa de Cristo e a igreja, que é o grande mistério. A Bíblia foi escrita para revelar Cristo e a igreja. O Senhor também chamou o apóstolo Paulo para ganhar a mesma visão, ele também viu a igreja, todos os apóstolos viram a igreja. Efésios 3:3 “pois, segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo”. Qual é o mistério de Cristo? A igreja. Qual é o mistério de Deus? Cristo. Paulo quer que nós tenhamos discernimento do mistério de Cristo. Versículo 5 “o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito”. Esse é um assunto de revelação e não somente para os apóstolos, mas também para os santos e profetas. Todos nós temos revelação de Cristo e a igreja, que é o grande mistério. Paulo também viu, ele viu algo profundo. A visão de Pedro foi uma visão básica, porque ainda faltava muita coisa. Mas Paulo viu o que era mais elevado. Quando estava a caminho de Damasco, ele ouviu uma voz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Ele disse: “Quem és tu Senhor?”. E o Senhor respondeu: “Eu sou o Senhor, a quem tu persegues.”. Então Paulo recebeu uma revelação: aqueles crentes que Paulo perseguia era Jesus. Logo, os crentes são os membros do Corpo de Cristo e o Corpo de Cristo é a igreja. Pedro viu Cristo e a igreja. Paulo viu que Cristo é a igreja. Em 1 Coríntios 1:12, quando Paulo foi tratar um assunto de divisão na igreja, observe os termos que ele usa “Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.”. A igreja estava dividida em quatro grupos, Paulo escreveu para resolver esse assunto. No versículo 13 ele não perguntou se a igreja estava dividida, porque na sua visão a igreja é o Corpo de Cristo. Ele perguntou: “Acaso Cristo está dividido?”. Ele não usa o termo “igreja”. Pedro perguntaria: “Acaso a igreja está dividida?”. Paulo viu o que é mais elevado: que a igreja é Cristo. Se a igreja fosse uma instituição fora de Cristo, ela poderia ser dividida. Mas Cristo não pode ser dividido e a igreja é o Corpo de Cristo e nós somos membros desse Corpo. No Corpo, todos os membros funcionam. A igreja é um grupo de pessoas funcionando, profetizando, servindo. Paulo viu outra igreja além de Pedro? Não, viu algo mais, viu outros ângulos, mas é a mesma igreja. A visão de Paulo está concentrada em Efésios. Efésios 1:21 “acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo”. A igreja é o Corpo de Cristo, por isso não podemos explicar qual e a “nossa” igreja. A “nossa” igreja é a igreja, é o Corpo de Cristo. Não é uma organização humana, é um organismo vivo. Continuando “a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.”. Um dia, por sermos o Corpo de Cristo, seremos tomados de toda a plenitude de Deus. Capítulo 2:1-5 mostra-nos os materiais da igreja, qual era condição dos materiais para a edificação. “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nos mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos”. Nosso destino era o lago de fogo, essa era a condição dos materiais, mas o Senhor é rico em misericórdia. O Senhor nos resgatou, aleluia, nos deu vida, juntamente com Cristo. Versículo 6 “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”. O Apóstolo Paulo viu que a igreja é o Corpo de Cristo, viu a condição dos materiais para a edificação e também viu a posição da igreja. Uma em cada cidade, mas tem uma posição celestial. Ela está acima de todo principado e potestade, ela está em Cristo. A base da igreja é a cidade, mas a sua posição é celestial, amém! Se você vir isso, sua vida vai mudar completamente. Nossa posição é celestial, nessa posição lutamos contra os principados e potestades que está em Efésios 2:6. Nessa posição recebemos toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais. Então não saia dessa posição. Jesus é o Senhor! Versículo 7 “para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele”. Amém! somos feitura, quer dizer, obra- prima de Deus. Ele nos resgatou, estando nós mortos em delitos e pecados, nos comprou com Seu sangue, nos deu a Sua vida. Está nos transformando para mostrar-nos nos séculos vindouros, para nos exibir. Aquilo que o diabo destruiu, Ele está transformando na Sua própria expressão. A igreja é a obra-prima de Deus. Versículo 10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”. O Senhor não está apenas nos chamando para reunir aqui, Ele quer nos transformar. Não importa a condição que você tinha quando veio, o que importa é que Ele vai nos transformar. Vai nos exibir nos séculos vindouros. Você não está alegre com isso? Quando você faz uma obra de arte, alguma coisa importante, não quer exibir? Colocar lá na sala? É isso que Deus quer fazer conosco, quer nos exibir nos séculos vindouros a obra que Ele fez na sua vida. Versículo 19 “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.”. A igreja é a Família de Deus. Você achou a sua família. Colegas você pode escolher, amigos também, mas família não. Esse irmão, que está ao seu lado, ele é da sua família, você vai ter que aturá-lo. Você não pode escolher família. Versículo 20 “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.”. A igreja é a habitação de Deus, amém! Quantas coisas a igreja é: o Corpo de Cristo, a Obra-prima de Deus, a Família de Deus, a Habitação de Deus. Se não houver a igreja, Deus não tem nada. A igreja é tudo o que Deus precisa para cumprir o Seu propósito aqui na terra. Por isso o inimigo não quer que haja a reunião da igreja. Satanás luta para que não haja a edificação do Corpo. Precisamos orar muito, pregar o evangelho, buscar os irmãos, porque você chegou até aqui pela misericórdia do Senhor. Capítulo 4, versículo 22 “no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.”. Revistais do Novo Homem em justiça e retidão procedentes da verdade! A igreja também é o Novo Homem. A igreja é o Corpo de Cristo, é a Obra-prima de Deus, é a Família de Deus, é a Habitação de Deus, é o Edifício de Deus, é o Novo Homem! Aleluia! E é a Noiva de Cristo. No capítulo 6 ela vira a Guerreira, porque ela luta pela volta do Senhor. Ela batalha por amor ao Senhor, ela é a Noiva que se tornou a Guerreira. A Noiva espera o Amado voltar, a Guerreira luta para Ele voltar. Então a igreja tem esses dois aspectos finais. Por exemplo, hoje estamos aqui como Noiva, tranquilos, desfrutando, esperando, nos ataviando para quando o nosso Amado voltar. Mas, daqui a pouco, vamos pregar o evangelho. Quando pregamos o evangelho, vamos para Assomada, Tarrafal, Santo Antão, São Vicente, não é como Noiva que vamos, mas como guerreira, batalhando para o Senhor voltar. Precisamos desfrutar desses dois aspectos: vamos nos preparar, nos ataviar, nos guardar como uma Noiva santa e pura para a volta do Senhor, e também como Guerreira para apressar a volta do Amado, que luta para Ele voltar. Eféiso 5:24 “Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.” A igreja é a esposa do Cordeiro, é a noiva e a esposa do cordeiro. Efésios 6:10-12 “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do deu poder. Revesti-vos de toda armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra sangue e carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”. Nossa luta é contra principados e potestades, a igreja não está somente se adornando, se ataviando, mas também está lutando, guerreando. São várias visões? Não. São várias igrejas? A igreja do Corpo de Cristo, a igreja da família de Deus, a igreja do Novo Homem, a igreja da Obra-prima de Deus, é assim? Não, é uma só igreja. Cada um agora vai abrir uma igreja com um nome desses? Não, existe apenas uma única igreja. Em vários aspectos. O que Paulo viu, foi o que Pedro viu. Pedro viu Cristo e a igreja, viu que a igreja é o Reino dos Céus. Mas não está bom ainda, Paulo viu além, ele viu que a igreja é o Corpo de Cristo, é a Obra-prima de Deus, é a Família, o Novo Homem, o Edifício, a Habitação, a Esposa, a Noiva, a Guerreria. Amém! O mais elevado Paulo viu. Mas lembre-se é uma única visão com vários aspectos. Parece que havia acabado, mas o Senhor ainda chamou João. Paulo é como um clínico geral, que vê o que é superficial, por fora. Paulo viu o quê? O Corpo. Mas, olha para mim, o que é mais importante em mim? Os meus olhos? O meu corpo? O que é mais importante em mim é a vida. Se não houvesse vida em meu corpo, eu estaria morto e estariam todos chorando aqui. O mais importante é a vida. Se não tivesse a vida, onde você estaria? Sentado ou deitado? Paulo viu o Corpo, mas João viu a vida. Quando João escreve seu evangelho e suas epístolas ele fala da vida: “A vida estava Nele, e a vida era a luz dos homens, a vida se manifestou, o espírito é o que dá vida, eu sou o caminho a verdade e a vida, sou o pão da vida, a água da vida.” Por que ele passou a vida? Porque ele viu algo mais profundo. Paulo já tinha visto o que era mais elevado, ninguém viu nada mais elevado e parecia que a visão havia terminado. Pedro escreveu a igreja, o Reino dos Céus, muito bom, dá para sobreviver. Paulo viu muitos outros aspectos, parecia que a visão estava completa. O Senhor levantou João e ele viu o que é profundo. Hoje nós podemos ver a igreja, o que é mais elevado sobre a igreja e também sobre o que é mais profundo. Paulo é como um clínico geral, João é como um cirurgião, ele vê o que está dentro, o que é profundo. Então qual é a visão de João a respeito da igreja? Apocalipse 1:9 “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.” João tinha uma percepção de que a igreja é o Testemunho de Jesus, porque ele estava naquela reunião em Atos 1:8, onde o Senhor disse: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” Ele tinha uma percepção de que a igreja é a Testemunha do Senhor Jesus na terra, mas faltava mais ainda. A igreja não é só o Testemunho de Jesus Cristo, é algo ainda mais profundo. Então o Senhor revelou algo mais para ele. Versículo 10 “Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro.” João se voltou para ver quem falava com ele e o que ele viu? Sete candelabros de ouro. Versículo 20 “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.” João viu que a igreja é o candeeiro de ouro. O que tem isso? É muito profundo. Você pode dizer: “O que Paulo viu é muito mais elevado!”. Sim, porém muito menos mais profundo. O que é o candeeiro de ouro? O ouro representa a natureza de Deus, isso mostra que a igreja tem a natureza de Deus. E o candelabro, no tempo de João, era uma barra de ouro que era batida até ganhar a forma de candelabro, não existia uma fôrma de candelabro. Isso mostra o processo que o Senhor passou e ganhou forma de Filho. Quem é o Filho? É o Pai. Quem é Cristo? Jesus é Deus. Deus encarnou-se na pessoa do Filho, é o mesmo Deus, só há um Deus. Então quem tem a forma? Cristo. Mas quem é Cristo? É Deus. Então aquela barra de ouro se tornou em um candelabro. O candelabro, para ficar aceso, precisa do azeite, que é O Espírito. Então o candelabro é o Deus Triúno: é o Pai, é o Filho e é o Espírito. O candelabro também é a igreja. João viu que a igreja é o Testemunho do Deus Triúno. Não é profundo? Sim, é mais profundo, mais temor. A igreja é Deus, é a expressão de Deus na terra. Por isso, irmãos, reunir como igreja não é brincadeira, nós precisamos chegar de qualquer maneira. Mas não podemos permanecer de qualquer maneira, pois temos um testemunho para dar: o testemunho do próprio Deus. João viu aquilo que era, aquilo que é e aquilo que há de vir. Com relação à igreja, ele viu que ela tem 7 estágios na história. A igreja passou por sete períodos, podemos ver em que período estamos hoje. O mais importante é percebermos que a visão que Pedro, Paulo e João tiveram, nós também a temos. Embora tenham visto em ângulos diferentes, todos vimos a mesma igreja. A igreja é o grande mistério, é o Reino dos Céus, a base da igreja é a cidade, o fundamento da igreja é Cristo, a igreja é o Corpo de Cristo, a Obra-prima de Deus, a Família de Deus, o Novo Homem, o Edifício de Deus, a Habitação de Deus, a Noiva de Cristo, a Esposa do Cordeiro, a Guerreira, o Candelabro de Ouro, o Testemunho do Deus Triúno. Jesus é o Senhor! Agora, o que é a igreja para você? Aleluia!
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